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·31 de maio de 2023

50 dias para Copa: Como a Seleção Brasileira feminina chega para o Mundial

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O Brasil se prepara para a nona edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino. O mais próximo ao título que a seleção chegou foi em 2007, quando eliminou os Estados Unidos nas semifinais, foi vice-Campeã, perdendo a final para a Alemanha. O terceiro lugar, em 1999, também marcou uma boa fase da seleção.

Nesta edição, o Brasil vai à Austrália e Nova Zelândia tentar chegar entre as melhores seleções do mundo. A Seleção está no grupo F e vai enfrentar França, Jamaica e Panamá na primeira fase. Os jogos começam dia 20 de julho e vão até 20 de agosto.


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Números pré-copa (2019 x 2023)

São muitas as diferenças da Seleção Brasileira que chegou para a Copa do Mundo de 2019 e a deste ano. Os números do ciclo atual dão a esperança de que a caminhada será melhor. No mundial de 2019, a Seleção Feminina perdeu para a França, por 2 a 1, nos minutos finais da prorrogação.

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Brasil x França – Assessoria / CBF

Uma seleção que jogou nitidamente na raça e não chegou, nem de longe, como favorita na competição. O ciclo pré-copa foi muito negativo, com nove derrotas consecutivas, a seleção sofreu 18 gols e marcou apenas cinco.

Um time desorganizado taticamente, que tinha como base o talento de suas maiores jogadoras, como Marta, Formiga e Cristiane. Contudo, os resultados ruins não foram o suficiente para a troca de Vadão do comando técnico da Seleção.

Mudança de comando

O Brasil se despediu da Copa em 23 de junho de 2019. No dia 31de julho, Pia Sundhage foi apresentada oficialmente na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), como treinadora. Ela foi contratada inicialmente para ficar até julho de 2021, porém o contrato foi renovado até 2024, fechando mais um ciclo olímpico em Paris.

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Pia Sundhage assina contrato com a Confederação Brasileira de Futebol – Thais Magalhães/CBF

Nas Olimpíadas de Tóquio, o Brasil, já sob o comando da técnica Sueca, chegou nas quartas de final, mas perdeu para o Canadá, nos pênaltis.

Desde o fim dos jogos Olímpicos, a Seleção fez 32 jogos, com 20 vitórias, cinco empates e sete derrotas. Sendo nos últimos 9 jogos, 5 vitórias, 3 derrotas e um empate, marcando 13 gols e sofrendo 10.

O Brasil buscou, nesse tempo, enfrentar grandes seleções. Empatou com a Inglaterra, quarta melhor seleção do mundo, e ganhou da Alemanha, por 2 a 1, depois de mais de 15 anos desde a última vitória do Brasil sobre as Alemãs.

Números: Retrospecto Pré-Copa 2019

Brasil 1×4 Estados Unidos – 02/08/18

Brasil 0x1 Canadá – 02/09/18

Brasil 0x1 Inglaterra – 06/10/18

Brasil 1×3 França – 10/11/18

Brasil 1×2 Inglaterra – 27/02/19

Brasil 1×3 Japão – 02/03/19

Brasil 0x1 Estados Unidos – 05/03/19

Brasil 1×2 Espanha – 05/04/19

Brasil 0x1 Escócia – 08/04/19

Números: Retrospecto pré-Copa 2023

Brasil 4×1 Noruega – 07/10/22

Brasil 1×0 Itália – 10/10/22

Brasil 1×2 Canadá – 11/11/22

Brasil 2×1 Canadá – 15/11/22

Brasil 1×0 Japão – 16/02/23

Brasil 0x2 Canadá – 19/02/23

Brasil 1×2 Estados Unidos – 22/02/23

Brasil 1×1 Inglaterra – 06/04/23

Brasil 2×1 Alemanha – 11/04/23

Base do futebol feminino

As seleções de base são o futuro de um país. Ter jogadoras formadas ainda na juventude e com tempo para amadurecer é o ideal para um futuro promissor. Ainda em 2019, a Confederação passou a obrigar os times de série A do Campeonato Brasileiro Masculino a terem equipes femininas. Para ajudar no crescimento da modalidade, a obrigatoriedade era uma necessidade no país.

Após a Copa, a CBF passou a organizar, pela primeira vez, competições femininas de base. Em 2019, a Confederação promoveu os torneios do Sub-18 e Sub-16 (Internacional e São Paulo foram campeões respectivamente). Já em 2022, a CBF padronizou os torneios como Sub-20 e Sub-17.

Em 2022, a Seleção Sub-20 conseguiu alcançar o pódio. Conquistou o terceiro lugar, goleando a Holanda por 4 a 1. Resultado como esse aconteceu, pela última vez, em 2006.

Gestão na CBF

A base de uma boa seleção deve começar em quem comanda. Os últimos anos foram de mudanças intensas na estrutura da CBF. Em 2020, Aline Pellegrino foi a primeira novidade. A ex-jogadora foi anunciada como Coordenadora de Futebol Feminino, um cargo criado com a chegada dela à entidade.

Duda Luizelli surgiu como outra novidade e entrou para ocupar o cargo de coordenação de seleções femininas. Ela substituiu Marco Aurélio Cunha. No mesmo ano, a CBF mudou os valores de pagamento de diárias e igualou os valores das seleções feminina e masculina.

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Aline Pellegrino, Pia Sundhage e Duda Luizelli na Granja Comary. Thais Magalhães/CBF

No início de 2022, uma nova mudança ocorreu no comando do Departamento de futebol feminino. Em janeiro, Duda Luizelli foi dispensada pela CBF e, um mês depois, Ana Lorena Marche foi anunciada como nova Coordenadora de Seleções Femininas e Amauri Nascimento assumiu a função de Supervisor de competições. Já Aline Pellegrino assumiu o cargo de Gerente de competições da CBF, ampliando seu espaço na entidade.

Com as mudanças, a seleção teve compromisso em todas as datas FIFA. Participou de torneios internacionais, como a She Believes Cup e enfrentou as melhores do mundo.

Neste ano, a primeira Finalíssima foi disputada. O torneio aconteceu na Inglaterra ente as donas da casa, campeãs da Euro, e Brasil, campeã da Copa América. Em um estádio lotado, o Brasil conseguiu mostrar confiança e levou a decisão para os pênaltis, contudo a seleção foi superada, perdendo a disputa por 4 a 2.

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