A dívida do Vasco de 20 anos que a gestão de Pedrinho agora tenta renegociar | OneFootball

Um fantasma de gestões passadas veio assombrar os corredores de São Januário e expor a profundidade da negligência administrativa que marcou o Vasco da Gama nas últimas duas décadas. Foi revelado que o clube acumulou uma dívida astronômica de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) que chega à casa dos R$ 2 milhões. O débito, referente às principais sedes do clube, é resultado de quase 20 anos de um completo descaso com as obrigações fiscais mais básicas do clube.

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Duas décadas de omissão

De acordo com informações divulgadas pelo jornalista Fábio Azevedo, do canal Fanático Vascaíno, a dívida compreende a falta de pagamento dos impostos das sedes de São Januário, da Lagoa e do Calabouço. O levantamento apontou que as administrações anteriores do Vasco simplesmente “empurraram com a barriga” a responsabilidade, ano após ano, permitindo que a conta chegasse a um valor que hoje impacta severamente a saúde financeira da instituição.

O canal ainda ressaltou a gravidade da omissão ao informar que, segundo os próprios órgãos públicos, foram raras as vezes em que algum dirigente do CRVG, ao longo desses quase 20 anos, demonstrou qualquer iniciativa para tentar negociar ou quitar os valores. A situação reflete um padrão de irresponsabilidade administrativa que deixou um passivo gigantesco para a gestão atual resolver.

Sede de São Januário – Foto: Leandro Fontes

A busca por uma solução

Diante da “herança maldita”, a diretoria liderada pelo presidente Pedrinho e pelo CEO Carlos Amodeo tomou a iniciativa de romper com a inércia do passado. A gestão procurou os órgãos competentes da Prefeitura do Rio de Janeiro para, pela primeira vez em muito tempo, sentar à mesa e buscar uma forma de renegociar o montante de R$ 2 milhões.

Em um cenário onde Eduardo Paes, o atual prefeito da cidade, é um notório torcedor do Vasco, espera-se que haja um ambiente favorável para encontrar uma solução. A atitude da nova diretoria, contudo, levanta um debate interno urgente sobre a necessidade de alterar o estatuto do clube para que os dirigentes possam ser responsabilizados pessoalmente por danos causados por má gestão.

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