30 jogadores das seleções de fora da Europa que já se despediram da Copa e deixaram boas impressões | OneFootball

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Trivela

·07 de dezembro de 2022

30 jogadores das seleções de fora da Europa que já se despediram da Copa e deixaram boas impressões

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Não é preciso chegar às fases mais agudas da Copa do Mundo para se destacar na competição. A fase de grupos já é suficiente para mostrar serviço e ganhar uma atenção especial do resto do planeta. Não foram poucos os jogadores que, mesmo já eliminados, ofereceram impressões positivas antes da despedida. Abaixo, separamos 30 nomes, das equipes que caíram na etapa inicial e também nas oitavas de final. Como a participação dos europeus eliminados foi pra lá de insossa até o momento, exceção feita a poucos nomes como Wojciech Szczesny e Jamal Musiala, concentramos as menções entre as seleções de África, América, Ásia e Oceania. Muitos jogadores que não recebem os holofotes devidos e mostraram como são bons no maior dos palcos.

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Enner Valencia (RAUL ARBOLEDA/AFP via Getty Images/One Football)


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Enner Valencia

A carreira de Enner Valencia é bastante experimentada, inclusive com gols em outra Copa do Mundo, mas dá para dizer que o maior momento de sua trajetória aconteceu mesmo na abertura contra o Catar. Quando os olhos do resto do planeta estavam sobre o Equador, o centroavante não decepcionou e guardou dois tentos, conduzindo o triunfo de La Tri. A participação do veterano, de qualquer maneira, foi maior que isso. Ofereceu sempre muito oportunismo à equipe equatoriana e boa movimentação ao setor ofensivo. Anotou seu gol também diante da Holanda, numa partida em que o time merecia mais sorte, e liderou a artilharia neste início de torneio. Uma pena que os problemas físicos tenham minado aos poucos suas melhores condições. A impressão era de que estava totalmente no sacrifício contra Senegal e, de fato, não produziu. Como consolo, voltará ao Campeonato Turco no topo da artilharia com o Fenerbahçe.

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Pervis Estupiñán (JEWEL SAMAD/AFP via Getty Images/One Football)

Pervis Estupiñán

A seleção do Equador fez duas boas partidas no senso coletivo e contou com muitas individualidades que funcionaram na Copa do Mundo. Nomes como Jhegson Méndez, Piero Hincapié, Félix Torres e Gonzalo Plata se tornaram bem mais conhecidos pelas exibições destacadas. Ainda assim, Pervis Estupiñán merece um cartaz até maior. O lateral esquerdo esteve entre os melhores de sua posição ao longo da fase de grupos, e isso não é pouco. É um dos jogadores equatorianos com mais tarimba no futebol europeu, atualmente no Brighton após vestir diferentes camisas em La Liga. E transportou para o Catar essa mentalidade de quem já conquistou Liga Europa e foi semifinalista de Champions. Muito forte no apoio, sobretudo, o jogador de 24 anos ganhou com sobras a batalha contra Denzel Dumfries na partida contra a Holanda. Também teve boa estreia contra o Catar, só não apareceu tanto mesmo contra Senegal.

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Akram Afif (Alex Grimm/Getty Images/One Football)

Akram Afif

A campanha do Catar foi tão decepcionante que mesmo uma menção honrosa não é simples. Mas coitado de Akram Afif. O meia do Al-Sadd, com o perdão do trocadilho, foi um oásis na equipe de Félix Sánchez. Tantas vezes acabava isolado na frente, sem que a bola chegasse para apresentar o melhor de sua qualidade na condução. Assim, voltava ao campo de defesa para tentar algo e não contava muito com a colaboração dos companheiros. Não teria grande produção ofensiva, mas claramente foi quem mais tentou salvar o jogo catariano – diferentemente do que ocorreu com o outro nome badalado da geração, o apagado Almoez Ali. A melhor atuação de Afif aconteceu exatamente contra a Holanda, quando teve um pouco mais de espaço para circular. Cabe ainda citar Mohammed Muntari, não apenas pelo gol anotado, mas porque deu gás ao ataque sempre que entrou – merecia pelo menos uma chance como titular, o que não aconteceu.

