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Calciopédia

·14 de março de 2023

26ª rodada: no topo da tabela do Italiano, só o Napoli quer vencer e ir para a Champions League

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Se houve um vencedor na 26ª rodada da Serie A, este foi o Napoli. Além de fazer o dever de casa, o time napolitano foi o único dos seis primeiros que venceu. Se o scudetto estava encaminhado, a etapa 26 de 38 mostrou que o único competidor equilibrado emocional e tecnicamente já ocupa a liderança do campeonato – e, outra vez, com uma vantagem de incríveis 18 pontos. Os demais (Inter, Lazio, Milan e Roma), sequer parecem querer garantir vaga na Champions League. Sendo assim, a pergunta que fica no ar é a seguinte: dá para a Juventus chegar? Confira a análise da jornada.


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Napoli 2-0 Atalanta

Gols e assistências: Kvaratskhelia (Osimhen) e Rrahmani (Elmas) Tops: Kvaratskhelia e Kim (Napoli) Flops: Boga e Éderson (Atalanta)

A resposta do Napoli depois do revés para a Lazio, no estádio Diego Armando Maradona, chegou de forma imediata e contundente, graças à vitória sobre a Atalanta. Os napolitanos recuperaram a imagem letal que os colocaram no topo da briga pelo scudetto e, assim, voltaram a abrir vantagem para a Inter. Por outro lado, a Dea cambaleia na zona de classificação para as competições europeias e vê a Juventus, sétima colocada, apenas quatro pontos atrás.

O jogo começou muito brigado no centro do campo, o que deixou a trajetória rumo ao último terço mais estreita. Ainda assim, o Napoli controlou as ações na maior parte do tempo e buscava furar o bloqueio através da individualidade dos jogadores. Kvaratskhelia ficou de frente com Musso, mas o georgiano se empolgou e tentou encobrir o goleiro, ao invés de tocar para Anguissa que estava sozinho. Apesar do domínio, ficou a impressão de que os mandantes poderiam entregar mais, como já haviam feito ao longo dos últimos meses.

Os anfitriões aceleraram o passo no início da segunda etapa e o gol já parecia questão de tempo. Não demorou: após algumas chances desperdiçadas por Osimhen e Kvaratskhelia, o próprio georgiano, enfim, acertou o pé na conclusão da jogada construída pelo companheiro nigeriano e por Anguissa. O camisa 77 aplicou três fintas e finalizou com precisão para fazer um golaço, na definição mais clara da palavra.

Os nerazzurri bem que tentaram revidar, mas Muriel e Zapata não venceram nenhum dos duelos contra Gollini. Mais cautelosa no ataque, a equipe azzurra mostrou o poder de fogo nas bolas paradas. Rrahmani subiu mais alto em cobrança de escanteio e cabeceou, sem chances de defesa para Musso. Daí em diante, a Atalanta sentiu o baque e o restante do jogo foi protocolar.

Spezia 2-1 Inter

Gols e assistências: Maldini (Nzola) e Nzola (pênalti); Lukaku (pênalti) Tops: Nzola e Dragowski (Spezia) Flops: Lautaro e Dumfries (Inter)

Após fazer o dever de casa na rodada passada contra o Lecce, a Inter voltou a tropeçar. O carrasco da vez foi o Spezia, no Alberto Picco, com requintes de crueldade. Além do gol marcado pelo ex-milanista Daniel Maldini, filho de Paolo, Nzola converteu de pênalti nos últimos minutos – pouco tempo depois de os nerazzurri empatarem. Diante do caminhão de chances desperdiçadas, um preço que foi pago com juros e correção monetária.

Nos primeiros 45 minutos, a Inter arrematou 16 vezes. Nenhuma das tentativas balançaram as redes, especialmente pela atuação brilhante de Dragowski. O polonês levou a melhor nos duelos individuais contra Martínez. Em pênalti sofrido por D’Ambrosio, aos 14 minutos, Lautaro teve a oportunidade na marca da cal para evitar uma noite que viria a ser desagradável. Porém, o arqueiro mostrou que não seria vazado facilmente e defendeu a cobrança no canto esquerdo da meta.

