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·09 de abril de 2020

A busca da profissionalização do futebol feminino no Uruguai

Imagem do artigo:A busca da profissionalização do futebol feminino no Uruguai

Desclausurando o Uruguaio é uma coluna semanal com o intuito de explorar histórias, curiosidades e tudo o que envolve o futebol bicampeão mundial. Por certo, o tema dessa semana contará um pouco da história e como está atualmente do futebol feminino no país. Com pouca visibilidade no cenário nacional, a seleção ainda busca seu espaço no futebol sul-americano.

O INÍCIO DO FUTEBOL FEMININO

Em 1970, o futebol uruguaio masculino já era consolidado no mundo e assim trazia na bagagem vários canecos importantes na história do esporte. Onze Copa América, duas Olimpíadas e duas Copas do Mundo, sem esquecer o memorável episódio do Maracanazo. Apesar dessa vasta trajetória, uma parte ainda se encontrava esquecida. O país ainda não possuía base para o futebol feminino. Porém, os primeiros passos começaram a ser dados com Zulma Palavecino – dirigente que firmou o primeiro time de futebol feminino do Uruguai, o Atletico Nacional. Portanto, com o auxílio de outros dirigentes, em 1970 foi criada a Associação Amadora de Futebol Feminino (AAFF), para a realização de campeonatos.


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Por cinco anos seguidos, a AAFF organizou torneios para assim começar a introduzir a modalidade no meio feminino. Apesar de amadora, formaram e participaram 17 times: Águias Negras, Amazonas, Cerro Azul, Huracán (Sarandí), Iriarte, Las Albas, Las Charrúas, Las Estrellas (Santa Lucía), Las Rebeldes (Florida), Lomas de Zamora FC, Nacional, Pampero FC, Paso de los Toros (Tacuarembó), Peñarol e Santiago Vázquez. Além dessas, River Plate, San Lorenzo e Bella Vista, as três do departamento de San José. Mesmo com um número grande de participantes, só um time ganhou todas as edições – o Nacional. Em 1975, a Associação foi desfeita por falta de apoio.

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CAMPEONATO URUGUAIO DE FUTEBOL FEMININO

Anos mais tarde, outras competições foram realizadas. Uma delas foi a Copa Ricardo Espalter, entre os anos de 1991 e 1993, tendo como vencedor o Rampla Juniors em duas oportunidades e o Nacional em uma. Dessa forma, em 1995, a FIFA emitiu um comunicado obrigando as entidades filiadas a ter futebol feminino. Posteriormente, a Associação Uruguaia de Futebol (AUF), organizou um Torneio Inaugural, sendo a primeira competição oficial de futebol feminino no país. Desde de 1997, a competição passou a se chamar Campeonato Uruguaio de Futebol Feminino, e acontece todos os anos sem interrupção. No momento, nenhum canal parece deter os direitos de transmissão da competição.

O sistema de disputa é o mesmo do masculino. Sendo assim, o campeonato é dividido em Apertura, Clausura e ao final, tem-se a tabela Anual. A diferença se dá no número de equipes participantes. Enquanto no campeonato masculino há 16 participantes, no feminino há apenas 10. Algumas equipes que jogam na 1ª Divisão Uruguaia ainda não tem um time formado apenas por mulheres. Além disso, diferentemente do masculino, só o time campeão se classifica para a Libertadores Feminina e dois times caem para a 2ª Divisão. Desde a criação do torneio feminino no Uruguai – 1997- , houve uma hegemonia em relação à três equipes que levantarão o caneco. Das 23 edições, o Rampla Juniors se sagrou campeão nove vezes – seis delas, consecutivas – o Nacional e o Cólon venceram quatro delas. Por outro lado, o Peñarol está na cola com três títulos, nas últimas três edições.

A SELEÇÃO CELESTE

As Charruas têm pouca notoriedade no cenário mundial atual. Nunca participaram de uma Copa do Mundo e, nas competições sul-americanas, como a Copa América, ainda não venceram. A saber, a melhor colocação da Seleção Uruguaia nessa competição, foi o 3º lugar em 2006. Já a Seleção Sub-17, venceu o Brasil pela 1ª vez na história em 2018, pelo Sul-Americano da categoria.

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PROFISSIONALIZAÇÃO

Em fevereiro deste ano, a equipe do Nacional divulgou as três primeiras atletas do clube a ter um contrato profissional oficializado: Antonella Ferradans, Esperanza Pizarro e Josefina Villanueva. Portanto, essa apresentação marcou um novo rumo na história do futebol feminino, pelo menos no time Tricolor, mas servindo como exemplo para outros.

Divulgação/Nacional Uru   “Durante anos, todas as mulheres sonham em ter um contrato, em poder viver do futebol. Talvez hoje seja sobre coisas mínimas, mas é com isso que você começa. Agora esperamos crescer mais”, ressaltou Antonella Ferradans ao Ovación.

Foto destaque: Divulgação/ AUF

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