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Calciopédia

·07 de outubro de 2024

7ª rodada: o fim de semana teve show dos artilheiros e sequência do Napoli no topo da Serie A

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O final de semana foi dos artilheiros… e de um goleiro, que roubou a cena na Itália. De Gea pode até ter ficado mais de um ano parado. Nada disso parece ter afetado seu talento, que vem aflorando nos grandes confrontos da Fiorentina, em 2024. Depois de ser decisivo em nível continental, o espanhol pegou dois pênaltis no mesmo jogo contra o Milan e ajudou a garantir a importante vitória da Viola.

Quem não falhou na marca da cal foi Retegui. O ítalo-argentino, que foi contratado para substituir Scamacca, está disposto a ser muito mais que um tapa buraco. No amasso da Atalanta para cima do Genoa, o camisa 32 marcou três vezes e garantiu sua primeira tripletta em solo italiano. Thuram não quis deixar o adversário pela artilharia desgarrar e também anotou seu primeiro hat-trick vestindo nerazzurro, no triunfo da Inter sobre o Torino.


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Outro que briga pelo posto de máximo goleador do campeonato é Vlahovic – mas, dessa vez, o sérvio decepcionou. Apesar de ter marcado contra o Cagliari, o camisa 9 da Juventus perdeu uma chance claríssima e viu os bianconeri sofrerem o empate a poucos minutos do fim do confronto. Quem sorri são os adversários diretos, como o Napoli. Contando com uma grande atuação de Lukaku, outro cotado à artilharia, terminou mais uma rodada na liderança e vai passar um bom tempo na posição, já que teremos data Fifa e uma pausa para os jogos das seleções nacionais.

Confira essas histórias e muito mais no resumo da jornada!

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Napoli 3-1 Como

Gols e assistências: McTominay (Lukaku), Lukaku (pênalti) e David Neres (Lukaku); Gabriel Strefezza (Perrone) Tops: Lukaku e McTominay (Napoli) Flops: Dossena e Kempf (Como)

Um começo arrasador. A maior parte dos trabalhos de Antonio Conte tem se traduzido em inícios muito positivos: foi assim na Juventus, no Tottenham, no Chelsea e, agora, no Napoli. Finalizado o primeiro jogo da rodada, já sabíamos que os azzurri iriam passar as semanas de data Fifa na liderança da Serie A. E isso se definiu com uma vitória categórica em cima de um bom Como, que não facilitou a vida dos partenopei.

E o começo arrasador também se traduziu nos primeiros segundos do confronto. Em menos de meio minuto, McTominay abriu o placar, demonstrando seu faro goleador que faz tanto sucesso na seleção escocesa. Porém, a produção ofensiva dos donos da casa caiu drasticamente, enquanto os homens de Cesc Fàbregas passaram a jogar com descontração e alto risco.

A ousadia foi recompensada. Depois de algumas tentativas, especialmente de Paz e Gabriel Strefezza, o gol saiu em uma boa finalização de longa distância do brasileiro. Após o intervalo, os napolitanos voltaram muito mais ligados e uma exibição primorosa de Lukaku, que já tinha fornecido uma assistência, garantiu mais dois gols. Primeiro, marcou de pênalti, e, em seguida, deu um belíssimo passe para David Neres fechar o placar.

Inter 3-2 Torino

Gols e assistências: Thuram (Bastoni), Thuram (Acerbi) e Thuram; Zapata (Gineitis) e Vlasic (pênalti) Tops: Thuram e Bastoni (Inter) Flops: Maripán e Coco (Torino)

Apesar da enorme discrepância de exibição, o resultado entre Inter e Torino ficou apertado. Com 20 minutos, Thuram, o grande nome do jogo, levou uma entrada feia de Maripán, que terminou expulso após revisão do VAR. Com um a menos, ficou difícil para os visitantes competirem contra a equipe majoritariamente titular de Simone Inzaghi. Assim, a Beneamata é a nova vice-líder da Serie A.

Ameaça constante à área grená, Thuram aproveitou da qualidade do pé esquerdo dos zagueiros nerazzurri fazer duas vezes de cabeça. Primeiro recebeu de Bastoni; depois, de Acerbi. Zapata diminuiu logo na sequência do segundo gol, num erro de Bisseck. No entanto, o colombiano acabou por sair no fim do jogo, por uma lesão no ligamento cruzado do joelho e no menisco: fim de temporada para Duván e melancolia no Toro, que tem sido acompanhado pelo azar há algumas décadas e terá dificuldades de seguir com sua boa campanha.