O início do segundo tempo quase teve a redenção do avançado argentino, com uma cabeçada em cheio na direção do gol. Mas a posição ilegal de Lukaku, na construção da jogada, invalidou o lance. Aos 58, o Spezia castigou a falta de capricho dos interistas. Nzola recebeu lançamento de Dragowski e girou para acionar Maldini. Acionado no intervalo, o meia-atacante emprestado pelo Milan venceu Handanovic e tirou o placar do zero.

Conforme o tempo passava, a Inter concentrava o repertório ofensivo em chuveirinhos. E um deles teve resultado: Ferrer derrubou Dumfries dentro da área após cruzamento. Lukaku foi o responsável pela cobrança e, dessa vez, Dragowski não conseguiu defender.

Dois minutos depois, porém, Nzola também estava posicionado para cobrar uma penalidade. Antes derrubado, Dumfries devolveu na mesma medida e atropelou Kovalenko. O angolano foi para a batida e, apesar de Handanovic acertar o canto, a vantagem dos aquilotti foi retomada. A Inter até tentou repetir a sorte nas bolas aéreas, mas sem sucesso. Com o resultado, o Spezia voltou a vencer no campeonato após sete rodadas e em casa após sete longos meses, se manteve fora da zona do rebaixamento, agora com cinco pontos de vantagem sobre o Verona. Já a Inter, que soma incríveis oito derrotas no certame, viu o Napoli aumentar a distância na liderança e, ao mesmo tempo, adversários se aproximarem no retrovisor.

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Queda esperada – ou nem tanto: a Inter perde para o Spezia e ratificou péssimo desempenho como visitante (Getty)

Milan 1-1 Salernitana

Gols e assistências: Giroud (Bennacer); Dia (Bradaric) Tops: Bradaric e Ochoa (Salernitana) Flops: Rafael Leão e Díaz (Milan)

Empolgação não é sinônimo de bom futebol. Isso ficou claro na atuação fraca do Milan no empate com a Salernitana, poucos dias depois de garantir a classificação às quartas de final da Champions League. Os rossoneri esbarraram em Ochoa, ainda com resquícios da Copa do Mundo, mas também em um jogo burocrático. Último confronto da rodada, o empate no San Siro culminou uma combinação de resultados perfeita para o Napoli se consolidar ainda mais na liderança. Longe dessa disputa, a Salernitana de Paulo Sousa somou um ponto precioso na luta contra o rebaixamento. O técnico português, aliás, segue invicto.

As únicas chances do Milan na primeira metade do jogo surgiram em chutes de fora de Hernandez e Bennacer, além de uma cobrança de falta do argelino. Aos 30, Kastanos desperdiçou uma oportunidade de boa posição, com um chute torto de pé esquerdo. Ainda mais importante foi a ocasião que teve o atacante Dia, três minutos antes de o Milan abrir o placar. Thiaw esticou a bola para trás, onde o senegalês apareceu para roubar: Maignan teve de entrar em cena para evitar o gol dos visitantes e efetuou uma grande saída de carrinho, que arrancou aplausos do San Siro. Na sequência, a possibilidade desperdiçada doeu em dobro na torcida granata. Bennacer cruzou e Giroud fez, de cabeça, para a alegria dos 72 mil presentes.

Piatek entrou no segundo tempo, mas não tivemos lei do ex – e, sim, a redenção de Dia. Bradaric foi até a área e acionou o senegalês, que deixou tudo igual no San Siro. As mudanças de Pioli não surtiram efeito e, na verdade, o Milan passou a ter menos presença ofensiva depois das saídas de Rafael Leão, Díaz e Giroud, substituídos por Origi, De Ketelaere e Ibrahimovic. No abafa, o time rossonero quase empatou em algumas ocasiões, mas Ochoa estava inspirado e fez ótimas defesas. Na melhor chance, que terminou nos braços do mexicano, Kalulu ainda impediu, sem querer, que o Diavolo marcasse: caído, viu a bola tocar no seu cotovelo em cima da linha.

