PL Brasil
·14 de fevereiro de 2021
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·14 de fevereiro de 2021
Após uma busca notável por um zagueiro no início da temporada – o que incluiu sondagens pelo brasileiro Gabriel Magalhães e uma oferta de empréstimo rejeitada por Fikayo Tomori – o Everton fechou com o promissor Ben Godfrey, por uma taxa aproximada de 20 milhões de libras.
O defensor da boa safra do Norwich City (que ainda inclui Max Aarons, Jamal Lewis e Todd Cantwell) chegou ao time azul de Liverpool inicialmente como um backup aos demais zagueiros e com o status de futuro titular na posição.
Com os seus atributos notáveis de liderança e consistência, é muito provável que Godfrey responda positivamente a esse status.
No entanto, com as crescentes lesões de jogadores importantes do clube, Ben Godfrey passou a estar presente na equipe titular, desempenhando um papel crucial na busca dos Toffees por uma vaga em competições europeias.
O que tem mais contribuído para a sua permanência no onze inicial do time, mesmo com o retorno dos eventuais titulares, é a sua versatilidade.
Ben Godfrey é naturalmente um zagueiro central, mas a sua explosão e qualidade no passe o credenciam para atuar em ambas as laterais e até como o primeiro homem do meio-campo se necessário.
Ele cresceu especialmente na lateral-esquerda, com a ausência de Lucas Digne por lesão. A perda técnica com a indisponibilidade do francês é clara, no entanto, Godfrey pôde mostrar as suas virtudes em vitórias importantes.
O defensor foi peça fundamental nos triunfos sobre Chelsea e Arsenal. Ele também esteve em campo no Merseyside Derby e foi crucial para barrar a força ofensiva de Sadio Mané pelo setor. O jogo terminou em um empate por 2 a 2.
O técnico italiano Carlo Ancelotti também já o utilizou como zagueiro numa linha de três e como lateral-direito. Em todas as funções, Godfrey demonstrou segurança e adaptação imediata, mesmo que a equipe não tenha se saído vencedora em todas as ocasiões.
Tal versatilidade o colocou no patamar de fundamental. Como resultado, ele não saiu mais do time, mesmo com a volta de Lucas Digne.
Na partida contra o Manchester United, Godfrey empurrou Yerry Mina para o banco e formou dupla com Michael Keane. O jogo terminou empatado em 3 a 3.
Com Ben Godfrey em campo, Ancelotti ganha uma excelente arma para quebrar as linhas defensivas dos adversários. Acima de tudo, o camisa 22 busca constantemente o passe progressivo (é o líder entre os defensores no quesito).
Ele quase sempre está voltado em mover a bola para frente. O seu físico, aliado a velocidade, contribui com essa opção de jogo, uma vez que ele tem a coordenação necessária para manter a bola até decidir uma opção mais viável.
Em outras palavras, ele não tem medo de arriscar e se torna muitas vezes em um verdadeiro “primeiro construtor”: o jogador que inicia a fase ofensiva do time através de bolas longas direcionadas ou passes curtos buscando a movimentação entrelinhas.
Godfrey também possui excelente leitura de jogo. Como resultado, ele é o líder do time em interceptações por partida (1.6), o que demonstra um bom mental para estar quase sempre à frente das ações do oponente.
Esse atributo é muito importante em uma equipe que tem claramente problemas de ceder gols em situações pelo alto. Por exemplo: com um alto volume de antecipações, os lances de bola parada irão diminuir consideravelmente.
Sua rapidez também é um fator que o coloca na frente dos outros zagueiros do time. Em uma liga recheada de jogadores velozes e dribladores, é necessário cada vez mais um equilíbrio entre a imposição física e a velocidade. As suas habilidades de ritmo tem como resultado a sua manutenção como titular.
O defensor de 22 anos chegou como uma perspectiva para o futuro e além disso já mostrou que pode dar retorno imediato. Todos estamos empolgados com o que ele pode se tornar no futuro.