A ‘traumática’ experiência de Quique Setién fora do futebol espanhol | OneFootball

A tendência é que o novo técnico do Botafogo tenha bagagem estrangeira. Depois do nome do português Pedro Martins ser ligado ao Glorioso, o clube carioca está avaliando a contratação do espanhol Quique Setién.

De acordo com informação veiculada pelo jornal espanhol As , existe um ponto importante para o desejo botafoguense em contratar o treinador de 65 anos de idade. Isso porque a ideia de jogo mais propositiva (algo que, inclusive, o levou a treinar o Barcelona) vai ao encontro da ideia do proprietário da SAF do Botafogo, John Textor.

Entretanto, dentro desse contexto, é importante fazer uma pontuação no que se refere ao passado restrito do profissional fora do território espanhol. Com direito, aliás, a ter feito somente um jogo na direção do selecionado de Guiné Equatorial.

Em outubro de 2006, Quique Setién recebeu a proposta de comandar a seleção africana com a promessa de desenvolvimento do esporte em um trabalho de longo prazo. Algo que, na visão tida durante três meses, foi contrariada com a postura adotada pelas figuras locais.

As palavras do treinador espanhol sobre a breve experiência

“A princípio, foi até uma oportunidade. Contra Camarões, apesar de não ter os conceitos claros, eu já tinha jogadores que eram bons. Na verdade, eu estava lá para assinar um acordo de colaboração com o Logroñés como ex-jogador do clube. Naquela época, eu não tinha emprego e eles me apresentaram uma proposta, algumas ideias que pareciam muito claras e nas quais sempre me falavam de um projeto de longo prazo. Eu até trouxe Esteban Torre, uma das pessoas que trabalha comigo. Vimos muitos jogos e muitos jogadores, porque eu acreditava nesse projeto. Ou queria acreditar, pelo menos”, disse Quique, agregando:

“Mas foi aí, com o passar do tempo, que percebi que essas pessoas não tinham nenhuma intenção, seriedade ou algo que se assemelhasse à assinatura de um contrato. Encontrei-me um dia com o presidente da Federação e um parente do alto escalão, mas nada mais. Em uma das viagens, eles me mantiveram no hotel por três dias sem que ninguém aparecesse. Isso foi definitivo.”