Roma 3-4 Sassuolo

Gols e assistências: Zalewski (Spinazzola), Dybala (El Shaarawy) e Wijnaldum (Smalling); Laurienté, Laurienté (Berardi), Berardi (pênalti) e Pinamonti (Laurienté) Tops: Laurienté e Berardi (Sassuolo) Flops: Kumbulla e Ibañez (Roma)

José Mourinho acertou em cheio quando alertou que uma semana perigosa estava por vir. Só que ele se referia à Lazio, enquanto o deslize dos giallorossi veio antes, com o Sassuolo, justamente quando a Roma poderia dar um salto e tomar a vice-liderança. Ao invés de pegarem o embalo na vitória sobre a Juventus, os romanistas desabaram após uma expulsão infantil e um pênalti que deixou os neroverdi em vantagem – apesar da luta e da persistência dos anfitriões.

No início, o roteiro não teve surpresas: a Roma se impôs e, por um detalhe chamado Consigli, não saiu na frente aos 2 minutos. Wijnaldum parou no arqueiro neroverde, assim como Abraham. Pouco depois, uma das leis máximas do futebol – “quem não faz, leva” – foi aplicada. Pinamonti chutou cruzado, Rui Patrício espalmou e, após cochilo de Ibañez, Laurienté anotou no rebote. Aos 18, depois de mais inconsistência do arqueiro e da zaga mandante, o francês recebeu de Berardi e fez mais um.

Visivelmente abalada diante da vantagem construída pelos visitantes, a Roma voltou para o jogo aos 26. Zalewski emendou um voleio após cruzamento de Spinazzola, chutou na direção do chão e o quique da bola encobriu Consigli. A reação, no entanto, foi por água abaixo nos acréscimos do primeiro tempo. Kumbulla se enroscou com Rui Patrício e chutou Berardi, em lance disputado na área. A expulsão do zagueiro foi recomendada pelo VAR, aceita pelo árbitro de campo e o pênalti convertido por Berardi ampliou a vantagem dos emilianos antes do intervalo.

Mourinho apostou na entrada de Dybala na etapa complementar e não se decepcionou. Aos 50, o argentino arriscou um chute colocado e acertou onde a coruja dorme para reduzir a diferença no placar. A desvantagem numérica, entretanto, deixou os romanistas indecisos entre sustentar a pressão ou buscar o empate de maneira mais conservadora. Mesmo com um a menos, os giallorossi criaram algumas oportunidades, mas receberam uma ducha de água fria aos 75, quando Pinamonti finalizou sem chances para Rui Patrício. Quando a Roma fez o terceiro, com Wijnaldum, já era tarde demais.

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A Salernitana de Paulo Sousa segurou o Milan em San Siro; técnico português está invicto no comando dos grenás (Getty)

Juventus 4-2 Sampdoria

Gols e assistências: Bremer (Kostic), Rabiot (Miretti), Rabiot (Fagioli) e Soulé; Augello e Djuricic (Zanioli) Tops: Rabiot e Bremer (Juventus) Flops: Vlahovic (Juventus) e Winks (Sampdoria)

Em uma das muitas partidas de placar extravagante que ocorreram nesta rodada, a Juventus escapou de repetir o papelão da Roma em casa. Afinal, tinha como oponente a Sampdoria, atual lanterna da Serie A e dona de uma jejum de nove jogos sem vencer. Os juventinos não ficaram em desvantagem no placar, mas o empate cedido após abrirem 2 a 0 deixou a torcida e os próprios jogadores atônitos.

A Juventus era dona das ações desde cedo, mas ficou em estado de alerta já aos 6 minutos. Gabbiadini recebeu lançamento “à Bonucci” de Günter e, cara a cara com Perin, falhou na conclusão. A Velha Senhora decidiu pôr as coisas no devido lugar na sequência. Aos 11, Kostic cobrou escanteio e Bremer cabeceou com firmeza, mandando para o fundo do barbante. Dominantes no jogo, os bianconeri ampliaram aos 26, novamente em uma jogada de bola parada – agora saindo dos pés de Miretti. O prata da casa levantou e Rabiot testou no ângulo.

Game over? De jeito nenhum. A Sampdoria, apesar da situação precária e da desvantagem, não desistiu e, em menos de cem segundos, fez 2 a 2: aos 31, Augello soltou um petardo de primeira e guardou. Um minuto depois, o apagão da Juventus já era absoluto. Zanoli serviu Djuricic, que deixou o Allianz Stadium boquiaberto. As vaias na saída do intervalo foram ensurdecedoras.