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Ramin Rezaeian (Richard Heathcote/Getty Images/One Football)

Ramin Rezaeian

Ramin Rezaeian tinha sido um bom coadjuvante na aguerrida seleção do Irã em 2018, mas quase o lateral direito não disputou a Copa de 2022. Caiu no ostracismo com as mudanças de treinador e só foi resgatado nas listas durante a reta final da preparação, como homem de confiança de Carlos Queiroz. E correspondeu à ótima relação que possui com o treinador. Reserva na goleada sofrida contra a Inglaterra, ele entrou em campo diante de Gales. Foi um dos melhores jogadores da equipe, com bom escape no apoio, e ainda teve o gosto de fechar a vitória com o segundo tento. Chamaria atenção pela entrevista emocionada que concedeu, dedicando o resultado à população iraniana em meio à repressão que ocorre no país. Já diante dos Estados Unidos, se não conseguiu evitar o gol, seria um dos mais participativos no combate e na construção. A trajetória por clubes não possui grande destaque, atualmente no Sepahan, mas o defensor será sempre associado ao Time Melli.

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Saeid Ezatolahi (Stuart Franklin/Getty Images/One Football)

Saeid Ezatolahi

Ninguém entendeu direito o porquê de Saeid Ezatolahi começar no banco contra a Inglaterra. Tudo bem que a carreira do volante não evoluiu desde que ele fez um bom trabalho na Copa de 2018, atualmente na segundona dinamarquesa com o Vejle, mas sua capacidade pela seleção iraniana nunca esteve em falta. Carlos Queiroz corrigiu o erro diante de Gales. Nas duas últimas partidas, Ezatolahi foi senhor do meio-campo do Time Melli. O camisa 6 beneficiou o coletivo como um todo diante dos galeses e a equipe cresceu bastante com ele, mesmo que tenha sido substituído por lesão antes do final apoteótico. Já diante dos Estados Unidos, o cabeça de área deixou tudo em campo. Foi o principal nome no esforço máximo dos iranianos pela classificação, embora tenha faltado mais inspiração na frente. Seu choro com a despedida do torneio foi o mais simbólico da equipe, consolado por companheiros e também por adversários – num significado que depois foi além, diante da morte de um amigo, assassinado por forças policiais no país. Ainda sobre o Irã, dos mais veteranos, Mehdi Taremi fez um papel muito interessante na criação. Ali Gholizadeh bagunçou pela ponta direita, entre os que ganharam espaço mais recentemente.

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Luis Chavez (PABLO PORCIUNCULA/AFP via Getty Images/One Football)

Luis Chávez

O México deixou a Copa do Mundo com expectativas quebradas, pela forma como caiu cedo. Memo Ochoa pegou o pênalti de Robert Lewandowski, mas não é que tenha trabalhado tanto nesse Mundial. A única boa atuação de El Tri aconteceu tarde demais, na vitória por 2 a 1 sobre a Arábia Saudita, que não bastou por causa do saldo de gols. Luis Chávez, ao menos, saiu da Copa com o prêmio de melhor em campo. E, de fato, foi uma partidaça. O meio-campista do Pachuca tinha ficado muito preso nas duas primeiras exibições e se soltou bem mais contra os sauditas. Foi perigosíssimo nas finalizações de fora da área, sobretudo nas cobranças de falta. Anotou um lindo gol na bola parada e deu trabalho ao goleiro Mohammed Al-Owais. Firmado como titular no meio-campo mexicano apenas recentemente, pode aproveitar a visibilidade do Mundial.

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Mohamed Kanno (JUAN MABROMATA/AFP via Getty Images/One Football)

Mohammed Kanno

Quem viu os dois primeiros jogos da Arábia Saudita na Copa do Mundo certamente se encantou com o futebol de Mohammed Kanno. Não que o meio-campista fosse desconhecido aos olhares mais atentos, especialmente pelo protagonismo no Al-Hilal, duas vezes presente no Mundial de Clubes. Entretanto, o jogador de 28 anos guardou mesmo seu melhor para a Copa. Foi um atleta de passadas largas e ótima condução, com presença física na meia-cancha e também qualidade para a construção mais à frente. Terminou como uma das razões para o histórico triunfo contra a Argentina e rendeu até melhor diante da Polônia, apesar do revés de sua equipe. Só não evitou a queda diante dos mexicanos. Deu a impressão de que, se quiser se aventurar num clube europeu, não terá muitos problemas para se destacar.

