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·04 de junho de 2024
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A dez dias do início da Eurocopa 2024, os principais favoritos ao título chegam em momentos diferentes, entre a França debilitada após os amistosos de março, a Alemanha em ascensão e a Inglaterra que conta com a dupla Jude Bellingham e Harry Kane para encerrar um jejum de 58 anos sem título.
França: esquecer março e reencontrar Mbappé
Após uma campanha impecável nas eliminatórias, a atual vice-campeã mundial não foi tão bem nos amistosos de março, quando foi derrotada pela Alemanha por 2 a 0 e venceu o Chile (3 a 2) em uma atuação sem brilho. O astro Kylian Mbappé, apagado no final de temporada com o Paris Saint-Germain, mas com o futuro já definido depois de ter sido anunciado pelo Real Madrid, deverá se concentrar em reencontrar seu nível para tentar liderar os ‘Bleus’ na busca do terceiro título continental.
Inglaterra: apostar em Kane e Bellingham
Finalista da última edição, a Inglaterra confia em uma excelente geração de jogadores para levantar o primeiro título desde a Copa do Mundo de 1966. Harry Kane, apesar de uma temporada sem títulos no Bayern de Munique, mostrou que é um dos melhores atacantes europeus, e o jovem Jude Bellingham foi um dos líderes do Real Madrid na conquista da Liga dos Campeões e do Campeonato Espanhol. Basta que o técnico Gareth Southgate encontre a fórmula para dar fim à seca de títulos dos ‘Three Lions’.
Alemanha: seguir em evolução
A anfitriã da Euro encerrou 2023 com derrotas para Turquia (3 a 2) e Áustria (2 a 0), o que levou o técnico Julian Nagelsmann, no cargo desde setembro, a tomar decisões drásticas, deixando de contar com vários jogadores habituais e trazendo de volta o experiente Toni Kroos. As duas vitórias em março (2 a 0 sobre a França e 2 a 1 sobre a Holanda) deram confiança aos alemães, que sonham em reviver o ambiente de 2006, quando a ‘Mannschaft’ chegou à semifinal da Copa do Mundo jogando em casa.
Espanha: uma incógnita
Bicampeã continental em 2002 e 2012, a Espanha chega à Alemanha com uma equipe rejuvenescida que ainda é uma incógnita. Após o fiasco na Copa do Mundo de 2022 e a saída de Luis Enrique, o novo técnico Luis de la Fuente deu tranquilidade e calma a um grupo que mantém alguns jogadores que disputaram o Mundial, como Unai Simón, Morata, Rodri, Laporte e Dani Olmo.
Apesar de não ser uma das grandes favoritas, a Espanha não pode ser descartada, como já mostrou ao ter sido campeã da última edição da Liga das Nações da Uefa.
Itália: muitas dúvidas e desfalques na defesa
Atual campeã europeia, a Itália sofreu até o último minuto do último jogo das eliminatórias (0 a 0 contra a Ucrânia) para selar sua vaga no torneio continental.
Fora das duas últimas Copas do Mundo (2018 e 2022), a ‘Azzurra’ do técnico Luciano Spalletti, que levou o Napoli à histórica conquista do ‘Scudetto’ em 2023, vem de vitórias nos amistosos que disputou em março, mas contra seleções do segundo escalão (Venezuela e Equador).
A Itália chega à Alemanha enfraquecida na defesa, com os desfalques por lesão de Francesco Acerbi e Giorgio Scalvini.
Portugal: despedida de CR7?
A decepção com a eliminação nas quartas de final da Copa de 2022 diante do Marrocos parece digerida e a mudança de treinador (o espanhol Roberto Martínez substituiu Fernando Santos) serviu para voltar a motivar uma grande geração de jogadores portugueses que fizeram uma campanha perfeita nas Eliminatórias da Euro (dez vitórias em dez jogos).
Oito anos depois do título continental na França, Portugal e o interminável Cristiano Ronaldo sonham em repetir o feito.
Aos 39 anos, CR7 vai disputar sua 11ª grande competição (e última?) pela seleção de seu país.