Massimiliano Allegri redesenhou a Juventus entre uma hora e outra, com as entradas de Locatelli e Cuadrado nos lugares de Barrenechea e Bonucci, respectivamente, com De Sciglio juntando-se a Danilo e Bremer no trio defensivo. A primeira tentativa foi de Vlahovic, em falta batida aos 53 minutos, mas o chute do sérvio foi direto na barreira. Assim, aos 64 minutos, Rabiot decidiu que queria vencer o jogo sozinho. Os zagueiros da Sampdoria tentaram derrubá-lo, mas o francês conseguiu triangular com Fagioli e efetuar um belo chute no canto superior de Turk.

A chance de matar o jogo surgiu em seguida, após Cuadrado cair na área, mas Vlahovic cobrou o pênalti na trave e o colombiano isolou o rebote. Entre copas e o Campeonato Italiano, o sérvio completou seis rodadas sem marcar. O camisa 9 quase interrompeu o jejum aos 80, mas não teve a sorte a seu lado. Ele desviou de cabeça, Turk fez um milagre e a bola chegou a tocar no travessão. No rebote, Soulé apareceu para completar e fechar o marcador.

Foi uma vitória mais dramática do que se planejava, mas os bianconeri seguem na missão de recuperar os pontos perdidos pela punição por fraude fiscal e garantirem, ao menos, uma vaga nas competições europeias de escalão inferior. Já a Sampdoria permanece em situação delicada e quase irreversível na lanterna, ao lado da Cremonese, com 12 pontos somados.

Bologna 0-0 Lazio

Tops: Barrow (Bologna) e Zacagni (Lazio) Flops: Posch (Bologna) e Milinkovic Savic (Lazio)

Um jogo de freio de mão puxado. Talvez seja a definição mais precisa do embate no Renato Dall’Ara. As emoções se concentraram sobretudo no primeiro tempo, quando ambos os times tiveram oportunidades claras de abrir o marcador. Da incompetência às lamentações, os adversários foram proporcionalmente semelhantes na capital da Emília-Romanha. As duas equipes subiram na tabela e continuam cultivando seus respectivos objetivos – Champions League para os laziali e Conference League, do lado rossoblù.

O primeiro toque veio dos donos da casa, aos 7 minutos, com um chute de Barrow, que subiu demais. Aos 15 foi a Lazio que ficou perto de marcar, com Pedro, mas o espanhol não conseguiu aproveitar a assistência do compatriota Luis Alberto: o arremate do ex-Barça saiu ao lado. Uma oportunidade para ambos os times em um jogo que esteve essencialmente travado na primeira meia hora. A densidade do Bologna no meio-campo impediu a Lazio de desenvolver as tramas de jogo habituais. Mas, para isso, os comandados de Thiago Motta tiveram de manter as linhas baixas e, consequentemente, acertarem o momento ideal para contra-atacarem.

Cerca de meia hora depois, no entanto, o Bologna acelerou e, em cinco minutos, criou duas chances. Na primeira, Ferguson cabeceou na trave, após cruzamento de Kyriakopoulos; depois, Provedel realizou uma defesa fenomenal para impedir o gol de Barrow. Depois de arriscar, a Lazio acelerou, voltou a jogar e, por sua vez, esteve perto de marcar por duas vezes, ambas na mesma jogada. Skorupski se superou em poucos segundos para negar o gol a Luis Alberto e a Felipe Anderson.

No segundo tempo, o Bologna arriscou um pouco mais do que a Lazio. Nos primeiros 15 minutos, Kyriakopoulos assustou os rossoblù duas vezes: Na primeira, chutou ao lado; na segunda, foi parado por Lazzari. Em busca de alternativas, Thiago Motta promoveu substituições corajosas, mas não houve mudança efetiva na atuação em campo – à exceção de Barrow, que foi o único a tentar alguma coisa. Maurizio Sarri também tentou mexer nos ânimos do time, através de alterações, mas isso também não surtiu o efeito desejado. Com o passar do tempo, as duas equipes pareciam se contentar com o empate sem gols.