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Salem Al-Dawsari (Clive Brunskill/Getty Images/One Football)

Salem Al-Dawsari

O golaço contra a Argentina vale uma imagem para a posteridade. Salem Al-Dawsari foi o grande nome da maior vitória da história da Arábia Saudita em Copas do Mundo. E foi merecido, pela importância que o ponta tem para a seleção, bem como para o Al-Hilal. Salem pecaria um pouco mais contra a Polônia, quando perdeu o pênalti diante de Wojciech Szczesny. De qualquer maneira, voltaria às redes contra o México, no gol que confirmou a eliminação dos adversários. Foi a maior fonte de habilidade do time de Hervé Renard, por mais que tenha perdido alguns dos melhores companheiros para se associar ao longo da competição. Que os Falcões Verdes tenham ficado pelo caminho, não dá para menosprezar as consequências que as lesões de Yasser Al-Shahrani e Salman Al-Faraj tiveram sobre o time. Dentre os que cresceram no torneio, Saud Abdulhamid foi um ótimo curinga, na lateral ou no meio, e Hassan Al Tambakti fez uma baita estreia na zaga.

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Aïssa Laïdouni (Clive Mason/Getty Images/One Football)

Aïssa Laïdouni

Taticamente, talvez a Tunísia tenha sido o melhor time da primeira fase entre os 16 eliminados. É verdade que caiu na armadilha da Austrália, mas soube como emperrar a Dinamarca (que se mostraria mais problemática) e também se impôs contra o mistão da França. Para tanto, Aïssa Laïdouni jogou demais no meio-campo. O volante formou uma excelente dupla com Ellyes Skhiri para ganhar diversas disputas no setor e ainda garantir um respiro quando avançava na base da fisicalidade. Foi um leão das Águias de Cartago e seria premiado na partida diante dos franceses, com a assistência que resultou no tento da vitória. Aos 25 anos, é um jogador que ganhou espaço com os tunisianos no atual ciclo. Defende o Ferencváros e muito provavelmente o futebol húngaro ficará pequeno para a vitrine que conseguiu durante suas apresentações no Grupo D.

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Wahbi Khazri (Clive Mason/Getty Images/One Football)

Wahbi Khazri

Faz tempo que Wahbi Khazri é um dos melhores jogadores da Tunísia, por vezes um nome solitário como protagonista. O rodado atacante de 31 anos não está na sua melhor forma e até causou estranhamento a maneira como demorou para ganhar minutos nessa Copa. Ficou só no banco diante da Dinamarca e entrou tarde para tentar mudar o panorama contra a Austrália. Compensou como grande líder na vitória sobre a França. O gol anotado com frieza e boa leitura da jogada possui um simbolismo até maior por acontecer contra o país em que nasceu. Independentemente disso, sublinha a estatura que o jogador do Montpellier possui às Águias de Cartago. Vale lembrar que em 2018 ele já tinha feito um ótimo Mundial, com dois gols e duas assistências, essencial na vitória sobre o Panamá na rodada final.

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Yeltsin Tejeda (Stuart Franklin/Getty Images/One Football)

Yeltsin Tejeda

Yeltsin Tejeda não é o primeiro nome que se cita quando se lembra da geração da Costa Rica que chegou às quartas de final na Copa do Mundo de 2014. O volante, porém, é uma figura onipresente pelos Ticos nos últimos anos e, com o envelhecimento de vários companheiros mais reconhecidos, ele segurou as pontas em 2022. Não na estreia, com a goleada diante da Espanha, mas sim nas duas outras partidas. Foi um dos melhores da equipe na vitória sobre o Japão, ao trancar o meio-campo e ainda entregar a assistência para o gol de Keysher Fuller. Já diante da Alemanha, além do esforço defensivo, seria premiado com o gol de empate que amedrontou os germânicos. Foi uma participação bem digna para o jogador de 30 anos, que atualmente defende o Herediano. Com experiências no exterior limitadas à Suíça, mostrou bola para pelo menos pintar em outra liga mais forte do continente, como a Liga MX ou a MLS.

