Calciopédia
·27 de maio de 2024
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·27 de maio de 2024
Eis que a Serie A 2023-24 está encerrada… ou quase, já que, no próximo fim de semana, Atalanta e Fiorentina irão recuperar o jogo atrasado devido à morte do diretor violeta Joe Barone. Falaremos mais sobre essa partida abaixo, já que a adrenalina pelo que ocorreu neste fim de semana segue alta, e ficou restrita aos duelos entre Empoli e Roma e Frosinone e Udinese, que definiram o último rebaixado à segunda divisão. E não faltaram emoções.
O Empoli começou a rodada na zona de rebaixamento e passou cerca de uma hora inteira de seu jogo caindo à Serie B. Em cerca de 30 minutos, quando vencia no primeiro tempo, estava condenando a Udinese. Mas, no fim das contas, os friulanos ganharam do Frosinone no estádio Benito Stirpe e os azzurri contaram com Niang para superarem a Roma nos acréscimos, garantindo a salvação – e mais um milagre para o currículo do técnico Davide Nicola. Para os canários, 150 segundos no Z3 foram suficientes para selarem um dos mais cruéis roteiros de descenso já escritos na história do campeonato.
O fim de semana também foi de despedidas: Claudio Ranieri do Cagliari e do futebol (ao menos o de clubes), Thiago Motta do Bologna, Alex Sandro da Juventus, Felipe Anderson da Lazio e Stefano Pioli, Giroud, Kjaer e Mirante do Milan foram algumas delas. E também tivemos estraga-prazeres. Justamente Atalanta e Fiorentina, que ainda jogarão no fim de semana que vem.
Com a derrota do Bologna para o Genoa e a vitória da Atalanta sobre o Torino, ficou definido que a Itália não terá seis, mas “apenas” cinco representantes na próxima Champions League – é que a equipe nerazzurra, campeã da Liga Europa, não precisará se valer da vaga ganha pelo título. Assim, o jogo com a Fiorentina pode valer pouca coisa em termos de tabela. Claro, a Dea pode terminar o ano na terceira posição, repetindo as melhores campanhas que fez no campeonato e encerrar em alta a mais gloriosa temporada de sua história. Já a Viola bateu o Cagliari e garantiu seu lugar ao menos na Conference League, podendo se concentrar inteiramente na final desta mesma competição, contra o Olympiacos. Se vencer, ascende à Liga Europa e dá sua vaga no terceiro principal torneio do continente ao Toro, que ficou em nono. Confira, a seguir, a análise da rodada.
Gols e assistências: Cancellieri (Gyasi) e Niang (Cancellieri); Aouar (Angeliño) Tops: Cancellieri e Niang (Empoli) Flops: Svilar e Abraham (Roma)
No estádio Carlo Castellani, tivemos drama em doses cavalares. O Empoli tinha que vencer a qualquer custo para se salvar do rebaixamento neste domingo. Um empate contra a desinteressada Roma, já garantida na sexta posição e na Liga Europa, até poderia servir para dar mais uma chance aos azzurri, mas esse resultado só serviria se o Frosinone ganhasse da Udinese. No fim das contas, a salvação que ratificou a fama de milagreiro do técnico Nicola foi garantida somente no apagar das luzes, e saiu dos pés de Niang, ex-Milan.
A noite até começou bem para o Empoli, já que Angeliño cometeu uma falha aos 13 minutos e Gyasi só teve o trabalho de servir Cancellieri, que abriu o placar – justamente um jogador formado na base da Roma, mas emprestado aos toscanos pela Lazio. A equipe visitante chegou a balançar as redes aos 19, em falha do goleiro Caprile, mas Cristante estava impedido. A igualdade fatalmente se daria nos acréscimos da etapa inicial, quando o lateral espanhol se redimiu com uma assistência para Aouar, sozinho, se aproveitar ainda do mau posicionamento do arqueiro adversário e testar para as redes.
No segundo tempo, o Empoli ratificou por que teve o pior ataque da Serie A, com apenas 29 gols marcados, e perdeu várias chances: Marin carimbou o travessão, enquanto Cacace e Niang, duas vezes, falharam de frente para o crime. Do outro lado, a Roma acertou o poste com Zalewski e teve tento de El Shaarawy anulado.
