A Itália perdeu para a Bélgica e terminou sua decepcionante participação na Euro Feminina | OneFootball

A Itália perdeu para a Bélgica e terminou sua decepcionante participação na Euro Feminina | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: Calciopédia

Calciopédia

·19 de julho de 2022

A Itália perdeu para a Bélgica e terminou sua decepcionante participação na Euro Feminina

Imagem do artigo:A Itália perdeu para a Bélgica e terminou sua decepcionante participação na Euro Feminina

Quando entrou em campo em Manchester, para encarar a Bélgica, a Itália sabia do que precisava fazer para avançar às quartas de final da edição 2022 da Euro Feminina: vencer a partida. Independentemente do que aconteceria no confronto entre França e Islândia, apenas uma vitória poderia colocar a Squadra Azzurra na próxima fase. Porém, as italianas passaram longe disso: perderam por 1 a 0 e acabaram eliminadas precocemente do torneio.

O cenário chegou a ficar bom para a Itália logo cedo. Aos 5 minutos, em partida simultânea, a França abriu o placar contra a Islândia. Tudo bem, tudo bom, mas faltava o principal, que era a Nazionale encaixar seu jogo. Tendo realizado um ciclo muito bom até a Eurocopa, o que gerou boas expectativas para a participação no torneio, a seleção treinada por Milena Bertolini sentiu muito o baque da goleada sofrida para as francesas logo na estreia. Buscar o empate contra a Islândia, na rodada seguinte, não bastou para que as atletas recuperassem a confiança no trabalho e o seu melhor nível.


Vídeos OneFootball


No duelo decisivo, a Bélgica foi superior até os 30 minutos. Num bloco médio-alto de marcação, as belas impediam que a Itália jogasse pelas laterais e, dessa maneira, encurtou as posses da Nazionale. Embora não criasse muita coisa no ataque, foi levando a peleja em banho-maria. Depois dessa fase da partida, Bertolini subiu as linhas da sua equipe, e colocou Manuela Giugliano na função de ajudante de Barbara Bonansea e Cristiana Girelli no momento de pressão. Com essa alteração tática, as azzurre começaram a roubar a bola em campo ofensivo com maior frequência e terminaram bem o primeiro tempo.

Agnese Bonfantini voltou para a segunda etapa, na vaga de Lucia Di Guglielmo, o que levou Valentina Bergamaschi a atuar na lateral, numa tentativa de fazer a equipe italiana ficar mais ofensiva. Mas, antes de qualquer panorama se desenhar no tempo complementar, problemas para defender a bola parada defensiva voltaram a punir a Itália.

A Bélgica cobrou falta na área, a zaga afastou mal a bola, e Tine De Caigny completou para o fundo da rede. Com a desvantagem no placar, o nervosismo da Itália só aumentou. A necessidade de virada se converteu num novo fator de desespero, que crescia a cada minuto que passava. Tudo o que restou foi empilhar atacantes em campo e tentar um abafa.

Imagem do artigo:A Itália perdeu para a Bélgica e terminou sua decepcionante participação na Euro Feminina

Entre as poucas chances da Itália, a mais perigosa saiu dos pés da apagada Girelli (Getty)

Bonansea teve uma boa chance, mas finalizou mal. Girelli, por sua vez, teve a melhor oportunidade e mandou na trave. Os contra-ataques ficaram oferecidos para a Bélgica, que também colocou uma bola no travessão italiano. E foi só: Itália eliminada sem somar vitórias e com uma campanha muito decepcionante, sobretudo pelo desempenho nas partidas.

O próximo passo terá de ser pensado com muito carinho. Muitas dessas atletas ajudaram a escrever a história moderna do futebol feminino no país, herdando um caminho construído por Carolina Morace, Elisabetta Bavagnoli, Rita Guarino, Patrizia Panico, Melania Gabbiadini e outras grandes jogadoras. Elas superaram todo tipo de dificuldade e a ausência de profissionalismo na modalidade. Hoje, são bandeiras do esporte entre as mulheres na Itália e a má campanha em nada arranha a grandeza de referências como Sara Gama, Valentina Giacinti, Daniela Sabatino, Bonansea e Girelli.

Contudo, um processo de renovação precisa ser iniciado, aproveitando o momento de crescimento da liga italiana e a chegada do profissionalismo ao futebol feminino no país. Nomes como os das já citadas Di Guglielmo e Giugliano, além dos de Lisa Boattin, Arianna Caruso e Martina Piemonte, são o futuro dessa seleção – e devem crescer muito com essa experiência negativa na Euro 2022.

Será importante fazer uma mescla entre as jovens e as figuras mais relevantes dessa seleção, como as já citadas, e outras peças, como Valentina Cernoia, Aurora Galli, Elena Linari, Elisa Bartoli, Martina Rosucci e Valentina Giacinti. Porém, nesse processo, é fulcral dar cada vez mais protagonismo às atletas mais novas. A busca da Itália, no que resta das Eliminatórias para a Copa do Mundo, irá muito além de “apenas” garantir sua vaga: representará o momento de fortalecer novas lideranças, aprimorar mecanismos de jogo e continuar evoluindo.

Embora a Nazionale deixe a Euro com uma campanha vexatória, o ciclo que se iniciou na Copa do Mundo de 2019 precisa ter o sucesso reconhecido. Além disso, será necessário ter paciência para entender cada etapa da trajetória. Só isso levará esse time a um novo patamar.

Saiba mais sobre o veículo