A 777 deve aumentar sua gama de clubes e se aproxima de acerto para comprar ações do Hertha Berlim | OneFootball

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·24 de novembro de 2022

A 777 deve aumentar sua gama de clubes e se aproxima de acerto para comprar ações do Hertha Berlim

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O Hertha Berlim passa por um processo delicado de transição. Acionista majoritário do clube, o empresário Lars Windhorst realizou um investimento alto que pouco deu resultado e se envolveu em diversas controvérsias. No entrave mais recente, o magnata contratou uma empresa de espionagem para organizar um complô e derrubar o antigo presidente do clube – que de fato caiu. Embora negue a arapuca, Windhorst admitiu sair de cena diante da pressão e colocou suas ações à venda. E quem deve chegar à capital alemã é a 777 Partners, acionista de Vasco, Sevilla, Genoa e outros clubes ao redor do planeta. A companhia americana tende a comprar os 64,7% de participação pertencentes a Windhorst.

Cabe dizer que a aquisição feita pela 777 se concentrará sobre a fatia econômica do Hertha Berlim, não sobre o poder de decisão. A regra do 50+1 continua vigorando na Alemanha e, mesmo com uma participação acima de 50%, Windhorst não preponderava na administração dos berlinenses. O controle do clube permanece com a massa societária de torcedores. Ainda que o acionista majoritário tenha uma posição importante, não é dele a palavra final. Diante disso, a 777 sabe que terá uma realidade particular na Bundesliga – embora compartilhe o poder em alguns projetos.


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Existia inclusive o temor de que Windhorst não conseguisse vender suas ações, depois de investir €374 milhões no clube. O magnata não escondeu o alívio: “A venda para a 777 Partners é uma excelente solução. É um investidor renomado internacionalmente, com uma longa experiência dentro do futebol”. Não está claro quanto os novos acionistas pagarão. O portfólio da 777 inclui Vasco, Genoa, Standard de Liège, Red Star Paris e Melbourne Victory, bem como uma participação minoritária no Sevilla.

De início, Windhorst prometia levar o Hertha Berlim à Champions League e realizar um projeto de longo prazo. Pelo dinheiro investido, dava para imaginar esse salto. Porém, a relação com o magnata resultou na mais completa bagunça dos berlinenses e na revolta da torcida com as atitudes de Windhorst. Posteriormente, o empresário admitiu a aquisição como “um erro”, embora não sinalizasse sua saída imediata. Todavia, o escândalo recente acelerou sua saída, com o diálogo rompido também com a atual presidência dos berlinenses.

A chegada da 777 Partners ainda depende da aprovação do conselho diretivo do Hertha Berlim, bem como da DFL, a entidade que organiza a Bundesliga. Não parece um problema. Que a 777 possua seus questionamentos, sobretudo no Sevilla, se sugere uma parceira mais confiável que Windhorst. Fundador da companhia americana, Josh Wander afirmou que “é uma honra poder moldar o futuro de um clube tão importante na Alemanha como o Hertha”. Também apontou que a ideia não é apenas “levar força econômica, mas também experiência profissional e uma rede de relações com clubes ao redor do mundo”. É uma diferença óbvia em relação a Windhorst.

Não será a primeira vez que o Hertha Berlim terá investidores americanos. Entre 2014 e 2018, o clube teve parte de suas ações adquiridas pela KKR, uma companhia sediada em Nova York. O nível de injeção de dinheiro não foi tão alto, mas a relação se concentrou mais nos bastidores e não ofereceu a badalação midiática vista com Windhorst. Segundo a revista Kicker, é o que os berlinenses veem como o caminho ideal neste momento. O clube tem poder de veto caso não aprove os novos investidores por questões éticas. Mas, diante da saída de Windhorst, a chegada da 777 parece bem-vinda.

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