Até que, aos 93 minutos, Niang colocou de fato o seu nome na história do Empoli. Contratado em janeiro, o senegalês deu novo gás para o time e, ao receber de Cancellieri e contar com o erro de Svilar na finalização, terminou a Serie A como artilheiro azzurro, com seis gols. Um dos nomes da permanência, claro, mas não tanto quanto Nicola. O técnico assumiu o cargo quando a equipe estava na penúltima posição, com míseros 13 pontos, e somou 23 com o pior ataque do certame. A propósito, o treinador sacramentou sua redenção pessoal com a torcida. Afinal, quando salvou o Crotone do rebaixamento e protagonizou o primeiro de seus milagres, em 2017, o piemontês acabou mandando o Empoli para a segundona no processo. Sete anos depois, arrumou um belo jeito de ser perdoado.
Gol e assistência: Davis (Lucca) Tops: Okoye e Davis (Udinese) Flops: Romagnoli e Lirola (Frosinone)
Quem escreveu o roteiro do rebaixamento do Frosinone é um sádico. Considerando o bom futebol que mostrou ao longo de 2023-24, o time treinado por Eusebio Di Francesco não merecia cair – embora, claro, isso seja um fator irrelevante no esporte. Além disso, jogou melhor do que a Udinese em grande parte do confronto direto contra o descenso e, por conta disso, passou o domingo quase todo fora da zona de descenso. Menos os 150 segundos finais. O bastante para que os giallazzurri não conseguissem, pela terceira vez em três participações na Serie A, a permanência na categoria. Já os friulanos puderam sorrir e, por um fio, chegarão a 30 anos consecutivos na elite.
A Udinese até começou melhor no Benito Stirpe, com Brenner obrigando Cerofolini a efetuar duas importantes defesas. Mas logo o Frosinone tomou as rédeas do confronto e passou a levar perigo constante. Entre as oportunidades criadas, Soulé e Brescianini carimbaram as traves dos bianconeri, respectivamente no fim do primeiro tempo e no início da etapa complementar, enquanto Harroui tirou tinta do poste e Okoye fez duas ótimas defesas – uma sensacional, em cabeçada de Okoli, e uma ponte em arremate de Zortea.
Na casa dos 76 minutos, então, indo de encontro à pressão que o Frosinone exercia, a Udinese abriu o placar. Kamara levantou na área e Lucca achou um espacinho para ajeitar, de peito, para Davis marcar o seu primeiro gol pela equipe italiana – o inglês não era considerado pelos treinadores anteriores e ganhou oportunidades somente após a chegada de Fabio Cannavaro. A derrota não influía no futuro dos mandantes. Até que, aos 93, o Empoli marcou contra a Roma e mandou os ciociari de volta para a Serie B. Ao apito final, um desesperado Di Francesco foi consolado pelo técnico adversário e por seu irmão Paolo Cannavaro, auxiliar bianconero, que foi comandado pelo ex-romanista nos tempos de Sassuolo.
A Udinese resistiu, marcou gol no fim e garantiu 30 anos seguidos na Serie A; já o Frosinone ficou somente 2 minutos na zona de descenso e caiu (Getty)
Gols e assistências: Scamacca (De Ketelaere), Lookman e Pasalic (pênalti) Tops: Lookman e Scamacca (Atalanta) Flops: Gemello e Tameze (Torino)
Após a derrota para a Atalanta, na 36ª rodada, a Roma perdeu o controle do seu destino no que dizia respeito a se classificar para a Champions League. Dependia que sua algoz naquele fim de semana ganhasse a Liga Europa e continuasse indo bem na Serie A, mas nem tanto – tinha de ficar exatamente na quinta posição. Bem, essa segunda parte ficou apenas em sonho. A Dea ganhou seus dois jogos desde então e, depois de aniquilar os desejos da Loba, pode terminar o campeonato em terceiro, caso bata a Fiorentina na partida atrasada da 27ª jornada. Assim, repetiria as suas três melhores campanhas no certame.
No domingo, a Atalanta não deu a menor chance ao Torino, que precisava vencer para não depender do resultado do jogo do Napoli e garantir a nona posição – o que ocorreu devido ao tropeço azzurro. Pensando apenas em si e em não decepcionar os torcedores que haviam celebrado a inédita conquista europeia na quarta, a Dea resolveu a partida no primeiro tempo.