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Keylor Navas (Stuart Franklin/Getty Images/One Football)

Keylor Navas

A falta de ritmo de Keylor Navas no Paris Saint-Germain era uma preocupação e isso até pareceu atrapalhar sua estreia diante da Espanha. Mas, a despeito dos sete gols tomados, o goleiro deixou a Copa para confirmar seu lugar como o maior jogador costarriquenho de todos os tempos. Não faria tantas defesas contra o Japão, mas teve um papel decisivo para segurar o 1 a 0 no placar. Já diante da Alemanha, independentemente da derrota, Navas relembrou seus tempos mais espetaculares. Foram sete intervenções, algumas delas miraculosas, em especial no chute à queima-roupa de Niclas Füllkrug sozinho na pequena área. Aos 35 anos, carregou a dignidade dos Ticos mais uma vez. No sistema defensivo, Francisco Calvo ainda se saiu como o melhor dos zagueiros e fez falta diante dos alemães, suspenso. Já na frente, Joel Campbell não foi o endiabrado de outros tempos, mas sua entrega é louvável.

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Atiba Hutchinson (Matthias Hangst/Getty Images/One Football)

Atiba Hutchinson

Atiba Hutchinson estreou numa Copa do Mundo aos 39 anos e saiu, de fato, como um dos principais jogadores do Canadá. O meio-campista viveu de tudo um pouco em sua história de duas décadas com os Canucks e, mais recentemente, se firmou como grande referência à geração que estourou rumo ao Mundial. Correu o risco de não estar no Catar, com uma lesão que o tirou do Besiktas durante quase todo o semestre, mas se recuperou às vésperas da estreia. E entregou o que se esperava dele. Foi um meio-campista de muita presença física, bons passes e liderança expressa. Mesmo a idade não impediu sua intensidade, por mais que não tenha durado os 90 minutos em nenhuma partida. Foi o melhor do time contra a Bélgica e também brilhou diante de Marrocos, quando saiu do banco. Quase possibilitou o empate no segundo tempo, com uma cabeçada no travessão. Que sua carreira nos Canucks não dure muito mais, a missão terminou cumprida.

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Alphonso Davies (JEWEL SAMAD/AFP via Getty Images/One Football)

Alphonso Davies

O primeiro gol do Canadá na história das Copas é seu e ninguém tira. Foi uma cabeçada fulminante, comemorada ainda com um simbólico soco no ar que mais pareceu uma homenagem a Pelé. Alphonso Davies teve algumas oscilações nesta Copa e perdeu o custoso pênalti contra a Bélgica. Todavia, não se pode negar que o ala esquerdo foi quem mais procurou jogo na equipe e até sobrou em comparação com outros talentos que ficaram abaixo do esperado – Jonathan David e Cyle Larin sobretudo. Aos 22 anos, o jogador do Bayern de Munique assumiu as responsabilidades que se esperava dele e proporcionou a intensidade que foi o grande mérito dos Canucks nessa aventura mundialista depois de 36 anos. Não à toa, Phonzie se despediu do Catar como um dos maiores dribladores da fase de grupos. Quem mais colaborou nesse escape ofensivo e também deve se aproveitar da visibilidade da Copa é Tajon Buchanan, bastante arisco pelo lado direito do campo.

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Vincent Aboubakar (ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP via Getty Images/One Football)

Vincent Aboubakar

O tamanho de Vincent Aboubakar para Camarões é enorme, como herói do título da Copa Africana de Nações em 2017 e artilheiro absoluto do torneio realizado em casa em 2022. Entretanto, faltava ao centroavante bagunçar numa Copa do Mundo. Foi o que ele fez no Catar, como um baita personagem. Aboubakar parecia totalmente despreocupado com as pressões inerentes ao Mundial e, mesmo assim, sem deixar de ter gosto por disputar o torneio. Foi algo que ficou evidente em suas aparições estelares no Grupo G. Primeiro ao mudar a história do duelo contra a Sérvia para proporcionar o empate. Seu gol foi um deslumbre, quando talvez nem acreditasse que o lance valeria, ao fazer o zagueiro passar batido e dar uma cavadinha marrenta diante do goleiro. Depois, ainda serviu assistência. E, titular contra o Brasil, apareceu para causar. Fez o gol de cabeça, não estava nem aí ao tirar a camisa para comemorar, cumprimentou o juizão depois de receber o vermelho. Seu trabalho estava feito, mesmo que o cartão pudesse custar caro como critério de desempate caso os camaroneses tirassem o saldo para os suíços na tabela. E se isso não importou, fica a torcida para que o atacante de 30 anos, atualmente no Al-Nassr, tenha outra chance em Mundiais no futuro.