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Apesar dos esforços de Dybala, a Roma foi derrotada pelo Sassuolo no Olímpico (Getty)

Lecce 0-2 Torino

Gols e assistências: Singo (Miranchuk) e Sanabria (Radonjic) Tops: Singo e Schuurs (Torino) Flops: Baschirotto e Gendrey (Lecce)

O Torino manteve vivo o sonho de disputar uma competição europeia na próxima temporada após somar três pontos preciosos em jogo disputado no Via del Mare. O Lecce, por sua vez, acumulou a terceira derrota consecutiva e estacionou na zona de perigo, em 15º lugar.

Porém, quem tomou conta da bola nos primeiros 20 minutos foram os salentinos. O time da Apúlia pressionou insistentemente a defesa granata, mas não converteu o domínio da posse em chances reais de gol. Já a equipe de Turim levou perigo para a área adversária. A primeira vez, já aos 6, toda produzida pelos lados, em cruzamento de Rodríguez e cabeceio de Singo, que entrou pelo flanco oposto. Aos 20, uma sequência avassaladora: Miranchuk cruzou e o próprio ala marfinense testou para anotar.

Atordoado, o Lecce não viu Radonjic ligar o acelerador à frente de Baschirotto. O sérvio assinou um passe na medida no centro da área e Sanabria só fez empurrar para o gol, aos 23. Depois disso, o ritmo da partida aumentou e os ânimos ficaram acirrados. Uma disputa entre Ilic e Gabriel Strefezza iniciou uma confusão da qual todos participaram: jogadores, treinadores e, sim, dirigentes. O saldo foi de dois expulsos (Stefano Trinchera, diretor do Lecce, e um fisioterapeuta do Torino) e de três cartões amarelos (Ilic, Milinkovic-Savic e Strefezza).

Mais ousado na volta do intervalo, o Lecce tentou dar a volta por cima. Contudo, Hjulmand saiu com dores e, se faltava mais repertório dos giallorossi no planejamento das jogadas, a consistência ofensiva ficou praticamente nula a partir da saída de seu capitão e regente. Além de um chute de Oudin, o time da casa não finalizou mais a gol. O triunfo do Toro estava consolidado.

Cremonese 0-2 Fiorentina

Gols e assistências: Mandragora (Ikoné) e Arthur Cabral (Mandragora) Tops: Mandragora e Milenkovic (Fiorentina) Flops: Dessers e Sernicola (Cremonese)

Virtualmente rebaixada na Serie A, a Cremonese joga cada vez mais as fichas da temporada na semifinal da Coppa Italia – justamente contra a Fiorentina. Os grigiorossi pareciam mais resignados do que nunca ante uma Viola que não precisou fazer muito esforço e pode poupar energias para seus compromisso ante o Sivasspor, na Conference League. Em boa fase, a equipe de Vincenzo Italiano alcançou a quinta vitória consecutiva, considerando todas as competições.

Depois de Sirigu tomar um susto em cabeçada de Dessers, que passou por cima do travessão, a Fiorentina assumiu o comando das operações – mas só aos 15 minutos o ritmo do Viola aumentou. Só à direita, na realidade, com Dodò e Ikoné, enquanto, do outro lado, Saponara não contribuiu tanto quanto os companheiros de ataque. A solução, portanto, veio de trás. Aos 38, Mandragora pegou a sobra na entrada da área e encaçapou a bola na rede. Primeiro e único chute a gol no primeiro tempo.

A Fiorentina recomeçou o jogo com Brekalo no lugar de Saponara – e, quase instantaneamente, o extremo croata correspondeu às expectativas de Italiano. Aos 50 minutos, Biraghi lançou o atacante na vertical e ele buscou Mandragora na entrada da área. O meia combinou uma dobradinha com Barák, recebeu de volta e cruzou para Arthur Cabral, artilheiro da Viola, com seis gols marcados, só completar. Só aos 74 é que a Cremo conseguiu o primeiro escanteio e, aos 80, as suas duas únicas chances. No fim das contas, tivemos um duelo morno, entre duas equipes aparentemente sem objetivos no campeonato. Na prática, falta pouco para isso se concretizar.