Aos 26 minutos, Scamacca, torcedor da Roma, recebeu na meia-lua e girou bonito para abrir o placar. Já aos 43, De Ketelaere acionou Pasalic na área e o goleiro Gemello soltou o chute do croata nos pés de Lookman, que aproveitou. Na segunda etapa, foi a vez de Tameze cometer erro bobo e derrubar o nigeriano na área, permitindo que Pasalic anotasse o seu. Já no finalzinho, em rara chance do Torino, o terceiro arqueiro Rossi, que recebeu chance de Gian Piero Gasperini, mostrou serviço em conclusão de Ilic.
Tops: Ngonge (Napoli) e Baschirotto (Lecce) Flops: Di Lorenzo (Napoli) e Krstovic (Lecce)
A vergonhosa temporada do Napoli terminou, para alívio da torcida. O time azzurro foi o pior campeão italiano a defender o seu título desde o Milan de 1996-97, 11º colocado, e quase repetiu a história: ficou em décimo, sem competições europeias, o que não ocorria havia 14 anos. Dizem as más línguas que o empate sem gols contra o Lecce teria sido ordem vinda de cima, para que os partenopei não terminassem em nono e corressem o risco de ocupar o calendário com a Conference League, em caso de título da Fiorentina na competição. Obviamente, isto é uma ilação, mas é fato que os campanos não jogaram com tanta vontade neste domingo – ainda que tenham carimbado a trave duas vezes.
O Lecce, aliás, começou acertando o poste. Aos 8 minutos, Dorgu bateu cruzado e Meret só olhou a bola raspar a trave e sair em tiro de meta. Do outro lado, um Napoli bem preguiçoso só foi melhor no segundo tempo, quando Ngonge entrou em campo. O belga fez Falcone trabalhar, colocou pelota no travessão e agitou a defesa salentina. Cajuste, num arremate fraco que desviou na zaga giallorossa, também fez a redonda beijar a trave. E não fomos muito além disso. O destaque ficou para as sonoras vaias a Di Lorenzo, capitão do scudetto azzurro, durante sua substituição. O clima está quente em Fuorigrotta e o explosivo Antonio Conte não parece o nome mais indicado para acalmar os ânimos do clube presidido pelo despudorado Aurelio De Laurentiis.
Estraga-prazeres, a Atalanta fez sua parte contra o Torino e relegou a Roma à Liga Europa (Getty)
Gols e assistências: Rafael Leão, Giroud (Florenzi) e Calabria (Pulisic); Simy (Sambia), Sambia e Simy Tops: Rafael Leão (Milan) e Simy (Salernitana) Flops: Tomori (Milan) e Fiorillo (Salernitana)
O sábado foi de estreia do uniforme 2024-25 e de muitas despedidas no Milan. Ao menos o técnico Pioli e os jogadores Giroud, Kjaer e Mirante deram adeus à torcida e receberam várias homenagens em San Siro. Com a bola rolando, o time rossonero chegou a dar pinta de que iria golear, mas sofreu o empate da Salernitana, que teve a pior campanha da Serie A no seu formato atual – 20 participantes e três pontos por vitória.
O goleiro Fiorillo trabalhou muito logo cedo, com duas ótimas defesas ante Giroud e Rafael Leão. Aos 22 minutos, porém, anulou o que tinha feito ao soltar um lançamento fraquinho e sem qualquer pressão nos pés do português, que colocou na rede. Aos 27, foi a vez do francês, de voleio, ampliar e chegar aos 15 na temporada. Em ambos os tentos, Pioli foi celebrado.
No primeiro tempo, Hernandez teve um gol anulado e Fiorillo ainda teve de fazer duas boas defesas. A história mudou após a entrada de Simy, na segunda etapa. O gigante nigeriano diminuiu de cabeça, ao ser deixado livre pela zaga rossonera, e acertou o travessão em seguida. Calabria, numa boa testada, marcou o terceiro do Milan e pareceu acalmar a situação para os mandantes. Porém, no apagar das luzes, Sambia fez jogada individual e diminuiu com um arremate angulado, aos 87. Dois minutos depois, Tchaouna chutou rasteiro e o estreante Nava – quarto goleiro, que acabara de entrar – soltou nos pés de Simy, que deu números finais ao amistoso de luxo.
