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·15 de maio de 2025

A Serie B 2024-25 consagrou Sassuolo e Pisa e teve queda inédita da Sampdoria

Imagem do artigo:A Serie B 2024-25 consagrou Sassuolo e Pisa e teve queda inédita da Sampdoria

A campanha de 2024-25 na Itália está em seus últimos momentos. Felizmente, para quem a acompanha de forma neutra, o panorama geral vem sendo de equilíbrio em todas as frentes. Na Serie B, os últimos jogos envolvendo todos os times aconteceram de maneira simultânea no dia 13 de maio, numa rodada que sequer era a 38ª e última – mas sim a 34ª, que fora adiada devido à morte do Papa Francisco. Porém, ainda não tivemos o desfecho da competição: após o fim da temporada regular, estão previstos playoffs para definir o terceiro promovido à elite e o derradeiro rebaixado à terceira divisão.

Terceiro colocado, o Spezia chegou a ter oito pontos de vantagem sobre o quarto, mas não conseguiu estabelecer a enorme distância de 14 para evitar os playoffs – ao contrário, apesar do promissor trabalho do time da Ligúria, a Cremonese encostou e ficou somente cinco atrás. Assim, outros quatro clubes ainda brigam pela última vaga na primeira divisão.


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Na parte de baixo da tabela, a quarta vaga para o descenso será decidida entre Frosinone e Salernitana, ambas vindas da elite. Quem, por algum tempo, sonhou em ter a chance de disputar o playout foi a grande decepção desta campanha, a Sampdoria, que, pela primeira vez em sua história, jogará a Serie C na Itália. Os blucerchiati ficaram a apenas uma vitória do 13º e do 14º colocados. No geral, somente cinco pontos separaram o 16º do nono – ou seja, emoção não faltou durante toda a trajetória.

Quem sorriu, e com muita razão, foram Sassuolo e Pisa, que subiram diretamente e com uma considerável folga, juntamente com o Spezia, lideraram o campeonato desde o seu início. Com 82 pontos, os neroverdi voltaram para a elite com o caneco e de maneira incontestável: foram 25 vitórias, sete empates e seis derrotas. A equipe de Fabio Grosso, bicampeã da segundona, contou, obviamente, com o MVP da Serie B B, o francês Armand Laurienté, artilheiro da competição, com 18 gols.

Diferentemente da trajetória do seu primeiro título, em 2012-13, a atual não precisou ser tão emocionante. O Sassuolo confirmou o acesso ao fim da 33ª rodada e encerrou a competição seis pontos à frente do segundo colocado, mesmo com duas derrotas seguidas — claro, efeito da ressaca pós-título. Os neroverdi retornam com a sensação de missão cumprida após a triste queda na temporada passada e, além do veterano Domenico Berardi e o já citado Laurienté, Daniel Boloca, Tarik Muharemovic e Kristian Thorstvedt aproveitaram muito bem esse período para se firmarem entre os protagonistas da equipe.

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Depois de 34 anos, o Pisa voltará a disputar a Serie A (Valtriani)

O Pisa, segundo colocado, fez uma campanha excelente: com 23 vitórias, sete empates e oito derrotas, terminou o campeonato com 76 pontos, 10 à frente do terceiro. De maneira direta, o time de Filippo Inzaghi competirá na primeira divisão italiana pela primeira vez desde o início da década de 1990, e após duas falências subsequentes. A última participação na Serie A foi em 1990-91, sob o comando do famoso técnico romeno Mircea Lucescu. Os destaques nerazzurri foram, claro, seu artilheiro, Matteo Tramoni, com 14 gols, sendo 13 na competição, Stefano Moreo, o veterano Antonio Caracciolo e a surpresa, Samuele Angori.

Fechando o pódio e abrindo as semifinais dos playoffs, o Spezia finalizou sua aventura com 66 pontos, apenas cinco à frente da Cremonese, que venceu o confronto direto contra os aquilotti no estádio Alberto Picco, pela 37ª rodada. Falando assim, parece que a equipe de Luca D’Angelo decepcionou; porém, apesar da quantidade de empates, foi longe disso. Foram 17 vitórias, 15 igualdades e apenas seis derrotas ao longo da campanha.

