21ª rodada: a Juventus se valeu de ‘folga’ da Inter e, com jogo a mais, virou líder da Serie A | OneFootball

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Calciopédia

·23 de janeiro de 2024

21ª rodada: a Juventus se valeu de ‘folga’ da Inter e, com jogo a mais, virou líder da Serie A

Imagem do artigo:21ª rodada: a Juventus se valeu de ‘folga’ da Inter e, com jogo a mais, virou líder da Serie A

Massimiliano Allegri pode insistir em afirmar que o objetivo da Juventus é garantir uma vaga na próxima Champions League, mas fato é que os bianconeri chegaram ao começo do segundo turno da Serie A numa situação melhor do que a de 2023. O “corto muso” foi deixado de lado e a equipe de Turim anda esbanjando gols: dez foram marcados nos últimos três jogos, em um ataque liderado por um inspirado Vlahovic. O sérvio já ultrapassou o número de tentos da última temporada e parece finalmente ter se adaptado 100% à Juve, que lidera a competição com uma partida a mais do que a Inter, sua grande rival.

Quem com certeza se sente muito em casa é Daniele De Rossi. O ídolo da Roma assumiu a equipe capitolina em momento delicado. José Mourinho foi demitido depois de os giallorossi emendarem uma sequência de muitos jogos sem bom futebol e resultados, mas isso em nada mudou o amor da torcida, que levou muitas faixas em homenagem ao português na estreia do eterno capitão como treinador – e, claro, o Olímpico também estava repleto de odes ao ex-volante. E a primeira impressão foi boa, com a vitória e uma boa primeira etapa.


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Infelizmente, uma das partidas da rodada ficou marcada por um destaque negativo. Maignan foi alvo de insultos racistas no confronto entre Udinese e Milan, avisou a arbitragem sobre o que estava acontecendo mais de uma vez e o jogo chegou a ser suspenso – com o goleiro se dirigindo aos vestiários, porque os gritos simplesmente não cessavam. Esse foi o primeiro caso mais grave do gênero em 2024, mostrando que as medidas tomadas em todos os anos anteriores não vêm sendo efetivas.

Confira essa e outras histórias no resumo de (parte) da rodada.

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Lecce 0-3 Juventus

Gols e assistências: Vlahovic (Cambiaso), Vlahovic (McKennie) e Bremer (Iling-Junior) Tops: Vlahovic e McKennie (Juventus) Flops: Blin e Gendrey (Lecce)

Allegri vai terminar o final de semana com muitos motivos para sorrir. Ele se tornou o terceiro treinador a chegar à marca de 300 vitórias na Serie A e vê sua Juventus apresentar o melhor futebol desde que retornou a Turim. Já são 10 gols nos últimos três jogos e, além disso, a liderança provisória da liga foi conquistada. Os bianconeri têm um jogo a mais porque a Inter teve o duelo com a Atalanta adiado em virtude de sua participação na Supercopa Italiana – da qual se sagrou tricampeã consecutiva.

Depois de um primeiro tempo um pouco abaixo da crítica, no qual o Lecce teve seus méritos, os bianconeri voltaram com tudo na segunda etapa. Vlahovic tornou a mostrar um faro de gol apuradíssimo: primeiro, emendou uma bela finalização após um cruzamento de Cambiaso com um voleio mascado, mas que entrou no ângulo. Depois, “roubou” um tento de McKennie ao completar a cabeçada do estadunidense já em cima da linha. E, por fim, a forte testada de Bremer foi só uma cereja do bolo em mais uma partida dominante do zagueiro brasileiro.

Com o resultado, a Juventus chegou a 52 pontos em 21 jogos – um a mais do que a Inter. O Lecce, por sua vez, caiu para a 14ª posição e vê a zona de rebaixamento mais próxima: a vantagem sobre o Verona, que abre a região da degola, é de apenas quatro pontinhos.