No começo da segunda etapa, Thuram chegou a sua tripletta após outro ótimo cruzamento de Bastoni e cabeçada de Lautaro. O rebote de Milinkovic-Savic, impreciso neste sábado, assim como o sólido zagueiro Coco, ficou com o francês, que marcou e seguiu na artilharia da Serie A, empatado com Retegui, ambos com sete gols. Os granata ainda diminuíram em uma bobagem de Çalhanoglu, que cometeu pênalti sobre Masina e permitiu a conversão de Vlasic. Antes uma máquina defensiva, a equipe de Inzaghi tem cometido muitos erros bobos e entregado tentos aos adversários.

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Contra o Torino, Thuram anotou sua primeira tripletta pela Inter e levou os nerazzurri à vice-liderança da Serie A (Getty)

Juventus 1-1 Cagliari

Gols: Vlahovic (pênalti); Marin (pênalti) Tops: Marin e Obert (Cagliari) Flops: Douglas Luiz e Francisco Conceição (Juventus)

A defesa inviolável da Juventus finalmente foi vazada e logo na sua primeira partida sem Bremer, de molho após uma séria lesão no joelho que deve afastá-lo de todo o resto da temporada. Não é só uma coincidência, visto que o brasileiro era um dos melhores defensores em atividade no futebol mundial. O que o torcedor bianconero não pode reclamar é da falta de oportunidades. Controle total, mas péssima eficiência.

Di Gregorio praticamente não foi exigido enquanto, do outro lado, Scuffet foi uma muralha para o Cagliari e fez defesas de alto nível de dificuldade. Porém, a principal chance desperdiçada foi uma finalização para fora de Vlahovic com o gol aberto, o que voltou a colocar uma pulga atrás da orelha em relação ao sérvio. Até quando ele vai marcar diversos gols e, junto a isso, colecionar chances desperdiçadas de forma bisonha?

Mais de 700 passes trocados, mais de dois gols esperados, segundo as estatísticas, e apenas uma bola na rede. Era tudo o que os visitantes queriam. Nos minutos finais, Douglas Luiz cometeu um pênalti ao trombar com Piccoli dentro da área – foi o segundo em dois jogos para o brasileiro, em ambas as ocasiões saindo do banco. Marin, assim como Vlahovic, bateu com excelência e deixou tudo igual. Ainda houve tempo para Francisco Conceição ser expulso por simulação.

Fiorentina 2-1 Milan

Gols e assistências: Adli (Gosens) e Gudmundsson (Kean); Pulisic (Hernandez) Tops: De Gea e Gudmundsson (Fiorentina) Flops: Hernandez e Abraham (Milan)

Se algum torcedor gigliato ainda tinha desconfiança em relação a De Gea, a sensação deve ter ido embora depois de uma das exibições mais impactantes de um goleiro na Serie A nos últimos tempos. Desde que chegou, o espanhol tem sido crucial para a Fiorentina: decisivo na Conference League, voltou a ser protagonista em uma partida caótica contra o Milan. Tivemos três penalidades, todas desperdiçadas, e o hispânicos pegou duas delas – desde 2016, quando Marchetti, da Lazio, defendeu dois pênaltis contra o Carpi, isso não ocorria no campeonato.

Os visitantes começaram melhor, porém, um pênalti do relapso Hernandez em Dodô virou a maré e o momento passou a ser da Viola. Apesar de Gudmundsson ter marcado duas vezes da marca da cal contra a Lazio, quem pegou a bola foi Kean, e o atacante da Nazionale parou em ótima defesa de Maignan. Sem problemas, porque minutos depois, Adli, emprestado pelos rossoneri, acertou um balaço no cantinho, sem chances para o seu compatriota.

Ainda antes do intervalo, mais uma penalidade máxima. Na cobrança, o aniversariante Hernandez parou em De Gea. E não foi o único. Com 10 minutos de bola rolando na segunda etapa, outro pênalti meio sem querer, cometido por Kean, e Abraham também parou na muralha espanhola, que já colecionava boas intervenções. Na entrevista pós-jogo, Paulo Fonseca disse que quem deveria ter batido era Pulisic, autor do único gol rossonero da partida. O técnico complementou, afirmando que não entendeu a atitude dos jogadores.