Dos 59 gols marcados pelo Spezia na liga, 24 saíram dos pés dos irmãos Esposito: Francesco Pio, o artilheiro do elenco, com 17, e sete do regista Salvatore, que serviu muito bem o caçula. Além disso, com apenas 33 tentos sofridos, os aquilotti encerram a maratona ostentando a melhor defesa do torneio, muito bem representada por Petko Hristov, Nicolò Bertola e o goleiro Stefano Gori – reserva que ascendeu ao onze inicial após a lesão de Mouhamadou Sarr e manteve o posto mesmo após a chegada do veterano Leandro Chichizola, em janeiro; outro experiente atleta adquirido no inverno que ficou à sombra foi Gianluca Lapadula. Como dito anteriormente, os comandados de D’Angelo aguardam o vencedor entre Catanzaro ou Palermo para definir quem enfrentam nas finais dos playoffs.

Com 16 triunfos, 13 empates e nove reveses, a Cremonese fechou o G4 da competição e foi a última equipe classificada de forma direta às semifinais dos playoffs. A fragilidade defensiva (44 gols sofridos) foi apenas o reflexo do trabalho pífio de bastidores do clube que, anteriormente, em 8 de outubro, demitiu Giovanni Stroppa – seu atual treinador – para apresentar, horas depois, Eugenio Corini como novo técnico. Porém, 33 dias após sua chegada, o ex-jogador do Palermo foi exonerado e seu antecessor retornou ao estádio Giovanni Zini.

Além disso, o meia Franco Vázquez, que defendeu as seleções de Itália e Argentina, foi suspenso por oito rodadas na Serie B devido a um insulto racista proferido ao argelino Mehdi Dorval, do Bari, no dia 15 de fevereiro. Apesar desse cenário no mínimo conturbado, a Cremonese chega como uma das favoritas para a disputa das semifinais dos playoffs, contra Juve Stabia ou Cesena. Entre os destaques, os grigiorossi contaram com Vázquez, mesmo com a punição, junto de Jari Vandeputte, Michele Collocolo, Michele Castagnetti e Luca Ravanelli.

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Spezia e Cremonese já estão nas semifinais dos playoffs de acesso e aguardam seus adversários (Frascatore)

Zebra do campeonato, a Juve Stabia chegou da terceira divisão com a menor folha salarial da Serie B e terminou a temporada com 55 pontos. Foram 14 vitórias, 13 empates e 11 derrotas para a equipe de Guido Pagliuca, que marcou 42 vezes e sofreu 41 gols. O ataque comandado por Andrea Adorante, Leonardo Candellone e o espírito de luta no estádio Romeo Menti fizeram a diferença durante todo o certame. Agora, as vespas lutam para conquistar um acesso inédito e meteórico, iniciando com um embate com o Palermo.

Na sexta posição, o Catanzaro, com 53 pontos, repetiu a dose e alcançou os playoffs pelo segundo ano seguido, mostrando que o acesso da terceirona, em 2023, não foi por acaso. O time da Calábria foi um dos que mais empataram na competição: foram 11 vitórias, inacreditáveis 20 igualdades e apenas sete derrotas para a equipe de Fabio Caserta. O treinador assumiu no lugar de Vincenzo Vivarini, que fracassaria no Frosinone, e fez um ótimo trabalho de reconstrução, mesmo após a saída de peças importantes no mercado.

O grande destaque dos giallorossi segue sendo o ídolo Pietro Iemmello, que dispensa apresentações quando o assunto é balançar as redes na segundona – além de estar no pódio da artilharia final, com 16 gols, está entre os maiores goleadores do torneio entre os atletas em atividade, com 66. Além disso, Mirko Pigliacelli, Federico Bonini, Simone Pontisso, Jacopo Petriccione e Marco Pompetti fecham a lista de peças importantes do Catanzaro, que enfrentará o Cesena a fim de chegar às semifinais dos playoffs.

Na sétima posição, penúltimo time classificado para a disputa de acesso, ficou o Cesena, com os mesmos 53 pontos do Catanzaro – que será seu adversário nas quartas dos playoffs. Também oriundo da terceirona, o time de Michele Mignani, que bateu na trave ao tentar o acesso pelo Bari, em 2023, terminou a jornada com 14 vitórias, 11 empates e 13 reveses — uma campanha extremamente equilibrada para uma equipe que, apesar de surpreendente, mostrou sua força ao eliminar o Pisa e o Verona da Coppa Italia. Andrea Ciofi e Giuseppe Prestia, ambos defensores, roubaram o protagonismo para si em muitos momentos do ano, que teve como artilheiro o garoto Cristian Shpendi, com 11 gols.