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Dá para chegar? Comandada por Rabiot, a Juventus bateu a Sampdoria e encostou na Atalanta, sexta colocada (Getty)

Empoli 0-1 Udinese

Gol e assistência: Rodrigo Becão (Lovric) Tops: Rodrigo Becão e Bijol (Udinese) Flops: Caputo e Stojanovic (Empoli)

Se por um lado a série negativa de seis jogos da Udinese acabou no Carlo Castellani, a sequência do Empoli aumentou para sete partidas sem vitória. Três pontos fundamentais para manter vivo o sonho de vaga na Conference League para os friulanos e aumentar a preocupação na Toscana. Apesar da nula produtividade ofensiva dos azzurri, a derrota se tornou mais dolorida pela infeliz colaboração de Luperto no cabeceio de Rodrigo Becão.

Em um jogo muito disputado fisicamente, a Udinese se fechou e implementou um jogo direto com os passes longos de Bijol. Faltou emoção até os 21 minutos, quando o goleiro Perisan saiu mal no escanteio cobrado por Lovric e, para a sorte dele, a rota da bola acabou na linha de fundo. A Udinese se iluminou na individualidade de Udogie, mas Parisi o interrompeu na hora certa. Success também tentou, tanto de cabeça quanto com os pés, mas sabe-se que o nigeriano não tem um “feeling” particular com o gol.

Aos 54 minutos, a Udinese abriu o placar. Lovric bateu escanteio, Becão desviou e, no meio do caminho, a trajetória da bola encontrou a cabeça de Luperto. O gol foi dado para o brasileiro, o que lhe permitiu ser o autor do tento de número 2500 de atletas verde e amarelos na Serie A. O Empoli ainda acordou, impulsionado por Baldanzi, que tentou duas vezes. Mas o time da Toscana não conseguiu ser efetivo e parou na parede amarela formada pelos friulanos, vestidos com seu uniforme alternativo.

Verona 1-1 Monza

Gols e assistências: Verdi; Sensi (Carlos Augusto) Tops: Verdi (Verona) e Pablo Marí (Monza) Flops: Doig (Verona) e Izzo (Monza)

Um empate em 1 a 1 com sabor amargo no Marcantonio Bentegodi – ao menos para os mandantes. O Verona viu a luz do fim do túnel ficar mais longe após o empate em casa e a vitória do Spezia. A combinação de resultados deixou os scaligeri a cinco pontos da saída da zona de rebaixamento. Já o Monza somou mais um pontinho para sacramentar o objetivo de continuar na zona intermediária da tabela.

Diante do resultado do jogo entre Spezia e Inter, a expectativa girava em torno de um Verona com postura mais agressiva. Os números falam por si só: sete escanteios em 28 minutos favoráveis contra nenhum do Monza. Os brianzoli, todavia, pareciam demasiadamente passivos na troca de passes sem objetivo. Petagna, duas vezes, e dois chutes de longe de Ciurria foram os pontos altos de um primeiro tempo moderado da equipe de Raffaele Palladino.

Logo aos 51, a pressão do Verona gerou resultado: Verdi tomou posse na intermediária, chutou e Di Gregorio não conseguiu fazer nada. Mas a resposta do Monza veio três minutos depois. Em jogada construída na esquerda, Carlos Augusto cruzou rasteiro para Sensi, que fez o gol. O jogo ganhou vida por algum tempo, e o mérito disso foi dos visitantes. O time de Palladino passaria à frente com Caprari, se o VAR não apontasse impedimento. Dali em diante, a partida entrou numa zona morta em que o protagonismo ficou por conta das substituições dos dois treinadores – que, no entanto, não alteraram o resultado nem a tensão emocional da peleja.

Seleção da rodada

Dragowski (Spezia); Rrahmani (Napoli), Schuurs (Torino), Kim (Napoli); Singo (Torino), Mandragora (Fiorentina), Rabiot (Juventus), Laurienté (Sassuolo); Berardi (Sassuolo), Nzola (Spezia), Kvaratskhelia (Napoli). Técnico: Alessio Dionisi (Sassuolo).

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