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·24 de abril de 2024

A Atalanta virou duelo com a Fiorentina e enfrentará a Juventus na final da Coppa Italia

Imagem do artigo:A Atalanta virou duelo com a Fiorentina e enfrentará a Juventus na final da Coppa Italia

Nos confrontos de volta das semifinais da Coppa Italia, tivemos vitórias das duas equipes que haviam sido derrotadas na ida. Porém, só uma delas reverteu a eliminatória e avançou à final: a Atalanta, que goleou a Fiorentina e enfrentará a Juventus, que passou pela Lazio mesmo com a derrota no Olímpico. A propósito, o estádio de Roma, capital italiana, será o palco da decisão, marcada para o dia 15 de maio de 2024.

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Como a Juventus havia construído uma vantagem de dois gols sobre a Lazio, era provável que a Velha Senhora confirmasse a sua vaga na decisão – afinal, perdeu apenas um jogo por mais de um tento de diferença em 2023-24. Os bianconeri, entretanto, passaram sufoco. Já a Atalanta tinha um missão mais factível, pois a Fiorentina havia vencido somente por 1 a 0. A goleada mostra o tamanho do domínio da Dea na partida de volta, mas ela só foi estabelecida nos derradeiros minutos do duelo, de forma análoga ao que ocorreu em Roma. No fim das contas, a final da Coppa Italia será uma reedição da que ocorreu na temporada 2020-21, com título da gigante de Turim.


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Devido à classificação à final da Coppa, Juventus e Atalanta também garantiram presença na Supercopa Italiana de 2025, que ainda contará com as presenças da Inter, campeã da Serie A – o quarto participante deve ser o Milan, atual vice-líder do campeonato. Para a Velha Senhora, representa um prêmio extemporâneo para uma 2023-24 de altos e baixos e pouco futebol. Para a Dea, confirmação de um ano intenso e que ainda pode ser fechado com chave de ouro nas três competições que disputa. Confira, abaixo, como foram as semifinais.

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No finalzinho, Milik castigou a Lazio e levou a Juventus à decisão (Getty)

Lazio 2-1 Juventus

Foi com emoção, mas a Juventus garantiu a classificação para a final da Coppa Italia. A Velha Senhora forneceu um susto desnecessário para a sua torcida e deixou a Lazio reagir no Olímpico, a ponto de conseguir igualar o placar agregado que havia sido definido na ida, em Turim, e transformar a eliminação em algo plausível. Entretanto, no finalzinho, um gol salvador de Milik tranquilizou os bianconeri e a derrota por 2 a 1 não impediu a festa visitante.

Na Lazio, o técnico Igor Tudor precisou lidar com a ausência do ala Lazzari, suspenso, e optou por armar a sua equipe com Castellanos – mais em forma – comandando o ataque no lugar de Immobile. Do outro lado, a Juventus de Massimiliano Allegri tinha Perin, goleiro utilizado na Coppa Italia, na vaga de Szczesny e Alex Sandro substituindo Gatti, que cumpria gancho por acúmulo de cartões amarelos. De resto, os dois treinadores optaram pelo que tinham de melhor à disposição.

O primeiro tempo foi relativamente equilibrado em termos de ocasiões perigosas. A Juventus ameaçou aos 8 minutos, com um arremate de Cambiaso, que passou à direita da baliza celeste, e aos 23, numa bela tabela entre Rabiot e Chiesa, que terminou com um chute mascado de Vlahovic e rebatida de Mandas. A Lazio foi mais eficiente. Na casa dos 12, Luis Alberto cobrou escanteio e Castellanos não tomou conhecimento de Alex Sandro: saltou sobre o brasileiro, que ficou inerte, e abriu o placar. O argentino ainda recebeu um grande passe do camisa 10 espanhol perto do intervalo, mas desperdiçou a chance cara a cara com Perin.

A Lazio não esmoreceu pelo fato de ter desperdiçado a oportunidade de ir para o intervalo com 2 a 0 no placar – o que significaria anular a derrota sofrida em Turim, pelo mesmo placar. Tanto é que, logo na volta do descanso, aos 49, fez o segundo. Felipe Anderson carregou e acionou Luis Alberto, que, de primeira, encontrou um passe entre Danilo e Bremer, deixando-os em maus lençóis. Castellanos ganhou dos brasileiros e, cara a cara com Perin, bateu no cantinho.

O jogo caminhava para a prorrogação e isso acordou a Juventus, que teve duas oportunidades em sequência, aos 55 e aos 57 minutos. Primeiro, McKennie fez boa jogada e colocou no meio, mas Marusic se antecipou a Vlahovic para cortar; depois, o próprio sérvio experimentou com a perna direita e errou o alvo. A Lazio respondeu de imediato, quando Felipe Anderson deixou Castellanos frente a frente com Perin outra vez. Porém, o argentino tentou a cavadinha e só recuou para o arqueiro – para aliviar sua barra, o lance seria anulado por impedimento.

