Calciopédia
·18 de outubro de 2023
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·18 de outubro de 2023
No último compromisso de sua atribulada data Fifa, a Itália viajou até Londres para enfrentar a forte seleção inglesa, pelas Eliminatórias da Euro 2024. Em Wembley, palco da última final da competição, disputada inclusive por britânicos e italianos, os mandantes levaram a melhor. O triunfo por 3 a 1 garantiu a classificação da Inglaterra e manteve a Nazionale a uma vitória e a um empate da vaga no torneio continental.
Após toda a polêmica envolvendo atletas acusados de terem utilizado uma plataforma ilegal de apostas, que levou ao corte de Tonali e Zaniolo do plantel azzurro, a atual campeã europeia entraria em campo buscando a vitória, no intuito de igualar os 13 pontos da Inglaterra, líder do Grupo C, e evitar a classificação antecipada dos britânicos. Não conseguiu. A Ucrânia, por sua vez, teria aparente vida fácil contra Malta e também poderia chegar a 13. Os ucranianos venceram os malteses com dificuldade e, com um jogo a mais, tomaram a segunda posição da Itália – agora terceira, com 10.
Para o confronto contra os ingleses em Wembley, Luciano Spalletti promoveu oito alterações em relação à equipe que goleou Malta: o treinador repetiu apenas as escalações de Donnarumma, Barella e Berardi. Entre os titulares, chance para Udogie na lateral esquerda e para Scamacca no comando do ataque. Até El Shaarawy, convocado de última hora, começou na ponta canhota.
Com a bola rolando, a Inglaterra buscou pressionar desde o início e o primeiro susto surgiu em uma falta cobrada por Rashford, aos 12 minutos. Quando tinha a posse da pelota, a Itália também mantinha uma estratégia de troca de passes para comandar as ações, no estilo mais tradicional de Spalletti.
Scamacca aproveitou as suas chances e abriu o placar para a Itália em Wembley (AFP/Getty)
Próximo aos 15 minutos, Barella recuperou a posse na intermediária defensiva e fez a bola voltar até Donnarumma, que deu início à jogada da Itália. Udogie recebeu na lateral esquerda e, após driblar um adversário, arrancou até o campo de ataque, onde a pelota chegaria até Di Lorenzo, que fazia a ultrapassagem pelo flanco oposto. O capitão do Napoli cruzou rasteiro e Scamacca, na pequena área, empurrou para as redes.
O belíssimo gol coletivo dos italianos fez com que a Squadra Azzurra tomasse o controle da partida, mantendo a posse de bola nos minutos seguintes e colecionando chances. O próprio Scamacca assustou mais uma vez, em uma finalização de fora da área, pouco depois da abertura do placar.
Aos poucos, a Inglaterra conseguiu reequilibrar o confronto. Na casa dos 27 minutos, após tabela entre Bellingham e Kane, o meia do Real Madrid invadiu a área e foi derrubado por Di Lorenzo. Na cobrança, o atacante do Bayern Munique bateu firme no ângulo esquerdo do gol, empatando a partida.
A Itália ainda chegou com perigo no final da primeira etapa, com grande jogada de Udogie, que exigiu boa defesa de Pickford – o goleiro espalmou para o meio da área, mas ninguém aproveitou. No fim das contas, os times voltaram aos vestiários com um empate justo, considerando o que foi mostrado em campo.
Os times voltaram sem alterações para a segunda etapa, que começou com cenário parecido com o do fim do primeiro tempo. Porém, quando a Itália conseguiu ter a posse próximo à área inglesa, uma roubada de bola de Foden e um contra-ataque puxado por Bellingham foram letais. Com um drible, o meia bagunçou a defesa e, após deixar Scalvini na saudade, tocou para Rashford: em velocidade, o atacante invadiu a área, procurou o espaço para a finalização e bateu firme, no canto esquerdo de Donnarumma, virando para os donos da casa.
Com queda brusca de desempenho no segundo tempo, a Itália levou a virada da Inglaterra (Getty)
Enquanto Spalletti preparava três alterações, Scamacca exigiu boa defesa de Pickford. Além do gol, o centroavante foi aquele que mais levou perigo à meta adversária e, definitivamente, aproveitou a chance que teve. Inclusive, após a sua última contribuição na partida, a Itália não ameaçou mais – embora Kean tenha entrado com boa movimentação e iniciativa.
A partir dali, a Nazionale perdeu de vez o meio-campo e viu o bloco defensivo britânico funcionar bem. Algo que poderia não ter acontecido se o árbitro Clément Turpin tivesse expulsado Phillips, que mereceu o segundo cartão amarelo após uma falta cometida.
Embora chances claras tenham rareado até o apito final, Bellingham mandava no meio-campo e era o grande nome do jogo: a Itália só conseguia pará-lo com falta. E, aos 77, numa jogada que – curiosamente – não envolveu o craque do Real Madrid, a Inglaterra matou o confronto. Guéhi buscou a ligação direta com Kane, que aproveitou o corte errado de Bastoni e o atraso na cobertura de Scalvini para sair cara a cara com Donnarumma e fazer 3 a 1 para os donos da casa.
No fim das contas, após o terceiro gol inglês, nada mudou: a Inglaterra aproveitava os espaços para trocar passes e sair com velocidade nos contra-ataques, desgastando ainda mais os italianos, que não incomodaram e deixaram Wembley derrotados dessa vez. Para a Nazionale, faltou fôlego para repetir o desempenho da etapa inicial.
A Squadra Azzurra volta a atuar em novembro, quando acontecem as duas rodadas finais das Eliminatórias da Euro 2024. Para se classificar ao torneio e poder defender o seu título, precisa superar o pesadelo representado pela Macedônia do Norte para igualar a Ucrânia, e aí, precisar apenas do empate na última jornada, num duelo que, em virtude da guerra entre russos e ucranianos, ocorrerá em campo neutro – na BayArena, em Leverkusen, na Alemanha. Caso tudo dê errado para a Nazionale, está garantida a chance de buscar a vaga através dos playoffs derivados dos resultados conquistados na Nations League.
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