Território MLS
·22 de maio de 2025
A Dinastia Sullivan: Quinn pode ser o primeiro da nova geração a vestir a camisa da Seleção

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·22 de maio de 2025
Por décadas, o sobrenome Sullivan ecoou discretamente no futebol norte-americano, de pai para filho, de treinador para jogador. Mas agora, com os holofotes voltados para o prodígio Cavan Sullivan, outra história começa a tomar forma — a de seu irmão mais velho, Quinn, que pode ser o primeiro da nova geração a estrear na seleção principal dos Estados Unidos.
Tudo começou com Larry Sullivan. Jogador universitário talentoso, com passagens também pelo beisebol, Larry teve uma breve experiência profissional com o Philadelphia Spartans. Mas foi ao lado do lendário Walter Bahr, enquanto ainda estava na faculdade, que sua carreira tomou o rumo que marcaria toda a família: o de treinador.
Família Sullivan// Reprodução Instagram @philaunion
Poucos anos após aposentar-se, Larry passou a orientar jovens atletas, alguns dos quais se tornariam peças importantes na MLS. Um dos nomes que cruzaria seu caminho? Jim Curtin, ex-técnico do Philadelphia Union — clube que viria a se tornar praticamente extensão da árvore genealógica dos Sullivan.
Na Universidade da Pensilvânia, o futebol uniu Brendan e Heike. Ela era capitã do time feminino; ele, um meio-campista técnico e premiado, chegou a ser eleito três vezes para a seleção da temporada da antiga A-League. Após a aposentadoria, Brendan assumiu o banco de reservas como assistente de Larry e, depois, técnico na Germantown Academy.
Heike optou por seguir carreira no Direito e se especializou em esportes, atuando em casos de atletas de elite. Juntos, formaram não apenas uma família apaixonada por futebol — mas uma verdadeira fábrica de talentos.
Antes mesmo da nova geração brilhar, Chris Albright — primo dos jovens Sullivan — já havia deixado sua marca. Com passagem pela Copa do Mundo e carreira sólida como jogador, hoje comanda o FC Cincinnati como gerente geral.
Enquanto isso, uma geração inteira brotou dentro da base do Philadelphia Union. Declan e Ronan, gêmeos de 16 anos, estão na academia do clube. Já Cavan, aos 15, é considerado um fenômeno global. Estreou como profissional aos 14, sob os cuidados de Jim Curtin, e já tem contrato com o Manchester City.
Mas quem pode escrever o próximo capítulo da dinastia é Quinn Sullivan.
Quinn Sullivan pelo Philadelphia Union/ Reprodução Instagram @quinn.sullivan33
Quinn surgiu cedo. Estreou pelo Union II, na USL, aos 16 anos, e pouco depois assinou contrato como “Homegrown Player”, sendo integrado ao elenco principal em 2021. Nesse mesmo ano, marcou um gol antológico de bicicleta contra o Chicago Fire — eleito o Gol da Semana na MLS.
A partir dali, sua evolução foi constante. Em 2023, tornou-se o primeiro jogador da base do Union a registrar dois dígitos em assistências em uma única temporada. E com apenas 20 anos, já ostenta o título de atleta mais jovem da história do clube a alcançar o chamado “Duplo-Duplo” — 10 gols e 10 assistências.
Quinn já era presença frequente nas seleções de base, com destaque na campanha do título do Sub-20 da Concacaf em 2022 e na Copa do Mundo Sub-20. Mas agora, com os desfalques causados pelo Mundial de Clubes e a frustração recente na Copa América e na Nations League, sua chance real de integrar a seleção principal está mais próxima do que nunca.
Em 2025, Quinn vem tendo o melhor desempenho da carreira:
Em janeiro, foi chamado para o training camp da seleção, mas o Union optou por não liberá-lo. Aquela não convocação pode ter custado sua presença nas finais da Nations League. Mas ele respondeu da forma mais eficiente: jogando em alto nível, jogo após jogo.
Mauricio Pochettino, que busca renovação e consistência para o ciclo até 2026, sabe que Quinn é uma peça madura, versátil e tecnicamente refinada — o tipo de nome que pode surpreender e somar agora, sem perder de vista o futuro.
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