Trivela
·03 de novembro de 2022
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·03 de novembro de 2022
A Copa do Mundo de 2022 não deixa margem de manobra em seu calendário. A competição no final do ano terá apenas uma semana de respiro entre a pausa na temporada de clubes e o pontapé inicial no Catar – quando normalmente são pelo menos três semanas de intervalo. Além disso, os compromissos dos clubes se tornaram ainda mais atropelados, com uma maratona de partidas. Não surpreende o alto número de desfalques por lesão para o Mundial, especialmente pelo tempo mínimo de recuperação. E a Alemanha será mais uma seleção que não contará com um nome de relevo por contusão. Timo Werner se machucou na rodada da Champions League e, após a realização de exames, o RB Leipzig informou que o atacante não joga mais em 2022.
Timo Werner precisou deixar o campo ainda durante o primeiro tempo na goleada por 4 a 0 sobre o Shakhtar Donetsk, que classificou o Leipzig às oitavas de final da Champions. Segundo a informação do clube, o atacante sofreu uma ruptura de ligamentos no tornozelo e não atuará mais em 2022. A equipe médica dos Touros Vermelhos decidirá qual o método de tratamento a ser utilizado. De qualquer maneira, é certo que o jogador estará fora da Copa do Mundo.
Técnico da Alemanha, Hansi Flick lamentou a ausência: “Essa notícia é muito amarga. Eu sinto muito por Timo pessoalmente, porque ele perderá uma Copa do Mundo que estava muito empolgado para jogar. Mas, especialmente para o time, o desfalque de Timo é uma grande perda. Teremos que disputar a competição sem um excelente atacante, com uma boa média de gols pela seleção. É um jogador de equipe. Antes de tudo, desejamos a Timo que ele se recupere rápido”.
Destaque na Copa das Confederações em 2017, Timo Werner disputou sua primeira Copa do Mundo em 2018, mas naufragou com o restante da Alemanha. O atacante começou todos os jogos como titular, por vezes deslocado como ponta, e não contribuiu com um gol sequer. O jovem chegou a perder a posição no ciclo da Euro 2020, mas recobrou seu espaço desde a chegada de Hansi Flick – que o bancou inclusive na baixa com o Chelsea. Werner foi titular em 11 das 15 partidas sob as ordens do treinador, enquanto em outras duas saiu do banco. Ausentou-se apenas quando estava lesionado. Anotou oito gols e deu três assistências, importante na arrancada do Nationalelf nas Eliminatórias. Era um homem de confiança.
Embora tivesse moral com o treinador, Werner não vinha sendo necessariamente unanimidade junto à torcida. Depois da morna participação da Alemanha na última Liga das Nações, surgiram discussões sobre o comando do ataque. Mais móveis, Timo Werner e Kai Havertz deixam a desejar em relação ao embate mais físico, bem como não possuem o melhor aproveitamento nas finalizações. Com o desfalque do jogador do Leipzig, ganham mais peso os clamores por uma chance a Niclas Füllkrug, do Werder Bremen – com características bastante diferentes, mas um centroavante de ofício. Quem também pode se beneficiar é Youssoufa Moukoko, que ascende no Borussia Dortmund e poderia ser uma surpresa na lista final.
Fato é que, mesmo sem ser o atacante mais letal, Timo Werner poderia ter muita utilidade na Copa do Mundo. A velocidade do alemão seria uma arma interessante contra a Espanha, por exemplo. Além disso, a boa fase de Werner nesse retorno ao Leipzig animava. O atacante participa ativamente da recuperação da equipe com Marco Rose e deu sua contribuição à classificação na Champions League. Não é mais protagonista como em outros tempos, diante do sucesso de Christopher Nkunku, mas oferece recursos. Algo que o clube não terá durante os próximos meses e nem a Alemanha no Mundial. Não é um jogador imprescindível, mas teria boa serventia dentro de uma rotação alemã que não anda bem servida de atacantes. Pelo contrário, um setor carente se torna um pouco mais escasso.