A Atalanta venceu o Shakhtar Donetsk com folga e seguiu invicta na Liga dos Campeões | OneFootball

Pela segunda rodada da Liga dos Campeões, a Atalanta era vista como a favorita no confronto contra o Shakhtar Donetsk, mesmo jogando fora de seus domínios. Por questões técnicas, obviamente, mas também pelo fato de o time adversário, por questões de segurança, em virtude da guerra envolvendo Ucrânia e Rússia, não poder mandar suas partidas em casa – na competição, atua na Veltins Arena, do Schalke 04, sediada na cidade de Gelsenkirchen. Na Alemanha, então, a Dea passeou: aplicou um tranquilo 3 a 0 sobre o rival.

Ao longo do primeiro tempo, a Atalanta levou a partida de maneira muito tranquila. Embora o Shakhtar tenha dominado o jogo até os 10 minutos, com pressão na saída de bola e a importante ausência de Ruggeri tenha pesado, a Dea conseguiu solucionar seus problemas rapidamente. Aos 11, a primeira chegada de perigo dos nerazzurri foi com o atacante Lookman, que finalizou à esquerda do gol defendido por Riznyk. A equipe bergamasca conseguia explorar bem a transição ofensiva, mesmo sob pressão, contornando situações problemáticas na partida. Era efetiva no ataque.

Aos 12 minutos, a Atalanta explorou um contrgolpe interessante após um erro do Shakhtar Donetsk, com boa jogada de Lookman no campo de ataque. O nigeriano conseguia achar espaços pelos dois lados do campo, quebrando as linhas de marcação dos ucranianos e, numa dessas ocasiões, sofreu falta de Grham. Ele mesmo cruzou na área e encontrou o zagueiro Djimsiti, que, como um centroavante, tirou de Riznyk e fez o primeiro gol do jogo.

Após o gol sofrido, o time ucraniano, que já não vinha bem na partida, não finalizou e sequer atacou. Por outro lado, a Atalanta não estava satisfeita com o placar magro. Aos 23 minutos, em mais uma jogada de Lookman, o ponta Samardzic chutou para fora. O erro do Shakhtar era deixar o atacante nigeriano conduzir a bola e mudar de lado repetidamente, o que levava sua retaguarda a ficar em afã.

Em atuação dominante, a Atalanta construiu sua vitória sobre o Shakhtar ainda no primeiro tempo (Getty)

Samardzic, aliás, terminaria a partida com oito dribles concluídos e seis chances claras de gol criadas, o que não acontecia na Champions League desde Messi, num duelo entre Barcelona e Inter, em 2019. No lance seguinte, o próprio sérvio bateu com perigo e a bola foi para fora. Outro destaque na primeira etapa foi o ala Zappacosta, que forçava as jogadas pelo lado de Grham, buscando um segundo cartão amarelo do defensor do time ucraniano.

Completamente envolvido pelo ataque da Atalanta e com enormes dificuldades para ultrapassar o meio-campo devido a uma transição muito lenta, o Shakhtar Donetsk sofria. Aos 31 minutos, De Ketelaere arrematou de fora da área com perigo, após boa jogada de Lookman e Samardzic, que passou para o belga ajeitar para o lado esquerdo do corpo e chutar para fora. Logo aos 35, Lookman disparou um foguete no travessão, depois de um belo cruzamento vindo do lado direito.

O nigeriano já era o nome do jogo, por tudo o que vinha produzindo. Então, aos 44 minutos, seu gol finalmente saiu: após passe preciso de Zappacosta a partir da esquerda, Lookman só teve o trabalho de dar um tapa na bola e empurrar para a rede, fazendo o segundo da Atalanta.

Na segunda etapa, Bellanova marcou o seu primeiro gol pela Dea (AFP/Getty)

Com o início do segundo tempo, o técnico Marino Pusic resolveu dar uma nova cara ao time da Ucrânia: substituiu o amarelado Grham pelo lateral-direito Konoplya, que tinha mais velocidade para barrar os avanços de Lookman e estava livre de cartões. Gian Piero Gasperini também fez alterações no intervalo, optando pela saída do autor do primeiro gol, Djimsiti, e a entrada de Pasalic para reforçar o meio-campo e barrar possíveis investidas do Shakhtar. A substituição dos mineiros quase fez efeito imediato, já que, aos 47 minutos, Konoplya teve a chance de aproveitar uma boa jogada do atacante Eguinaldo, mas arrematou para fora.

O troco da Atalanta foi rápido – no lance seguinte. A equipe italiana chegou ao terceiro gol com o ala destro Bellanova, que, após cruzamento de Zappacosta, apareceu por trás da zaga do Shakhtar e cabeceou muito bem para o fundo das redes. Aos 51 minutos, o próprio Zappacosta chutou na trave e, aos 53, Lookman também tentou a finalização de fora da área, após bela jogada de De Ketelaere.

Aos 60 minutos, Samardzic bateu cruzado e quase fez um golaço. O meio-campista Zaniolo também finalizou com perigo pouco após. O jogo era da Atalanta e, quando o Shakhtar tentava adiantar um pouco mais seus jogadores para ser mais ofensivo, não obtinha êxito. Bastante superior e dominante durante a partida inteira, a Dea ainda ficou perto do quarto tento em seu último ataque, aos 92, quando Pasalic emendou uma canelada na pelota e a mandou pela linha de fundo.

No final das contas, 3 a 0 para o time italiano e três pontos importantes na bagagem. Foi uma ótima partida da Atalanta e, por que não dizer, uma bela Liga dos Campeões dos nerazzurri até aqui. A equipe bergamasca segurou o Arsenal na primeira rodada, goleou um adversário com experiência no torneio e não tem ficado abaixo de seus rivais a cada duelo. A única ressalva é a quantidade de gols perdidos pelos nerazzurri, que devem se atentar a isso nas próximas pelejas. O próximo compromisso dos orobici pela Liga dos Campeões será contra o Celtic em Bérgamo, em 23 de outubro; os ucranianos visitarão os Gunners, no Emirates Stadium, no dia anterior.