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Jean-Charles Castelletto (GIUSEPPE CACACE/AFP via Getty Images/One Football)

Jean-Charles Castelletto

Camarões era vista como a seleção mais frágil do Grupo G e passou longe disso. Não apenas porque seus protagonistas renderam, mas também porque outros jogadores apareceram. Jean-Charles Castelletto foi um desses, com uma ótima participação no miolo de zaga. O beque do Nantes já tinha dificultado demais aos suíços na estreia, apesar da derrota sofrida. Já diante da Sérvia, se não deu para consertar as falhas dos companheiros, o jogador de 27 anos resolveu mais à frente. Marcou o gol que abriu o placar e deu o lançamento para a pintura de Aboubakar. Tinha feito o suficiente, mesmo sem encarar o Brasil. Contra os brasileiros, aliás, fica a justa menção para o goleiro Devis Epassy. Foi criticado após falhar diante dos sérvios e diziam que suas costas quentes provocaram o corte de André Onana. Mas o fato é que o arqueiro promovido à titularidade fechou o gol contra a Seleção, numa das melhores atuações de um camisa 1 nessa fase de grupos.

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Mohamed Kudus (RAUL ARBOLEDA/AFP via Getty Images/One Football)

Mohamed Kudus

Não fosse a eliminação precoce de Gana, Mohamed Kudus era candidato seríssimo ao prêmio de melhor jovem da Copa do Mundo. Dá até para dizer que a promessa do Ajax foi o melhor jogador a se despedir do torneio na fase de grupos. O camisa 20 jogou demais, e como um todo-campista – de volante, de ponta, de falso 9. Começou dificultando demais para Portugal, até sua inexplicável substituição que quebrou as pernas dos Estrelas Negras. Depois, foi o melhor em campo na vitória por 3 a 2 sobre a Coreia do Sul, e fazendo de tudo um pouco, embora o destaque ficasse mesmo para os dois tentos anotados. E ainda foi o único que não se intimidou contra o Uruguai, com pênalti sofrido, bola na trave, milagre de Sergio Rochet. Já se sabia do talento do garoto de 22 anos no Ajax, mas ainda assim o que aprontou no Catar impressionou bastante.

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Giorgian de Arrascaeta (KHALED DESOUKI/AFP via Getty Images/One Football)

Giorgian de Arrascaeta

Diante da melancólica despedida do Uruguai, fica difícil citar qualquer nome sem ressalvas. Mas no fim é Arrascaeta quem sai com moral, independentemente do debate que circundou seu nome no Brasil. Reserva contra a Coreia do Sul, finalmente entrou diante de Portugal. Auxiliou a Celeste com mais escape ofensivo, mas também perdeu sua grande chance de marcar. Sua contribuição veio mesmo contra Gana, na vitória que acabou por se tornar insuficiente. De qualquer maneira, enfatizou como poderia melhorar o time, ao marcar dois gols com categoria e senso de oportunismo, além de se colocar como o principal elemento do ataque. Saiu extenuado, mas com a impressão de que fez falta quando os uruguaios precisavam de mais um gol para se classificar. Mais um destaque charrua no Mundial, acima da frustração, é Rodrigo Bentancur. Foi o mais intenso do meio-campo nas duas primeiras partidas e saiu lesionado na terceira.

