Zerozero
·28 de junho de 2024
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·28 de junho de 2024
«Vinte e dois homens perseguem uma bola durante 90 minutos e, no final, ganham os alemães.»
A frase de Gary Lineker já sofreu algumas mutações ao longo da história, mas a essência da afirmação atravessou as mais diversas gerações. Apesar de um hiato no sucesso desportivo desde 2014, a Alemanha continua a ser, ainda hoje, uma das maiores potências no mundo do futebol.
Uma condição que se explica, desde logo, pela sala de troféus. Quatro campeonatos do mundo e três Europeus. É um espólio imponente que veste, invariavelmente, à equipa germânica o manto do favoritismo. Torneio após torneio, década após década.
Com o Campeonato da Europa de 2024 a jogar-se em solo alemão, o zerozero visitou a «casa das memórias» do país anfitrião.
Em Dortmund, o Museu do Futebol Alemão é um local obrigatório para os apaixonados do jogo e uma viagem imperdível aos diversos episódios históricos que construíram o mito da Mannschaft.
O ponto de partida é religioso e uma espécie de "Dia 1" do futebol alemão. O título mundial conquistado em 1954, na Suíça, marca o início da afirmação de um «gigante» que ainda limpava os escombros de duas guerras mundiais.
A figura de “Sepp” Herberger, o técnico revolucionário, é incontornável no museu, figurando numa das animações em 3D ao lado de figuras dos tempos modernos como Thomas Müller ou Lothar Matthäus, outros dois campeões do mundo.
Mas se o «Milagre de Berna», onde a Alemanha bateu a todo-poderosa Hungria de Ferenc Puskás, dita a rota histórica, ao virar da esquina aparece outro «monstro» do futebol mundial. Franz Beckenbauer, o obreiro de dois títulos mundiais – um como jogador e outro como treinador.
Em 1974, o «Kaiser» levantou o Mundial em solo alemão como capitão, depois da vitória por 2-1 sobre os Países Baixos, em Munique. Um torneio que ficou marcado pelo duelo entre «irmãos», quando a República Federal da Alemanha (RFA) defrontou a República Democrática Alemã (RDA) na fase de grupos, com o conjunto de leste a vencer de forma histórica.
Dezaseis anos depois, Beckenbauer voltaria a fazer história, desta vez em Roma. Na final do Mundial 90, já como treinador, a lenda germânica viu Andreas Brehme marcar o único golo da final frente à Argentina de Diego Armando Maradona. Tudo isto está contado em som e imagens no Museu do Futebol Alemão, em Dortmund.
Assim como está o mais recente dos títulos mundiais, em 2014. Há toda uma ala dedicada à vitória no Maracanã, com destaque para o autor do golo, Mario Götze, novamente sobre a Argentina, esta de Lionel Messi.
Dos Mundiais para os Europeus, nada falta na «casa das memórias». De 1972 a 1996, os três títulos continentais acompanham o a rica história de sucesso da seleção alemã, com a camisola de Oliver Bierhoff, o herói de Wembley em 96, a merecer um lugar de destaque.
A prova do sucesso. É isso que o museu em Dortmund representa.
Este sábado, o zerozero vai estar precisamente em Dortmund para acompanhar o jogo dos oitavos de final do Euro 2024 entre a Alemanha e a Dinamarca. Em campo, os homens de Julian Nagelsmann têm agora a tarefa de honrar um legado pesado, até porque na «casa das memórias» há espaço para mais.