Fechando o bolo dos playoffs, na oitava colocação, ficou o Palermo de Alessio Dionisi, com 52 pontos. Na janela de transferências de janeiro, as águias foram até a Serie A buscar grandes reforços, como o zagueiro Giangiacomo Magnani (ex-Verona), o goleiro Emil Audero (emprestado pelo Como) e o atacante Joel Pohjanpalo (peça importantíssima do Venezia). Entretanto, fizeram uma campanha medíocre, mas suficiente para tentar uma sobrevida na briga pelo acesso.

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Mestre em Serie B, Pohjanpalo decidiu deixar o Venezia, na elite, para ajudar o Palermo na segundona e colocou os rosanero nos playoffs (Getty)

A equipe, integrante da galáxia do City Football Group, teve o mesmo número de vitórias e derrotas (14), com 10 empates ao todo. Na artilharia, Pohjanpalo, que foi o maior goleador da Serie B em 2023-24 e vice na temporada anterior, fez valer o investimento e terminou empatado em gols com o ítalo-brasileiro Matteo Brunori, capitão rosanero — cada um com nove tentos. Além disso, destaque para Filippo Ranocchia e Roberto Insigne, que foram muito regulares durante a trajetória dos sicilianos.

Abrindo o grupo dos times que entraram de férias, na nona colocação, com 48 pontos, temos o Bari, com o mesmo número de triunfos e reveses (10). Os galletti empataram demasiadamente (18 vezes) e foram uma das decepções da competição. O elenco, bancado por Aurelio De Laurentiis, que também é dono do Napoli, mesmo com nomes interessantes como Kevin Lasagna e César Falletti, viu o goleiro Boris Radunovic assumir o protagonismo em diversos momentos.

O treinador, Moreno Longo, não conseguiu organizar o grupo o suficiente na reta final e perdeu três dos últimos cinco compromissos, incluindo tropeços contra os rebaixados Cosenza e Cittadella – duas vitórias que teriam colocado o time da Apúlia na disputa pelos playoffs, mas obrigado o cartola a começar a colocar o clube à venda, pensando nas regras que impedem que equipes com o mesmo proprietário atuem na mesma divisão.

Chegamos à parte da tabela que justifica a menção ao equilíbrio do torneio. Com 46 pontos, apenas três a mais que o Frosinone, primeiro time na zona de playout, temos o Südtirol, na 10ª posição. A colocação no meio da tabela pode ser considerada um título para o time sul-tirolês, que, em janeiro, já parecia resignado com o rebaixamento. Os biancorossi emendaram uma boa sequência de triunfos contra adversários diretos na luta pela permanência e, com seus 50 gols marcados bem distribuídos entre os atletas – representados por Silvio Merkaj, com seis –, deixaram a briga contra a queda para trás ao fim da temporada. Diferentemente de Longo no Bari, o veterano Fabrizio Castori – terceiro técnico do ano em Bolzano, após as demissões de Federico Valente e Marco Zaffaroni – conseguiu embalar sua equipe.

Um ponto atrás (45) e na 11ª colocação ficou o Modena, do veterano brasileiro Eric Botteghin, que pouco participou durante a competição, atuando em apenas cinco partidas. Apesar dos gols de Antonio Palumbo (nove), e das contratações como as de Mattia Caldara e Grégoire Defrel, os canarini fizeram muito pouco ao longo do campeonato. Os destaques ficaram mesmo para o já citado artilheiro da equipe, Palumbo, Giovanni Zaro e Alessandro Dellavalle, ambos defensores – o que justifica os 15 empates do time. Além disso, foram apenas 10 vitórias contra 13 derrotas.

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Maran iniciou a temporada no Brescia, foi demitido e retornou para, em sua terceira passagem pelo clube, salvá-lo da queda à terceirona (Brescia Oggi)

Empatado em pontos (45), porém com um saldo de gols inferior (-10), ficou a Carrarese, na 12ª posição. O time promovido da Serie C somou 11 triunfos, 12 empates e 15 reveses. O técnico Antonio Calabro se apoiou em nomes como Manuel Cicconi, Marco Bleve e Nicolas Schiavi, enquanto Filippo Falco e Hjörtur Hermannsson abandonaram o barco durante a competição, justamente quando os marmiferi disputavam uma vaga nos playoffs. Infelizmente, o treinador e a diretoria não conseguiram repor essas perdas e o time caiu de produção, não conseguindo manter a surpreendente disputa inicial. Entretanto, seguir na categoria já foi algo muito comemorado pelos toscanos, que estavam longe da Serie B havia 76 anos.