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Ismaïla Sarr (JUNG YEON-JE/AFP via Getty Images/One Football)

Ismaïla Sarr

Não se nega que a história de Senegal poderia ser diferente com Sadio Mané. O atacante exigiria atenção redobrada dos adversários e poderia resolver partidas em um lampejo. Mas, diante da ausência do camisa 10, Ismaïla Sarr foi um digno substituto como referência técnica do ataque. O jovem de 24 anos desequilibrou várias partidas e em muitos momentos teve que jogar sem muita colaboração dos companheiros, num sistema ofensivo que claramente dependia dele. Apesar da sobrecarga, foi muito bem. Contra a Holanda, sete das dez finalizações senegalesas vieram de chutes ou passes seus. Não marcou contra o Catar, mas ainda representou o principal desafogo. Já diante do Equador, fez de pênalti o primeiro gol e ainda teve uma simbólica comemoração, em que simulou uma arma apontada para a cabeça para denunciar a violência em seu continente. Por fim, nos melhores momentos dos Leões da Teranga diante dos ingleses, estava sempre presente e foi quem mais levou perigo. Já faz hora extra no Watford, que cobrará caro para vendê-lo.

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Iliman Ndiaye (Buda Mendes/Getty Images/One Football)

Iliman Ndiaye

Senegal ganhou um novo xodó na Copa do Mundo. Iliman Ndiaye era um mero desconhecido num ataque com jogadores bem mais referendados e se tornou o principal sócio de Ismaïla Sarr na equipe. O rapaz de 22 anos ganhou as primeiras convocações há meses atrás, diante de seu destaque no Sheffield United. Porém, há três anos, ainda militava na sétima divisão do Campeonato Inglês. E foi muito liso nas chances que ganhou na fase de grupos. A vitória sobre o Catar se confirmou graças a ele, ao sair do banco e enfileirar a marcação para servir a assistência do terceiro gol. Já diante do Equador, Pervis Estupiñán teve muitos problemas para marcá-lo e, mesmo passando em branco, o ponta direita saiu como destaque no primeiro tempo. Mais centralizado, teve participação tímida na eliminação contra a Inglaterra. Mas, entre habilidade e também fôlego, talvez surja como protagonista dos Leões da Teranga em pouco tempo.

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Kalidou Koulibaly (Ryan Pierse/Getty Images/One Football)

Kalidou Koulibaly

Kalidou Koulibaly está entre os melhores jogadores da história de Senegal e mesmo da África. Sua história por clubes é respeitabilíssima e, pela seleção, já tinha sido gigante na conquista da Copa Africana de Nações. Saiu como principal herói dos Leões da Teranga no Mundial de 2022. Foi soberano na área contra Holanda e Catar, por mais que os senegaleses tenham sido vazados em ambos os jogos. Ainda assim, sua atuação contra o Equador impressionou. Se La Tri foi tão inoperante na frente, é porque encontrou uma muralha no defensor. E ainda teve o tempo certo para marcar o gol da vitória, justo seu primeiro com a camisa da seleção. Muito bonita também foi a homenagem a Papa Bouba Diop, o saudoso autor do gol da vitória contra a França em 2002. No aniversário de dois anos da morte do ex-volante, o atual capitão usou o número 19 na braçadeira e ainda enviará o prêmio de melhor em campo contra os equatorianos à família de Diop. Uma pena que Koulibaly tenha ido mal contra a Inglaterra, numa zaga exposta.

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Tyler Adams (Tim Nwachukwu/Getty Images/One Football)

Tyler Adams

A braçadeira de capitão dos Estados Unidos está muito bem guardada com Tyler Adams. O meio-campista foi dominante durante a Copa do Mundo e liderou o melhor setor dos americanos na competição – onde Yunus Musah e Weston McKennie também se saíram bem. O jogador de 23 anos combinou uma leitura de jogo privilegiada, pegada e também qualidade com a bola nos pés. Foi assim que permitiu tantos momentos de superioridade contra Gales, Inglaterra e Irã. Também seria um dos melhores em campo contra a Holanda, pela forma como o US Team se postou em campo, apesar das dificuldades para criar situações de ataque. E isso mesmo com a falha do volante no primeiro gol holandês, em que poderia ter pressionado Memphis Depay. Apesar disso, o saldo foi positivo ao jogador do Leeds United em seu primeiro Mundial. Ainda se sobressaiu pela postura extracampo durante a espinhosa coletiva na véspera do duelo com os iranianos. Deu respostas respeitosas e enfatizou o papel da educação.