Gols e assistências: Chiesa e Alex Sandro (Fagioli) Tops: Fagioli e Danilo (Juventus) Flops: Zerbin e D’Ambrosio (Monza)
Na despedida de Alex Sandro, a Juventus não deu sopa para o azar e fez a sua parte para ficar na terceira posição da Serie A – será ultrapassada caso a Atalanta vença a Fiorentina, na semana que vem. O lateral-esquerdo brasileiro jogou pouquíssimo na temporada, mas pode encerrar sua passagem por Turim com alegria tripla: além de ter sido capitão e marcado um gol, se igualou a Nedved no primeiro lugar da lista de estrangeiros com maior número de aparições pela Velha Senhora (327).
Uma Juventus sem amarras fez um bom primeiro tempo. Antes dos 25 minutos, acertou o travessão com Fagioli e obrigou Izzo a fazer um corte providencial na pequena área. Na sequência, Chiesa insistiu numa jogada pela ponta e abriu o placar. Aos 28, foi a vez de Alex Sandro aparecer no primeiro pau para completar cobrança de escanteio e dar números finais ao jogo.
No segundo tempo, ninguém mais estufou a rede. Mas isso se deveu, principalmente, ao azar de Chiesa – que parou na trave e numa boa defesa de Sorrentino. E também a Pinsoglio, terceiro goleiro da Juve, que ganhou rara chance de aparecer e efetuou intervenções dignas de nota ante Birindelli e Djuric. No finalzinho, Zerbin ainda foi expulso e deixou o Monza em inferioridade numérica.
O Napoli encerrou uma melancólica temporada como um dos piores defensores de título da Serie A e sem vaga em competições continentais (Getty)
Gols e assistências: Malinovskyi (Martín) e Vitinha (Gudmundsson) Tops: Vitinha e Frendrup (Genoa) Flops: Lucumí e Beukema (Bologna)
Faltou pegada ao Bologna em seu último jogo da temporada. Na visita do time de Thiago Motta ao Genoa, clube em que iniciou sua passagem pela Itália, não houve história. Os grifoni foram muito superiores e construíram uma vitória tranquila, que lhes fez terminar na 11ª posição da Serie A – uma colocação muito confortável para uma formação que voltou da segundona. Os bolonheses, por sua vez, ficaram em quinto.
Logo aos 13 minutos, Frendrup iniciou a jogada no meio-campo e puxou a marcação para dentro da área do Bologna. Malinovskyi apareceu soltinho na meia-lua e só colocou no canto. Melhor do Bologna, Fabbian acertou a trave no primeiro tempo e ainda teve duas boas oportunidades no segundo, mas não balançou a rede.
Do outro lado do campo, reinava a desatenção. E foi assim que Beukema, que já havia entregado um gol à Juventus na segunda, repetiu a dose. Errou na saída de bola e foi desarmado por Frendrup. Na sequência, Gudmundsson ajeitou e Vitinha bateu na saída de Ravaglia. O Genoa só não marcou outro no final porque o meia-atacante islandês não aproveitou o rebote de Bagnolini, terceiro arqueiro dos veltri.
Gols e assistências: Deiola (Prati) e Mutandwa (Nández); Bonaventura (Castrovilli), González (Biraghi) e Arthur (pênalti) Tops: Deiola (Cagliari) e González (Fiorentina) Flops: Di Pardo (Cagliari) e Ranieri (Fiorentina)
Ranieri saiu bravo de campo em sua aposentadoria do futebol – ao menos do de clubes, já que ele disse que pode avaliar convites de seleções. O treinador começou o jogo aplaudido pelos estafes técnicos, pelos jogadores e pelas torcidas de Cagliari e Fiorentina, dois times em que foi ídolo, mas terminou nervoso pelo pênalti estúpido cometido por Di Pardo, que ele havia acabado de lançar a campo, e pela derrota. Depois, mais calmo, voltou ao gramado e recebeu nova homenagem do povo da Sardenha.
A partida ocorreu na quinta, para dar mais tempo de descanso para a Fiorentina, que jogará a final da Conference League com o Olympiacos. E a abertura da rodada foi animadíssima. No primeiro tempo, os goleiros Scuffet e Terracciano tiveram de efetuar grandes defesas após cabeçadas e a Viola abriria o placar com um chute colocado de Bonaventura – Prati, do outro lado, ficara perto de anotar para os mandantes.