A Reggiana, que buscava se manter na divisão, começou muito bem, mas diminuiu o ritmo na reta final e acabou apenas na 13ª colocação, com 44 pontos – se salvando matematicamente na penúltima rodada, a partir de uma arrancada muito bem dirigida por Davide Dionigi. A equipe de Reggio Emilia venceu quatro dos últimos cinco confrontos, incluindo dois triunfos por 2 a 1 contra Spezia e Juve Stabia. Apesar de uma campanha modesta, o time contou com os gols do meio-campista Manolo Portanova (oito) e do atacante Cedric Gondo (sete), além da segurança defensiva de Andrea Meroni, para garantir a permanência.

Com os mesmos 44 pontos, mas com mais reveses, o Mantova, do treinador Davide Possanzini, ficou no limite do playout. Com o mesmo número de empates e derrotas (14) e uma vitória a menos que a Reggiana (10), os virgiliani cumpriram seu objetivo de permanecer na divisão, muito pelos bons jogos de Salvatore Burrai, Simone Trimboli e seu artilheiro Leonardo Mancuso, que marcou 10 vezes. O suficiente para que a torcida fizesse a festa no sudeste da Lombardia – afinal, o tradicional time biancobandato não disputava a Serie B desde 2009-10, quando teve a segunda de suas três falências e, tristemente, passou a se acostumar com o fundo do poço.

Um ponto atrás (43), ficou outro tradicionalíssimo time lombardo: o Brescia, de longe o maior frequentador da Serie B em termos históricos, com 66 participações. Mesmo respaldado pelo capitão Dimitri Bisoli, seu filho, o treinador Pierpaolo Bisoli, contratado na 17ª rodada, não durou mais do que seis jogos: deu lugar a Rolando Maran, que havia iniciado a temporada no Mario Rigamonti e voltou para, em sua terceira passagem pelo clube, tentar salvar os brescianos de um descenso à terceirona, que não disputa há 40 anos. Demorou, mas deu certo.

Técnico de sucesso na Serie A, onde fez ótimas campanhas com o Chievo e ainda salvou Catania e Cagliari do rebaixamento, Maran pouco conseguiu fazer pelos biancazzurri, apesar de sua experiência. A equipe começou bem a competição, porém despencou durante a maratona e só não disputará o playout por conta do saldo de gols – melhor do que o do Frosinone em sete gols. Foram nove vitórias, 16 empates e 13 derrotas, para um elenco seguro que conta com Matthias Verreth, Nicolas Galazzi, Andrea Cistana, Andrea Papetti, Birkir Bjarnason, Luca Lezzerini e o já citado Bisoli – bons nomes que não evitaram a queda vertiginosa de desempenho da equipe, mas evitaram o descenso na bacia das almas, com uma vitória arrancada sobre a Reggiana graças a um gol no finalzinho. Detalhe: os andorinhas não venciam em casa havia incríveis 225 dias.

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Frosinone e Salernitana, que disputaram a Serie A em 2023-24, lutarão entre si para evitar um novo rebaixamento (LaPresse)

Uma das surpresas negativas de 2024-25, o Frosinone ficou em 16º lugar, com 43 pontos – apenas a dois do 18º e a cinco do nono. Os ciociari fizeram exatamente a mesma campanha do Brescia, como dito anteriormente, mas sofreram 50 gols e marcaram apenas 37. Devido à queda da Serie A, houve uma debandada de jogadores – muitos deles emprestados, como Matías Soulé, e outras peças importantes, como o capitão Luca Mazzitelli e Marco Brescianini –, e o técnico Vincenzo Vivarini não conseguiu se encontrar. Ele deu lugar a Leandro Greco, que também não deu conta, e viu Paolo Bianco assumir o comando.

A equipe até conseguiu alguns bons resultados pontuais, como a vitória contra o campeão Sassuolo na última rodada, porém, não engrenou e passou basicamente toda a campanha na parte de baixo da tabela. Agora, tentará evitar o segundo rebaixamento consecutivo contra a Salernitana, que também terá o mesmo objetivo no playout.

Apesar do seu bom elenco, que conta com o jovem meio-campista Lorenzo Amatucci, um dos melhores jogadores da competição, Simy, Roberto Soriano, Gian Marco Ferrari e Daniele Verde, a Salernitana lutará contra o Frosinone em igualdade de condições, já que as duas equipes foram rebaixadas juntas da Serie A na temporada 2023-24. A equipe de Pasquale Marino até começou bem, porém, como vimos em outros casos, caiu de rendimento ainda sob o comando de Stefano Colantuono, após a demissão de Giovanni Martusciello em novembro, e brigou a competição inteira na parte inferior da tabela, somando expressivas 18 derrotas e apenas 11 vitórias.