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Christian Pulisic (Dan Mullan/Getty Images/One Football)

Christian Pulisic

Christian Pulisic é o principal jogador dos Estados Unidos por nome. Sua ascensão na carreira não atingiu os patamares imaginados, mas o ponta de 24 anos não deixou de representar a principal ameaça ofensiva da equipe americana. Mesmo que não tivesse muita colaboração no setor, chamou a responsabilidade em vários momentos. A assistência para o gol de Timothy Weah no empate contra Gales foi sua. Pulisic mandou uma bola no travessão que poderia contar uma história diferente contra a Inglaterra. Diante do Irã, por vezes tentou se apresentar até como atacante de área e marcou o gol, antes de se lesionar no lance duro na pequena área. Por fim, se perdeu uma chance imensa contra a Holanda, também daria a assistência no gol de sua equipe. Foi um jogador muito criticado quando os EUA não se classificaram à Copa de 2018, de maneira até exagerada, mais por expectativas criadas sobre si do que por falta de produção. Quatro anos depois, correspondeu.

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Harry Souttar (Alex Pantling/Getty Images/One Football)

Harry Souttar

A Austrália fez uma participação na Copa do Mundo acima das expectativas porque entendeu suas limitações e realizou um ótimo trabalho na defesa. Que o diga Harry Souttar, imprescindível à segurança dos Socceroos ao longo do Mundial. O gigante de 1,98 m foi mesmo uma enorme barreira para se superar, com excelência pelo alto, mas também alguns desarmes vitais. Foi monstruoso contra a Tunísia e repetiu o altíssimo nível ao lado de Kyle Rowles contra a Dinamarca. Já diante da Argentina, se o goleiro Mat Ryan não colaborou, o beque trabalhou bastante ao longo do primeiro tempo e precisou fazer as vezes de centroavante nos minutos finais. Até nisso incomodou os argentinos. Tem mercado aos 24 anos, mas o Stoke City já deixou claro que não sairá barato, mesmo na segundona do Campeonato Inglês.

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Mathew Leckie (Alex Grimm/Getty Images/One Football)

Mathew Leckie

Ofensivamente, o diferencial da Austrália esteve em aproveitar as poucas chances que teve. E um escape claro existia com Mathew Leckie pelos lados do campo. O meia / ponta teve um ciclo conturbado antes da Copa, em que voltou ao futebol local e pediu dispensa das convocações por causa da pandemia. Mas voltou a tempo de fortalecer os Socceroos e ser decisivo no Mundial. Não tanto por sua assistência contra a França, por mais que os australianos tenham aberto o placar. Muito mais pelo lindo tento que valeu a vitória sobre a Dinamarca, em que tratou Andreas Christensen feito um cone qualquer antes de bater no cantinho. Poderia ter aparecido mais contra a Argentina, é verdade, o que não apaga as sensações causadas por momentos explosivos do time na fase de grupos. Aos 31 anos, vinha de conquistas recentes no Melbourne City. Também no ataque, outro que saiu com moral foi Mitchell Duke. O centroavante foi criticado por sua titularidade, mas compensou a confiança do técnico Graham Arnold com inteligência, trabalho duro e um gol vital.

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Ritsu Doan (Julian Finney/Getty Images/One Football)

Ritsu Doan

O talismã do Japão na Copa do Mundo foi Ritsu Doan. O atacante curiosamente fez sua pior atuação quando apareceu entre os titulares contra a Costa Rica. Por outro lado, saindo do banco, permitiu as vitórias contra Alemanha e Espanha. Bagunçou a defesa alemã a partir de sua entrada e foi oportunista para anotar o gol que permitiu o empate, antes da virada. Já diante dos espanhóis, mandou a sapatada que contou com a colaboração do goleiro Unai Simón. O ponta de 24 anos foi muito agressivo pelo lado direito do campo e teve importância também no trabalho sem bola. Embora não tenha preponderado contra a Croácia, ainda figurou entre os melhores do time. Talvez mereça até mais espaço no Freiburg, onde também não é titular absoluto. Dos “super-reservas” do Japão fica a menção também a Kaoru Mitoma, sempre um azougue pelo lado esquerdo, e a Takuma Asano, com seu golaço que derrubou os alemães.