O balde de água fria na Lazio e o grito de alegria da Juventus aconteceriam aos 83 minutos, devido a um erro de movimentação da defesa mandante e duas mudanças feitas por Allegri. Weah, que entrara no lugar de Cambiaso aos 70, apareceu bem aberto no flanco direito capitolino e acabou ficando com a sobra de um cruzamento de Kostic. Com espaço, o norte-americano bateu cruzado e Milik, que havia acabado de render Vlahovic, apareceu no meio da última linha biancoceleste e se antecipou a Romagnoli para escorar a bola para a rede em sua primeira participação no jogo. O suficiente para fechar a conta e levar a Velha Senhora à decisão da Coppa Italia.

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A Atalanta foi plenamente superior à Fiorentina, mas precisou do gás de Lookman para, no finalzinho, avançar à decisão (Getty)

Atalanta 4-1 Fiorentina

A Fiorentina foi a Bérgamo ciente de que seria difícil segurar a vantagem mínima que havia construído sobre a Atalanta em Florença e que poderia terminar a quarta lamentando os gols perdidos na ida. E foi o que ocorreu. A Dea entrou em campo obstinada a reverter a situação na eliminatória e dominou o jogo, apesar de ter conseguido o placar que lhe dava a vaga na decisão e, posteriormente, a goleada, apenas nos acréscimos.

Tanto a Atalanta quanto a Fiorentina foram escaladas com seus esquemas habituais – respectivamente, 3-4-1-2 e 4-2-3-1 – e com algumas variações no onze inicial, devido aos habituais rodízios promovidos pelos técnicos Gian Piero Gasperini e Vincenzo Italiano. De um lado, os nerazzurri contavam com Scamacca e De Ketelaere no ataque, com Lookman dando opção no banco de reservas; de outro, os violetas tinham Dodô e Ranieri na linha de retaguarda, nos lugares de Kayode e Martínez Quarta.

Desde o início, a Atalanta se mostrou dominante e mais preparada para avançar à final. Tanto é que, aos 8 minutos, Koopmeiners aproveitou o erro de Mandragora ao tentar interceptar o passe de Scamacca, avançou e bateu cruzado para abrir o placar. Na casa dos 13, o atacante italiano ainda balançaria as redes com um petardo no ângulo, mas o gol que viraria o confronto precocemente a favor dos mandantes foi anulado por falta em Beltrán, no início da jogada.

A Atalanta continuou melhor no jogo e foi empilhando chances entre o primeiro e o segundo tempo. Aos 24 minutos, De Ketelaere acionou Koopmeiners, que girou na área e finalizou centralmente, para a defesa de Terracciano. Aos 33, foi a vez de o belga puxar contra-ataque em velocidade e arrematar com perigo, à esquerda da baliza violeta. Já após o intervalo, Zappacosta recebeu de Éderson e cruzou na área, para a infiltração do ala oposto Ruggeri, que tirou tinta da trave com uma cabeçada.

Aos 53 minutos, para coroar a tétrica que atravessa, o zagueiro Milenkovic se posicionou mal e errou o tempo para tentar dar o bote em Scamacca, impedindo chance real de gol da Atalanta e sendo expulso pela falta na meia-lua. Italiano sacrificou Belotti e recompôs a zaga com Martínez Quarta. Curiosamente, a alteração teve resultado positivo para a Fiorentina, já que o argentino é um zagueiro artilheiro e, na casa dos 68, chegaria a seu sétimo gol na temporada, contrariando o andamento da partida. O camisa 28 surgiu na área numa cobrança de falta do capitão Biraghi e cabeceou para as redes de Carnesecchi.

A Fiorentina jogava mal e o seu tento fortuito não lhe salvaria da derrota. Na verdade, a felicidade violeta duraria pouco. Afinal, aos 75 minutos, numa bola lançada à área, De Ketelaere ajeitou de cabeça e Scamacca emendou um lindo voleio no canto, marcando o seu segundo golaço da noite – o primeiro que valia, porém – e permitindo que a Atalanta retomasse a vantagem na partida.

A equipe orobica criou e desperdiçou outras chances nos minutos seguintes, com De Ketelaere e Lookman, mas arrancaria, nos acréscimos, o resultado que precisava para resolver a eliminatória sem a necessidade de prorrogação. Aos 95, o nigeriano recebeu de Scamacca no limite da linha de impedimento e bateu no cantinho. Após um período de suspense, pois a infração foi assinalada pelo árbitro auxiliar, os nerazzurri comemoraram a revisão do lance pelo VAR e o terceiro gol. Na sequência, a Atalanta ainda ampliou num contragolpe armado por conta do avanço desvairado da Fiorentina ao ataque. Pasalic, de cavadinha, matou o duelo com requintes de crueldade.

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