As decepções de Frosinone e Salernitana, que tinham dois dos orçamentos da Serie B e ainda foram beneficiados pela cláusula paraquedas, que dá suporte financeiro a times rebaixados da elite, só foram ofuscadas por uma tragédia esportiva ainda maior: a da 18ª colocada e rebaixada, Sampdoria, que também tinha uma das maiores folhas salariais da categoria – a quinta; os ciociari tinham a sétima e os granata, a terceira. Os blucerchiati fizeram uma campanha de 41 pontos, com 17 empates e 13 derrotas e apenas oito vitórias, à frente apenas do lanterna Cosenza.

O início ruim resultou na saída de Andrea Pirlo e na chegada de Andrea Sottil – que, por sua vez, já em dezembro foi substituído por Leonardo Semplici. Em abril, o presidente Matteo Manfredi apelou para a idolatria e foi buscar Alberico Evani, jogador da Samp entre 1993 e 1997, para assumir o comando, com o auxílio de Attilio Lombardo – ícone da era dourada dos genoveses. A dupla de ídolos dos blucerchiati ainda teria apoio informal de Roberto Mancini, maior lenda doriana e seu superior na campanha vitoriosa da Itália na Euro 2020, mas nada disso surtiu efeito.

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Mesmo com contratações de relevo, como as de Niang e Coda, a Sampdoria caiu pela primeira vez para a Serie C (Icon Sport)

Na janela de janeiro, a Samp tentou reforçar o elenco com Rémi Oudin (ex-Lecce), Giorgio Altare (ex-Venezia) e Alessio Cragno (emprestado pelo Monza). Isso em um grupo que já contava com Massimo Coda, que durante a temporada chegou a 135 gols e se igualou a Stefan Schwoch como o maior artilheiro da Serie B, Gennaro Tutino, Alex Ferrari, Bartosz Bereszynski, Fabio Depaoli, Fabio Borini e Lorenzo Venuti. Nada foi suficiente para evitar o desastre: pela primeira vez em sua história, a Sampdoria, campeã italiana em 1991 e vice europeia em 1992, disputará a Serie C.

Quis o destino que a queda fosse selada com o protagonismo negativo de um rico personagem, já na última rodada. Reforço de inverno, M’Baye Niang é ex-jogador do Genoa e salvou o Empoli do descenso para a segundona, em 2024, com um gol sobre a Roma aos 93 minutos do derradeiro jogo dos azzurri. Dessa vez, contudo, perdeu chance inacreditável aos 82, contra a Juve Stabia, e seu chute atrasado virou o retrato do rebaixamento da Sampdoria.

O penúltimo colocado foi o Cittadella de Alessandro Dal Canto. O time até conseguiu se afastar da zona de rebaixamento entre a 20ª e a 28ª rodada, mas desmoronou na reta final e voltou para a terceirona após nove anos consecutivos na Serie B – até chegando a disputar os playoffs de acesso à elite nos cinco primeiros. Com 19 derrotas, nove empates e 10 vitórias, os granata foram rebaixados com 39 pontos, tendo como principal destaque o goleiro Elhan Kastrati, da seleção albanesa.

Por fim, o lanterna da competição, o Cosenza – do brasileiro Charlys, ex-Vitória – caiu com sete vitórias, 13 empates e 18 derrotas. Apesar dos esforços do goleiro Alessandro Micai, do atacante Tommaso Fumagalli e do já citado volante alagoano, emprestado pelo Verona, que fizeram uma temporada acima da média em comparação ao restante do elenco, os rossoblù ocupam a 20ª posição desde a 19ª rodada. A queda era praticamente certa, mas a pontuação poderia ter sido um pouco melhor, não fosse a punição por atraso no pagamento de impostos. De qualquer forma, o time não conseguiu se organizar o bastante para evitar a degola. Os calabreses tornaram à terceirona após sete anos, nos quais namoraram bastante com o descenso.

Resumindo: com o fim da temporada regular da Serie B, Sassuolo (campeão) e Pisa garantiram o acesso direto à elite do futebol italiano. Por outro lado, Sampdoria, Cittadella e Cosenza foram rebaixados para a Serie C. A última vaga de acesso será decidida por meio dos playoffs: o Spezia enfrenta o vencedor do embate entre Catanzaro e Palermo, enquanto a Cremonese duela com Juve Stabia ou Cesena. Os vencedores dessas semifinais se enfrentam na grande decisão, com jogos de ida e volta nos dias 29 de maio e 1º de junho. Já o último rebaixado será definido no playout entre Frosinone e Salernitana, com confrontos marcados para os dias 19 e 24 de maio.

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