Mesmo em cima, aproveitando as fragilidades da defesa da Fiorentina, os visitantes não conseguiam vencer o goleiro adversário. E, em uma esticada justamente de De Gea, Tomori errou o tempo de bola e Kean ajeitou para Gudmundsson encher o pé, colocando os gigliati em vantagem de novo – o que durou, sofridamente, até o apito final. Com o placar, a Viola chegou ao pelotão dos oitavos colocados (são quatro times ali), um pontinho atrás do Milan, sexto.

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Um tropeço contra o Cagliari, antigo lanterna da Serie A, não estava nos planos da Juventus (Getty)

Atalanta 5-1 Genoa

Gols e assistências: Retegui (Lookman), Retegui, Éderson (Retegui), Retegui (pênalti) e De Roon; Ekhator (Melegoni) Tops: Retegui e Éderson (Atalanta) Flops: Vogliacco e Vásquez (Genoa)

Enfrentar uma Atalanta titular e encaixada é uma missão complicadíssima para qualquer equipe do mundo. Se um Arsenal, que briga pelo título da Premier League, sofreu nas mãos da Dea, um Genoa que ainda tenta reencontrar seu rumo foi completamente destroçado. Cinco gols ainda ficaram baratos diante do mar de chances criadas pelos nerazzurri.

Foram muitas as exibições fora de série. A começar pelo dono da bola, Retegui, que anotou sua primeira tripletta na Itália e ainda serviu uma assistência para Éderson. O brasileiro, autor de um golaço, mais uma vez foi dominante no meio-campo e vai pedindo passagem na seleção brasileira. Se depender de desempenho, sua chance virá logo.

Lookman, apesar de não ter marcado, foi uma ameaça constante para a defesa do Genoa, e, por fim, o capitão De Roon jogou como zagueiro, mas passou a maior parte do tempo no campo de ataque da Atalanta. Uma mostra da contribuição coletiva que todos da equipe de Gian Piero Gasperini, ídolo também do time rival, costumam fazer durante os 90 minutos.

O problema dos nerazzurri, entretanto, consiste em não saberem o que é terminar uma partida sem sofrerem gols desde a primeira rodada. O jovem Ekhator não tinha nada a ver com isso. Entrou para jogar os minutos finais e, com apenas 18 anos, marcou seu primeiro na Serie A italiana. Um dos poucos bons sinais no Genoa de Gilardino, que agora tem a pior defesa do campeonato.

Lazio 2-1 Empoli

Gols e assistências: Zaccagni (Nuno Tavares) e Pedro (Castellanos); Esposito (Pezzella) Tops: Nuno Tavares e Pedro (Lazio) Flops: Pezzella e Grassi (Empoli)

Caiu mais um invicto da Serie A. O Empoli de Roberto D’Aversa até saiu na frente cedo, com o bom Esposito, que aproveitou um escorregão do arqueiro Provedel e a desatenção da defesa da casa para marcar pela terceira vez na temporada. Porém, nem mesmo o dia ruim de Castellanos impediu a virada da Lazio que, pela segunda partida consecutiva, contou com um veterano para garantir a vitória.

Depois de marcar duas vezes contra o Nice, pela Liga Europa, Taty desperdiçou o pênalti que poderia dar a vantagem no placar para os laziali. Antes, Zaccagni tinha aproveitado a quinta assistência do produtivo Nuno Tavares para empatar a peleja.

Quem teve bom desempenho no torneio continental e repetiu a dose foi Pedro: os 37 anos nas costas não foram um impeditivo para que o espanhol jogasse duas vezes na mesma semana. Ou melhor, anotasse mais uma vez, guardando outro belíssimo gol. Os comandados de Marco Baroni chegaram a quatro vitórias consecutivas e, dividindo a terceira posição com a Juventus, são uma das boas surpresas do certame.

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Com atuação colossal, De Gea pegou dois pênaltis e garantiu a vitória da Fiorentina sobre o Milan (Reuters)

Monza 1-1 Roma

Gols e assistências: Mota (Carboni); Dovbyk Tops: Mota (Monza) e Koné (Roma) Flops: Izzo (Monza) e Svilar (Roma)

Sob rumores de uma possível incerteza em relação à continuidade do recém-chegado Ivan Juric no cargo de técnico da Roma, em caso de um resultado ruim contra o Monza, a Loba voltou a tropeçar e a não dar sinais de que pode uma possível sequência positiva. Dessa vez, os percalços foram registrados contra o então lanterna, o que pressiona o croata num momento de confusão da diretoria.

Um primeiro tempo superior dos capitolinos não resultou em sua vantagem. Porém, na segunda etapa, Dovbyk marcou mais um gol com a camisa giallorossa – o quarto em nono jogos. O artilheiro ucraniano chegara a balançar as redes antes, mas em posição de impedimento, demonstrando a superioridade dos visitantes.

