Trivela
·31 de março de 2022
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·31 de março de 2022
México e Estados Unidos tiveram seus pesadelos em edições recentes das Eliminatórias. Os mexicanos precisaram jogar a repescagem rumo à Copa de 2014, enquanto os americanos sequer foram para o Mundial de 2018. Desta vez, as duas equipes não tinham confirmado matematicamente a classificação antes da rodada final na Concacaf, mas a situação era suficientemente tranquila para ambas. Só um milagre da Costa Rica botaria água no chope de alguma das duas seleções. No fim das contas, ocorreu só um susto, mas que não provocaria nenhuma reviravolta. Os costarriquenhos, que precisavam de uma vitória por seis gols de diferença, até bateram o US Team por 2 a 0 em San José. Mesmo assim, os EUA se confirmaram no Catar. Já El Tri fez sua parte no Azteca ao derrotar El Salvador por 2 a 0 e também carimbar o passaporte.
Classificado por antecipação, o Canadá terminou na primeira colocação, com 28 pontos e melhor saldo. O México, em segundo, também passou a somar 28 pontos. Os Estados Unidos ficaram em terceiro, com 25 pontos. Fez a diferença o saldo dos americanos, já que a Costa Rica encerrou a campanha também com 25 pontos, mas sem a goleada histórica necessária para o milagre. Os Ticos terão que jogar a repescagem intercontinental em junho, com um jogo único no Catar. Seu oponente será a Nova Zelândia, vencedora das Eliminatórias na Oceania.
Sobre os dois classificados da noite, o México fez uma campanha abaixo da crítica nas Eliminatórias. A equipe de Tata Martino não engrenou e foi pouco eficiente ao longo da caminhada. A competição nivelada por baixo, contudo, não trouxe problemas para a classificação. Será o 17° Mundial de El Tri, o oitavo consecutivo. Os Estados Unidos, por sua vez, também receberam críticas pela irregularidade. Gregg Berhalter conta com uma geração muito jovem, que deve amadurecer. Porém, o time se arrastou em diferentes partidas no plano coletivo, com momentos pontuais de real empolgação. Ao menos, a volta às Copas acontece depois de oito anos, com a 11ª participação do US Team na fase final da competição.
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Em San José, a própria Costa Rica parecia não acreditar em seu milagre. Os Ticos pouparam os jogadores pendurados, já pensando na repescagem, e entraram com uma equipe bastante modificada, recheada de jovens. Assim, os Estados Unidos dominaram o primeiro tempo. Keylor Navas faria três ótimas defesas na etapa inicial do jogo, com os americanos mandando nas ações ofensivas. Os costarriquenhos até ameaçaram em alguns lances, mas sem tantas chances claras quanto os visitantes. Apesar disso, a postura corajosa dos anfitriões era notável – mesmo que longe de conseguir os seis gols necessários.
O início do segundo tempo até permitiu que a Costa Rica desse um calor, com dois gols antes dos 15 minutos. O primeiro seria marcado por Juan Pablo Vargas, em testada firme após cobrança de escanteio. Pouco depois, na sequência de mais uma bola alçada, Jewison Bennette bateu cruzado e Anthony Contreras apareceu para conferir. O sinal de alerta dos Estados Unidos soava mais alto nesse momento. Só que o time voltaria a esfriar o confronto, com mais posse no campo de ataque. Aos costarriquenhos, ficava o orgulho pelo papel honroso e a motivação de quem mostrou serviço. A preocupação ficou apenas para a saída do lesionado Navas.
Já o México não teve problemas para resolver o jogo no Estádio Azteca contra El Salvador – com mais contundência que em outras tantas apresentações nessas Eliminatórias. O primeiro gol saiu aos 17 minutos, com Uriel Antuna batendo firme para aproveitar um rebote. Já aos 43, um pênalti permitiu que Raúl Jiménez ampliasse. El Tri não sofria o mínimo risco. Durante o segundo tempo, os mexicanos seguiram martelando e criando muitas chances. A equipe desperdiçou algumas oportunidades de ampliar, embora o goleiro Mario González também fizesse ótima atuação na meta salvadorenha.
Em ritmo de festa após a classificação, o Canadá perdeu na visita ao Panamá por 1 a 0. Os Canucks pouparam vários titulares e tiveram uma atuação acomodada, que permitiu à Maré Vermelha encerrar a campanha com um pouco de honra, mesmo que a derrapada na reta final tenha custado suas chances. Os panamenhos fizeram seu gol aos quatro minutos do segundo tempo, num contra-ataque concluído na área por Gabriel Torres. Os canadenses tiveram algumas boas chances de empate e um tento anulado no final, mas encerraram a histórica campanha com sua segunda derrota.
Por fim, num duelo entre dois coadjuvantes, Honduras encerrou o octogonal final sem vitórias e tomou a virada por 2 a 1 da Jamaica. Ángel Tejeda abriu o placar aos 18 minutos, cobrando um pênalti. A virada em Kingston saiu antes do intervalo. Leon Bailey, também de pênalti, deixou tudo igual para os Reggae Boyz. Já o responsável pela virada foi Ravel Morrison, nos acréscimos da primeira etapa. O segundo tempo teria a iniciativa dos hondurenhos, o que não valeu muito, numa campanha fraquíssima da equipe.
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