Udinese 2-3 Milan

Gols e assistências: Samardzic (Lucca) e Thauvin; Loftus-Cheek (Hernandez), Jovic e Okafor (Giroud) Tops: Giroud e Loftus-Cheek (Milan) Flops: Pereyra e Ebosele (Udinese)

Infelizmente, o futebol ficou em segundo plano em Udinese e Milan. Ainda no primeiro tempo, o jogo foi suspenso por coros racistas direcionado a Maignan, goleiro rossonero. O francês chegou a se dirigir até os vestiários e depois voltou ao gramado para disputar o restante da partida. Nas redes sociais, Mike se manifestou e exigiu ações concretas das autoridades italianas. Até o momento, um torcedor friulano foi identificado. Ele teria repetido a frase “negro de merda” 12 vezes.

Com bola rolando, Giroud perdeu ótima oportunidade cara a cara com Okoye, aos 16 minutos – sim, o arqueiro da Udinese é nigeriano e negro, tal qual Maignan. Depois, Loftus-Cheek abriu o placar do jeito que os rossoneri tem funcionado muito bem em 2024: construção pela esquerda e participação direta de Hernandez, desta vez com uma assistência. Os donos da casa empataram ainda na primeira etapa, com o talentoso Samardzic. Tendo liberdade pelo meio, o sérvio deixou Kjaer no chão e bateu com precisão, no canto.

A virada veio no meio do segundo tempo. Dessa vez, Reijnders e Hernandez se complicaram com a bola nos pés e Thauvin foi ligeiro. Roubou a bola e fuzilou em direção ao gol de Maignan, que também não foi perfeito no lance – ao contrário de pouco antes, quando havia feito defesaça ante Payero. Precisando recuperar a dianteira, Stefano Pioli ousou e colocou a equipe para frente, substituindo Pulisic e Reijnders por dois centroavantes. O resultado foi imediato.

Com menos de dez minutos faltando para o final da partida, Giroud contou com desvio na zaga para carimbar o travessão e, no rebote, Jovic mergulhou de peixinho para empatar a partida. Nos acréscimos, Okafor aproveitou a escorada do francês após cobrança de escanteio e não se intimidou mesmo cara a cara com o goleiro, sacramentando a segunda virada do duelo e deixando o Milan cada vez mais isolado na terceira posição.

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Alvo de ofensas racistas em Údine, Maignan pode celebrar a virada do Milan no final (Getty)

Roma 2-1 Verona

Gols e assistências: Lukaku (El Shaarawy) e Pellegrini (El Shaarawy); Folorunsho Tops: El Shaarawy e Pellegrini (Roma) Flops: Djuric e Tchatchoua (Verona)

Na estreia de De Rossi como treinador dos giallorossi, o torcedor da Roma não podia ter esperado um primeiro tempo melhor. Começando a partida muito bem, a equipe da casa não deu chances ao Verona, que melhorou muito na segunda etapa – mas não o suficiente para conseguir o empate. E vale destacar que o estádio estava repleto de homenagens a Mourinho: embora demitido e criticado recentemente, o português segue como único técnico romanista a ter levantado um troféu continental. Por pouco não foram dois.

El Shaarawy, começando como titular, puxou um rápido contra-ataque aos 18 e, após deixar Tchatchoua sentado no chão, tocou para Lukaku chegar batendo no cantinho. Depois, foi a vez de o belga iniciar a jogada. Seis minutos depois, o camisa 9 cruzou, o ítalo-egípcio deu uma leve ajeitada – novamente ganhando de Tchatchoua – e a sobra ficou com Pellegrini, que estufou as redes com a perna esquerda. Huijsen ainda perdeu uma excelente oportunidade, aos 30.

Após o intervalo, o Verona cresceu na partida e começou a criar sua chances. Primeiro, teve um gol anulado, por falta de Folorunsho sobre Karsdorp. Aos 62 minutos, