Trivela
·11 de novembro de 2021
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·11 de novembro de 2021
Hansi Flick estreou à frente da seleção alemã com uma vitória por 2 a 0 sobre Liechtenstein, que não empolgou tanto os torcedores. Desde aquela noite, a Alemanha emendou novos triunfos bem mais contundentes e garantiu a classificação à Copa do Mundo. O reencontro com Liechtenstein nesta quinta-feira, então, guardou uma saraivada da Mannschaft: 9 a 0, num resultado que (acredite) até saiu barato. Uma expulsão dos visitantes logo aos oito minutos abriu o caminho na Volkswagen Arena. Seriam incríveis 42 finalizações dos alemães, com três bolas na trave e 14 defesas do goleiro Benjamin Büchel. Esta é a quinta maior vitória do Nationalelf na história, a maior desde os 13 a 0 sobre San Marino em 2006.
Mesmo com a Alemanha classificada, Hansi Flick escalou a equipe praticamente titular, apesar dos desfalques. Ridle Baku e Christian Günter eram novidades. Na frente, Thomas Müller e Marco Reus serviam de referências, com Leroy Sané muito ativo pela esquerda. E o jogo não demorou a se abrir para a Mannschaft. Aos oito minutos, Jens Hofer ergueu demais o pé na área e acertou o pescoço de Leon Goretzka. Além do pênalti, o jogador de Liechtenstein foi expulso. Na cobrança, Ilkay Gündogan abriu a goleada.
A pressão da Alemanha se tornou incontrolável. As oportunidades vinham uma atrás da outra e Gündogan chegou a acertar o travessão, antes que o massacre realmente se abrisse. Aos 20, Daniel Kaufmann marcou um gol contra ao desviar o cruzamento de Günter. Dois minutos depois, numa ótima troca de passes, seria a vez de Sané guardar o seu. E o quarto gol já saiu aos 23, numa bola ajeitada por Sané, que Reus escorou com a meta aberta. O goleiro Büchel ainda fazia boas defesas para evitar um estrago maior. Na metade final do primeiro tempo, o Nationalelf tirou o pé, mas ainda assim Sané e Gündogan representavam perigos constantes.
A Alemanha voltou para o segundo tempo com mudanças, contando com as entradas do estreante Lukas Nmecha e de Florian Neuhaus. Sané aumentaria a contagem logo cedo, aos quatro minutos, após passe de Reus. De qualquer forma, não era a versão mais agressiva dos alemães, que ainda carimbaram a trave com Nmecha e exigiam algumas boas intervenções de Büchel. Maximilian Arnold e Kevin Volland seriam outros a sair do banco, antes que Matthias Ginter também reaparecesse na equipe nacional.
Somente depois dos 30 minutos é que as redes voltaram a balançar freneticamente em Wolfsburg. Müller marcou o sexto num rebote, pouco antes de Volland acertar uma cabeçada no travessão. Aos 35, Baku marcou o mais bonito da noite, num chute cheio de efeito que entrou direto no ângulo. Müller assinou o oitavo num rebote, aos 41, e o bombardeio ainda esbarrava em outras defesas de Büchel, além de uma bola salva em cima da linha. Por fim, um cruzamento de Baku desviado contra as próprias redes por Maximilian Göppel fechou a contagem. E o placar só não ganhou dois dígitos porque Büchel operaria um milagre contra Nmecha no apagar das luzes.
Ainda assim, a vitória mais importante da rodada no Grupo J seria conquistada pela Macedônia do Norte. Os macedônios faziam o confronto direto com a Armênia em Yerevan e uma vitória seria vital para qualquer lado. Pois os visitantes aplicaram uma impensável goleada por 5 a 0, em noite letal de seu ataque. Bardhi comandou o triunfo, com três gols. O resultado saiu ainda melhor que a encomenda já que, em Bucareste, a Romênia apenas empatou por 0 a 0 com a Islândia. Assim, a Macedônia do Norte assumiu a segunda colocação.
A precisão da Macedônia do Norte fez a diferença desde o primeiro tempo em Yerevan. O primeiro gol saiu aos 22 minutos, numa jogadaça de Stefan Askovski, que passou por três adversários até cruzar para Aleksandar Trajkovski escorar às redes. Por mais que os armênios tentassem responder, o segundo gol veio aos 36, num contra-ataque. Eljif Elmas puxou a jogada e entregou para Enis Bardhi, que arriscou o chute de fora da área, mandando no canto inferior da meta adversária.
A Armênia tentou reagir no segundo tempo, mas praticamente todos os ataques da Macedônia do Norte resultaram em gols. O terceiro, de pênalti, foi anotado aos 21 por Bardhi – que sofreu a falta e converteu a cobrança. Milan Ristovski recebeu a enfiada de Elmas para anotar o quarto, num contra-ataque aos 34. Por fim, Ezgjan Alioski sofreu mais um pênalti aos 45. Bardhi completou sua tripleta e fechou a contagem favorável aos macedônios, que praticamente tira os armênios da disputa.
Já em Bucareste, aconteceu o decepcionante empate sem gols à Romênia. Ainda viva na disputa, mas com chances remotas, a Islândia deu o primeiro susto do jogo. Brynjar Bjarnasson apareceu desimpedido na área e isolou. Porém, logo os romenos passariam a ditar o ritmo e a pressionar bem mais. Os anfitriões tinham amplo domínio da posse de bola e arriscavam bastante, mas sem levar tanto perigo ao goleiro Elías Ólafsson. No principal lance, Alin Tosca pegou mal na pequena área e praticamente tirou o gol de sua equipe.
O segundo tempo começou duro à Romênia. Denis Alibec até começou perdendo uma boa chance, mas Ianis Hagi também precisou salvar sua equipe aos 12, afastando uma bola em cima da linha após escanteio. O cenário não mudava tanto, com os romenos presentes no campo de ataque, mas com dificuldades para romper a marcação nórdica. O lance mais lamentado veio aos 40, quando Hagi arriscou de fora da área e carimbou a trave. A pressão final, entretanto, não deu resultado aos tricolores.
Ao final da penúltima rodada, a Alemanha lidera com 24 pontos. A Macedônia do Norte assume a segunda colocação com 15 pontos, um a mais que a Romênia, com 14. A Armênia só tem chances matemáticas depois da paulada que tomou, com 12 pontos, mas um saldo ridiculamente inferior. Já a Islândia se despede das últimas esperanças, com nove pontos. Na rodada final, a Macedônia do Norte só depende de si, recebendo a Islândia em Skopje. A Alemanha visita a Armênia, enquanto a Romênia terá o jogo mais acessível na viagem a Liechtenstein.
Classificação fornecida por SofaScore LiveScore