Abel Ferreira comenta sobre Al Sadd e se declara ao Verdão: ‘O que importa é o Palmeiras’ | OneFootball

Em jogo válido pela vigésima rodada do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras o venceu Botafogo no Nilton Santos por 1 a 0. O gol palmeirense foi marcado por Felipe Anderson, com passe de Vitor Roque, no primeiro tempo.

Após a partida, Abel Ferreira prestou coletiva e falou sobre o resultado, posição na tabela e a situação com o Al Sadd, do Catar.

Fala, Abel!

RESULTADO LIBERTADORES!

– O que faço desde que cheguei ao Brasil é me virar. Segunda a sexta, ano a ano. E vou me virar do jeito que for: contratações, ajustes, se precisar até eu jogo. Pelo Palmeiras, faço tudo. Troquei cinco jogadores hoje, mas para os mais distraídos quero lembrar: há 69 horas atrás eu estava a cinco horas e meia de jogar.

-Fizemos 12 horas de avião à noite, e mesmo assim hoje vencemos com aquilo que estamos a construir. Uma coisa é contratar jogadores, outra é construir uma mentalidade. Mentalidade de querer fazer, de lutar até o fim, de sofrer quando for preciso. Viram quantos saíram com cãibras? Viram? O esforço que esses jogadores fazem é desumano. Como dizem, o Brasil não é para amadores — e no futebol, muito menos. Isso deixa marcas físicas e psicológicas em todos. – disse.

BOTAFOGO

-O Botafogo é uma equipe recheada de bons jogadores. Mas, assim como nós, teve muitas mudanças: jogadores saíram, outros chegaram, até o treinador mudou. Podia ter continuado, mas às vezes isso acontece. Muita coisa mudou nessa estrutura. É uma equipe dinâmica, nos trouxe grandes dificuldades com a forma como o Ancelotti Jr. montou a equipe. O futebol brasileiro não dá tréguas. Vamos nos falar por telefone, certamente ele vai me ligar. Já me pediu ajuda e, naquilo que eu puder, vou ajudar. – comentou.

LIDERANÇA E JOGO A MENOS!

-Acho que há muitas boas equipes, e por isso o campeonato é tão competitivo. Vocês veem como o Corinthians joga contra o Palmeiras? Se jogar assim, pode ser competitivo. O São Paulo também. Nós fazemos nosso trabalho. Nestes quatro, cinco anos, sempre foi o Palmeiras brigando por algo até o fim. Umas vezes ganhamos, outras perdemos, mas estamos sempre lá. Nunca prometi títulos — apenas estar disputando até o fim. – disse.

AL SADD

-No final de 2023, eu tive novamente a possibilidade de sair em condições extraordinárias. Mas, quando fomos campeões, olhei para a minha família — os mesmos que um dia disseram para eu não vir — e eles me disseram: “Daqui não vamos sair.” Então decidi ficar. Fiquei pelos meus jogadores, pela comissão técnica, pelo staff e pela nossa torcida. Porque sou um treinador de relações, de projeto.

-A maior prova de amor não é dizer “eu te amo”, é mostrar que quer ficar. Quero publicamente agradecer à direção e ao departamento jurídico do clube, que me apoiaram quando decidi resolver esse assunto por conta própria. E, claro, agradecer à minha esposa, que é meu maior suporte em todas as decisões da minha vida profissional e pessoal.

-Quanto ao meu contrato, a prioridade nunca foi — e nunca será — o Abel. O importante é sempre o que será melhor para o Palmeiras. Nenhum de vocês me conhece de verdade. Se quiserem saber quem eu sou, perguntem para quem trabalha comigo, não para quem não gosta de mim. Em 90 minutos, eu encaro o personagem que eu quero ser.

-Está tudo escrito no meu livro. Ou vocês não gostam de ler? Todas as receitas desse livro foram doadas. Todas as publicidades foram doadas. Se querem colocar em jogo o meu caráter, tudo bem. Mas o que importa é o Palmeiras. – encerrou.

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