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Wataru Endo (Richard Heathcote/Getty Images/One Football)

Wataru Endo

A Copa do Mundo serviu de confirmação para o enorme jogador que Wataru Endo é. O meio-campista fez um Mundial muito consistente na faixa central do Japão. Teve pegada e também capacidade na saída de bola, com bons lançamentos e inclusive chutes a gol. Foi um dos responsáveis pela crescente diante da Alemanha e dominou o seu setor contra a Croácia. Não era um desafio fácil nas oitavas de final, ainda mais quando se encara um adversário que reúne Luka Modric, Mateo Kovacic e Marcelo Brozovic na mesma região do campo. Mesmo assim, o volante de 29 anos fez uma das partidas mais completas desse Mundial e poderia ter saído com uma assistência, não fossem as oportunidades criadas que seus companheiros desperdiçaram na hora da finalização. Capitão do Stuttgart, o nipônico tem bola para defender clubes mais ambiciosos. O mesmo vale para os companheiros de meia-cancha, Ao Tanaka e Hidemasa Morita, com quem se revezou ao longo do torneio. Os dois também foram ótimos.

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Ko Itakura (RAUL ARBOLEDA/AFP via Getty Images/One Football)

Ko Itakura

A defesa do Japão tinha nomes mais badalados, entre a experiência de Maya Yoshida e a fama de Takehiro Tomiyasu. Mas o grande nome do setor nesta Copa do Mundo foi mesmo Ko Itakura, uma das novidades do ciclo. O zagueiro precisou correr contra o tempo, ao sofrer uma lesão na temporada com o Borussia Mönchengladbach. Conseguiu se recuperar para o Mundial e, titular contra a Alemanha, foi um dos melhores da equipe. Liderou a resistência defensiva numa partida muito difícil e também auxiliou o desafogo na hora de subir ao ataque. Basta lembrar que o lançamento primoroso para o gol de Asano, o da virada, veio numa bola longa do beque. Itakura permaneceu como um dos jogadores mais ativos no trabalho defensivo contra a Costa Rica e a Espanha. O problema é que, com dois amarelos, terminou suspenso diante da Croácia. Aos 25 anos, é daqueles que devem auxiliar até mais os Samurais Azuis rumo a 2026.

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Hwang Hee-chan (Michael Steele/Getty Images/One Football)

Hwang Hee-chan

A imagem da dramática vitória da Coreia do Sul contra Portugal foi protagonizada por Son Heung-min. Foi o astro quem criou a jogadaça do gol nos acréscimos do segundo tempo e caiu às lágrimas, dessa vez de alegria, após a tristeza de quatro anos antes no triunfo insuficiente contra a Alemanha. Contudo, a bola nas redes também dependeu da estrela de Hwang Hee-chan na definição. E o ponta foi um digníssimo parceiro a Sonny nesta jornada dos Tigres. Sem as melhores condições físicas, sequer entrou nas duas primeiras partidas. Contra os portugueses, saiu do banco e precisou de poucos minutos para cravar a virada sul-coreana. E seria também a principal preocupação para o Brasil nas oitavas de final, causando problemas para Éder Militão, bem como exigindo as defesas mais difíceis de Alisson. Quatro dos seis arremates certos do time na partida vieram com o jogador de 26 anos, pertencente ao Wolverhampton.

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Cho Gue-sung (Stuart Franklin/Getty Images/One Football)

Cho Gue-sung

Cho Gue-sung virou um dos nomes mais comentados da Coreia do Sul nesta Copa do Mundo. Um pouco por causa da tietagem das torcedoras, com inúmeros pedidos de casamento ao centroavante, mas também pela maneira como participou bem da campanha até as oitavas de final. Com boa presença de área, o atacante guardou os dois gols na derrota diante de Gana. Foram duas bolas fatais em cabeçadas, numa reação que também dependeu da entrada de Lee Kang-in. Cho terminou o Mundial como um dos atletas que mais prevaleceram no jogo aéreo, por mais que a defesa do Brasil sequer tenha permitido suas finalizações. Aos 24 anos, parece pronto para virar também uma liderança pensando em 2026 e até para se testar no futebol europeu, atualmente no Jeonbuk Hyundai Motors.

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