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·17 de julho de 2025
A festa do Fluminense que virou lição do Cruzeiro

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Fluminense e Cruzeiro protagonizaram duelos marcantes ao longo das últimas décadas, com partidas que ora celebraram conquistas, ora serviram de alerta a favoritos. Dois desses confrontos chamam atenção pela diferença de contexto e pelo impacto em suas campanhas, como lembrado pelo Lance.
Em novembro de 2012, o Fluminense, já campeão antecipado do Brasileirão, recebeu o Cruzeiro no Engenhão diante de mais de 35 mil torcedores em clima de festa. O dia era de consagração tricolor: taça erguida, volta olímpica e aplausos ecoando pelas arquibancadas. Mas dentro de campo, a Raposa mostrou que entra para competir mesmo quando o protagonismo está do outro lado. Comandado por Montillo no meio-campo e com o goleiro Rafael inspirado, o Cruzeiro venceu por 2 a 0, carimbando a faixa do adversário.
O roteiro do jogo começou com pênalti convertido por Montillo, após Anselmo Ramon ser derrubado por Gum. Na etapa final, Élber ampliou ao arrancar do meio-campo e superar Cavalieri com chute cruzado, a bola ainda tocando a trave antes de entrar. O Fluminense controlou a posse de bola e finalizou mais — 16 tentativas, contra 8 dos visitantes —, mas esbarrou nas boas defesas de Rafael. Ao final, a festa da arquibancada se misturou à merecida disciplina dos mineiros, que bateram o campeão sem contestação.
Dez anos antes, o embate pelo Brasileirão de 2002 envolvia contextos bem distintos. O Maracanã lotado — quase 60 mil pagantes presentes — viu a estreia de Romário com a camisa do Fluminense. O Cruzeiro, então treinado por Marco Aurélio e com jovens como Maicon e Jussiê, até saiu na frente, com gol de Joãzinho II aos 28 do primeiro tempo. Mas a vantagem mineira pouco durou: Magno Alves empatou, Fernando Diniz virou e Romário apareceu, ainda antes do intervalo, para marcar o terceiro tricolor em cobrança de pênalti.
Na segunda etapa, o domínio carioca foi absoluto. Beto marcou o quarto gol aos 4 minutos, e, já nos acréscimos, Romário, sempre oportunista, fechou o placar em 5 a 1. O Cruzeiro tentou responder com trocas e mudanças, mas não equilibrou o jogo. A derrota foi uma das mais contundentes dos mineiros naquele Brasileirão, evidenciando instabilidades no elenco que também contava com Luisão, Cris, Augusto Recife e Fábio Júnior.
Enquanto o 5 a 1 de 2002 marcou uma tarde de afirmação tricolor e estreia de craque, o 2 a 0 de 2012 simbolizou a seriedade cruzeirense em meio a alheia celebração. Ambas partidas demonstram, de formas opostas, como Fluminense e Cruzeiro escrevem capítulos que misturam feitos históricos, marcas negativas e performances memoráveis — ingredientes de uma das rivalidades mais imprevisíveis do futebol nacional.
Fontes: Lance.
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