Nosso Palestra
·16 de maio de 2025
Abel valoriza campanha na Libertadores e vibra: ‘O Palmeiras não se explica, se sente’

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·16 de maio de 2025
Após a vitória por 2 a 0 sobre o Bolívar, na noite desta quinta-feira (15), no Allianz Parque, o técnico Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva e falou sobre o desempenho do time, a classificação antecipada às oitavas da Libertadores, as críticas recebidas, o desgaste da temporada e sua situação contratual.
Com gols de Murilo e Facundo Torres, o Verdão manteve os 100% de aproveitamento na competição e segue como o único clube com essa marca em 2025.
Abel destacou a importância de cumprir a meta de avançar às oitavas com antecedência, mas lembrou que o foco maior é conquistar a taça. Ele também fez questão de minimizar a ideia de favoritismo.
– É verdade, sabemos como é esta competição e onde estamos. A imprensa que temos… precisamos continuar firmes. Somos tão favoritos como éramos antes. Temos, na teoria, a vantagem de jogar em casa. Mas já jogamos dois anos seguidos em casa e fomos eliminados. Isso mostra que nada é garantido. Cumprimos um objetivo, sim, mas o objetivo maior é ganhar – disse.
O português aproveitou para criticar o que considera incoerência na forma como a imprensa analisa jogadores e treinadores, citando o caso de atletas que são exaltados e depois desmerecidos rapidamente.
– Outras equipes podem não ter os mesmos recursos, mas existem outras formas de vencer. Fizemos o que nos competia: vencer em casa. Parece fácil, mas não é. E não me esqueço das críticas depois do clássico contra o Corinthians. Em uma semana chamam um jogador de ‘bagre’, e na outra, dizem que tem nível internacional. O treinador é ‘burro’ e está em ‘fim de ciclo’… É esse o futebol que queremos? – disse.
Perguntado se a equipe relaxou após abrir vantagem no placar, Abel foi direto: afirmou que tirar o pé do acelerador é perigoso — e que erros surgem justamente nesse momento.
– O plano é jogo a jogo. Concordo que eles sabem que tirar o pé do acelerador está fora de cogitação. Entramos bem, mas quando tiramos o pé, os erros começam a aparecer. E erro, nesse nível, custa caro – comentou.
O treinador voltou a criticar o calendário brasileiro, dizendo que o desgaste é o pior desde sua chegada em 2020.
– Esse é o calendário mais difícil que já passei aqui. Vamos enfrentar uma equipe que teve uma semana inteira preparando o jogo contra nós. Isso importa. Nós sexta recuperamos, e sábado já é preparação. Que tempo eu tenho? Vamos enfrentar um Bragantino super competitivo, equilibrado – disse.
Indagado sobre seu futuro, Abel desconversou e disse que não há novidades, mas deixou claro seu carinho pelo clube.
– Meu empresário está aqui? O que ele veio fazer? Eu não tenho nada novo pra dizer. A presidente já falou: é uma honra estar aqui. Vamos tratar isso com calma, como sempre fizemos, com respeito e carinho. Vocês sabem o quanto eu gosto de estar aqui. Tenho uma equipe competitiva. Mas bastam dois jogos ruins e já falam em fim de ciclo, que não tenho mais fome… O que precisam saber é que estou de alma, coração e motivado no Palmeiras.
No final da coletiva, Abel falou com emoção sobre sua relação com o clube e com o futebol brasileiro.
– Tem coisas que eu não gosto no futebol brasileiro, sim. Mas o Palmeiras é algo que não se explica, se sente – finalizou.