Havia muito mais posse dos visitantes, mas faltou controle. E, aí, o Monza aproveitou para empatar pouco depois de ter sido vazado. Uma investida de Maldini, convocado para a seleção italiana, passou pelos pés de Carboni pelo flanco esquerdo e resultou em gol de Mota, que estava no lado oposto. Considerando o contexto, o empate satisfez o time do ídolo laziale Alessandro Nesta.

Udinese 1-0 Lecce

Gol: Zemura Tops: Zemura e Touré (Udinese) Flops: Ramadani e Pierotti (Lecce)

Depois de uma série de jogos mais quentes, a torcida da Udinese viu os bianconeri fazerem uma partida com menos lá e cá e mais controle: foram duas bolas na trave, posse e pressão ofensiva, porém, com uma falta de volume de chances criadas. O gol saiu tarde, e em uma pintura: Zemura cobrou falta com perfeição para vencer Falcone a poucos minutos do fim. Uma bela forma de voltar às redes, depois de oito meses sem marcar.

Sem Thauvin, o ataque da equipe de Údine ficou menos criativo. Em certo momento, a aposta foi focar no jogo aéreo com Lucca, juntamente à entrada do “armário” Davis. E o próprio Zemura precisava tomar cuidado com seus apoios, visto que a ala que protegida era a mesma do talentoso Dorgu. Sem Banda, o Lecce perdeu em força ofensiva e pouco fez para ameaçar Okoye. No reencontro do técnico Luca Gotti com a Udinese, os friulanos, hoje comandados por Kosta Runjaic, se deram melhor do que seu ex-treinador.

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Implacável contra o Genoa, seu antigo time, Retegui marcou três gols e forneceu uma assistência na goleada da Atalanta (Ansa)

Bologna 0-0 Parma

Tops: Freuler (Bologna) e Suzuki (Parma) Flops: Iling-Junior (Bologna) e Coulibaly (Parma)

Enquanto tinha 11 contra 11, o clássico da Emília-Romanha não proporcionou muitas emoções. A partida ficou travada e as melhores chances saíram de bolas alçadas à área ou tentativas de longa distância. A construção de jogadas dos dois times falharam e nem mesmo a velocidade do ataque do Parma conseguiu provocar tantos danos à inconsistente defesa do Bologna de Vincenzo Italiano.

No início do segundo tempo, Coulibaly terminou expulso por um vacilo. Um pisão um pouco mais alto do que o aceitável culminou em um cartão vermelho para o francês, após revisão do VAR. Com um a mais, os rossoblù foram para cima dos rivais, porém, sem muita organização. Nem mesmo as entradas de Karlsson, Miranda e Iling-Junior deram ímpeto suficiente para tirar o zero do resultado final. Bem fechados e contando com uma sólida exibição do arqueiro Suzuki, os comandados de Fabio Pecchia levaram um pontinho para casa.

Verona 2-1 Venezia

Gols e assistências: Tengstedt (Mosquera) e Joronen (contra); Oristanio (Nicolussi Caviglia) Tops: Duda e Tengstedt (Verona) Flops: Joronen e Sverko (Venezia)

Um início frenético marcou o clássico vêneto, que também é um confronto direto na luta contra o rebaixamento. Não deu nem tempo de avaliar quem estava melhor quando Oristanio abriu o placar para os visitantes, com apenas dois minutos de bola rolando. Mas o domínio foi do Verona mesmo, que não demorou para chegar na igualdade aos 9, com Tengstedt.

O segundo tempo foi mais calmo, ainda com o jogo sendo ditado pelos donos da casa. Na reta final, a entrada de Kastanos desequilibrou. O cipriota, inclusive, foi quem cabeceou a bola que Joronen tentou defender e acabou marcando contra, sacramentando o seu péssimo início de temporada – vale destacar que o goleiro protagonizou várias lambanças contra o Milan, há algumas rodadas. Além da derrota no dérbi, o Venezia amargou sua terceira virada sofrida no campeonato.

Seleção da rodada

De Gea (Fiorentina); Obert (Cagliari), Bastoni (Inter), Olivera (Napoli); Politano (Napoli), McTominay (Napoli), Éderson (Atalanta), Nuno Tavares (Lazio); Thuram (Inter), Lukaku (Napoli), Retegui (Atalanta). Técnico: Gian Piero Gasperini (Atalanta).

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