Na segunda etapa, Prati levantou na medida para Deiola e Ranieri, talvez para fazer a alegria do xará no banco adversário, falhou na cobertura. O Cagliari empatou e partiu para cima com alterações feitas por seu técnico. Uma delas deu resultado aos 85: o atacante zambiano Mutandwa acertou um chute de rara felicidade e anotou o seu primeiro como profissional. Logo de imediato, em bola alçada à área, Mina ficou olhando e González empatou. A arbitragem havia apontado cinco minutos de acréscimos, mas o tempo se prolongou devido a intercorrências e, aos 100, Di Pardo chutou Beltrán na área. Já na casa dos 103, após revisão do lance, Arthur cobrou a penalidade no canto, decretou a oitava posição para a Fiorentina e tirou o sorriso do rosto de Don Claudio.
Na última rodada da Serie A, a torcida do Milan se despediu de nomes como Giroud e Pioli (AFP/Getty)
Gols e assistências: Noslin (Suslov) e Suslov (Noslin); Arnautovic (Bisseck) e Arnautovic (Frattesi) Tops: Noslin (Verona) e Arnautovic (Inter) Flops: Cabal (Verona) e Acerbi (Inter)
Cumprindo tabela, Verona e Inter entraram em campo com times mistos e fizeram um jogo bastante animado no Marcantonio Bentegodi. Todos os gols saíram na etapa inicial, mas outros poderiam ter sido marcados no segundo – não ocorreram por detalhes.
A Inter abriu a contagem aos 10 minutos, depois que Bisseck cabeceou para frente e Arnautovic não perdoou a furada de Cabal na tentativa de corte. O Verona empatou logo aos 16, quando Suslov fez boa jogada e encontrou Noslin com um passe nas costas de Acerbi. A virada saiu na casa dos 37, após Barella perder a bola na entrada da área nerazzurra. Na sequência, o holandês devolveu o presente para o eslovaco, que será um dos nomes mais desejados do elenco na janela de mercado do verão europeu. O capitão da Beneamata se redimiria antes do fim do primeiro tempo, com um lançamento na medida para Frattesi: o meia ajeitou de peito e Arnautovic anotou sua doppietta.
No segundo tempo, as melhores chances foram da Inter. Perilli teve que fazer duas defesas em sequência, ante Sánchez e Frattesi, ao passo que o meia quase faria um gol por cobertura – e, pior, Vinagre, ao tentar cortar, mandou uma bomba bizarra contra o próprio travessão. No fim, o atacante chileno nerazzurro ainda teve um belo tento de cavadinha anulado por impedimento.
Gols: Zaccagni; Viti Tops: Zaccagni (Lazio) e Obiang (Sassuolo) Flops: Kamada (Lazio) e Mulattieri (Sassuolo)
No Olímpico, Igor Tudor ratificou que Luis Alberto terá um verão difícil. O camisa 10 disse que quer deixar a Lazio, mas o presidente Claudio Lotito disse que ele precisa achar um comprador. Pouco depois, o espanhol brigou com o técnico e perdeu seu lugar no time. Contra o Sassuolo, sequer entrou em campo para se despedir da torcida – o que não ocorreu com Felipe Anderson, que foi homenageado pelos celestes. Quem também foi alvo de tributo foi o ex-treinador Sven-Göran Eriksson, o mais vitorioso pelos aquilotti, que convive com um câncer em estado terminal e assistiu à partida.
Na primeira etapa, a Lazio obrigou o goleiro Cragno a fazer duas ótimas defesas – uma à queima-roupa, ante Hysaj, e a outra com bom tempo de reação, em chute de Kamada. Já aos 60 minutos, Zaccagni cobrou falta no cantinho e o arqueiro não conseguiu alcançar. Na sequência, entretanto, a retaguarda mandante vacilou e permitiu que Viti aparecesse no segundo pau para completar o levantamento de Thorstvedt para a rede. No finalzinho, Immobile ainda desperdiçaria oportunidade para dar a vitória aos capitolinos. Mas não fez diferença, visto que a sétima posição seria obtida com um ou três pontos.
Okoye (Udinese); Sambia (Salernitana), Scalvini (Atalanta), Bijol (Udinese), Frendrup (Genoa); Frattesi (Inter), Suslov (Verona); Noslin (Verona), Lookman (Atalanta), Cancellieri (Empoli); Arnautovic (Inter). Técnico: Davide Nicola (Empoli).