
Gazeta Esportiva.com
·29 de setembro de 2023
Abel admite que “gostaria de ter mais opções”, mas valoriza trabalho no Palmeiras após empate com o Boca

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·29 de setembro de 2023
Abel Ferreira mudou a disposição tática do Palmeiras, montando uma linha de três defensores — com a inclusão de Marcos Rocha —, liberando Mayke e Piquerez para as alas e deixando Artur ao lado de Rony, no ataque, pela direita. Ainda assim, o Verdão sofreu nesta quinta-feira (28), contra o Boca Juniors.
O Alviverde foi até La Bombonera para encarar o Boca Juniors pela partida de ida das semifinais da Libertadores e, mesmo tomando ‘sufoco’ durante todo o embate, conseguiu segurar o 0 a 0 no placar.
Na entrevista coletiva depois do duelo, Abel Ferreira repetiu por diversas vezes que “faço o melhor com os recursos que tenho”. O comandante alviverde, entretanto, reiterou que acredita no elenco que tem à disposição.
“Pode me ajudar? Apontar outra solução para o Dudu? Também tenho muitas dúvidas, mas minha função é escolher e acreditar no elenco que tenho. Desde que cheguei, o que faço é dar o meu melhor. Arranjar soluções e potencializar moleques. Hoje entrou Luís Guilherme e Fabinho. Vejam a média de idades das equipes nas semifinais. Tudo que faço é olhar para o plantel e escolher os melhores para jogar. Poderia jogar o Kevin. O Rony não é ponta. Breno pode jogar ali. Mas acredito nos jogadores. Gostaria de ter mais opções, mas os moleques nos ajudam a crescer”, afirmou o técnico português.
Se quiser avançar à final da disputa internacional, o Verdão terá que fazer o que jamais conseguiu no torneio: eliminar o time xeneize no mata-mata. Para isso, precisa vencer no segundo embate. Um empate leva a decisão para os pênaltis, enquanto revés significa, evidentemente, classificação argentina.
A partida de volta está marcada para a próxima quinta-feira, no Allianz Parque, às 21h30 (de Brasília). Na outra semifinal, Fluminense e Internacional ficaram no empate por 2 a 2 no Maracanã e voltam a se enfrentar também na semana seguinte.
O Alviverde, porém, volta suas atenções para a Série A do Campeonato Brasileiro. Em busca de cortar a distância para o líder Botafogo, os comandados de Abel Ferreira enfrentam o Red Bull Bragantino, pela 25ª rodada, às 18h30 de domingo, 1° de outubro, no Estádio Nabi Abi Chedid.
Desempenho ofensivo recente preocupa?
“Viemos em um estádio místico, ambiente top. Queria vir aqui, desfrutar do espetáculo e do ambiente. Jogo difícil, de Libertadores. Foi um jogo que o Boca foi ligeiramente superior, em casa. Weverton fez grande defesa no segundo tempo. Poderíamos ter sido bem mais agressivos nas transições e fazer gols no último terço, mas agora é acreditar. Será em casa. Jogadores vão ter calma, perceber a equipe que fez melhor campanha, tem uma série de recordes. Vamos continuar a fazer história.”
Defesa ajudou na Bombonera?
“É mais fácil fazer perguntas do que jogar aqui. Jogos difíceis, truncados. Queríamos vir aqui ganhar, não deu, empatamos. Não era o que queríamos, mas temos a vantagem de decidir em casa. Nós, na primeira fase, decidimos e queríamos muito ser os vencedores para poder decidir no Allianz. Jogo consistente, equilibrado, com ligeira vantagem do Boca. Agora, vamos aproveitar a vantagem de decidir em casa.”
Decisão de inverter Artur novamente
“Gostaria de ter mais opções, infelizmente não temos. Dudu machucou, outro ponta poderia nos dar largura. Hoje, aqui, jogaram os melhores jogadores para enfrentar o Boca. Só isso.”
Impacto da ausência de Dudu
“Pode me ajudar? Apontar outra solução para o Dudu? Também tenho muitas dúvidas, mas minha função é escolher e acreditar no elenco que tenho. Desde que cheguei, o que faço é dar o meu melhor. Arranjar soluções e potencializar moleques. Hoje entrou Luís Guilherme e Fabinho. Vejam a média de idades das equipes nas semifinais. Tudo que faço é olhar para o plantel e escolher os melhores para jogar. Poderia jogar o Kevin. O Rony não é ponta. Breno pode jogar ali. Mas acredito nos jogadores. Gostaria de ter mais opções, mas os moleques nos ajudam a crescer.”
Kevin mais parecido com o Dudu?
“Kevin é opção para a posição. Parece fácil estar sentado na minha posição. Eu faço o melhor que posso com os recursos que tenho, e os recursos são bons.”
Importância da base
“São jovens, têm 17 anos, Endrick, Luís também. Fabinho tem jogado pouco, mas decidimos apostar nele. Entrou muito bem, vai nos ajudar. Vai jogar domingo, Zé saiu com problema. É na base que apostamos e olhamos. Weverton só jogou aqui com 30 anos, e esses moleques jogaram aqui com 17. Só isso.”
Torcida do Boca Juniors
“O melhor torcedor do mundo é o Palmeiras (risos), mas gosto. Queria sentir o ambiente. Se eu pudesse, pagaria para jogar esse jogo. Mas meu tempo já foi. É uma energia muito boa, o próprio estádio, da forma que é feito, parece que estão falando no seu ouvido. A equipe do Boca vai experimentar nosso estádio, nossos torcedores. Palmeiras é o melhor do mundo.”
Proposta para o jogo de volta
“Nossa história é aqui e agora. Fazer coisa simples: ganhar o jogo. É isso que temos que fazer.”
Momento defensivo do Palmeiras
“Teu colega ao invés de valorizar o positivo, valorizou o negativo. Nós temos uma equipe muito equilibrada, que defende desde o centroavante até o goleiro. Para ganhar competições desse nível, tem que ser consistente e boa defensivamente. Weverton fez jogo bem equilibrado, defesa muito importante. Se bem que acho que poderia ter agarrado a bola antes, no cruzamento. Nossa equipe, coletivamente, esteve bem defensivamente. Saímos para o contra-ataque, tivemos duas chances com o Veiga. Foi um jogo difícil, sabíamos disso, Boca tem as mesmas aspirações que nós. Agora é na nossa casa, perante nosso público. Conhecemos bem o nosso campo e vamos procurar do primeiro ao último segundo, nos pênaltis, onde for, fazer de tudo para estar na final. Essa é nossa intenção. Foi isso que nos propusemos desde o primeiro dia de Libertadores. Na primeira fase, fizemos de tudo para ficar em primeiro e decidir em casa. Isso é muito bom. Nós agora temos essa vantagem.”
Plano para surpreender o Boca
“Se eu adivinhasse o que iria acontecer no final do jogo, faria todas as escolhas antes. Obviamente não é assim, não tenho varinha mágica. Perdemos um jogador desequilibrador, certo? Agora, o que temos que fazer é pegar os jogadores mais experientes. Hoje, tenho certeza absoluta que nosso adversário não esperava que jogássemos como jogamos. Nós surpreendemos, pena que desperdiçamos chances. Tática é de minha responsabilidade, dar confiança também. Mas quem faz gols, dribles, defesas, são eles. Minha função é que entrem dentro de campo com certeza absoluta do que tem que fazer.”
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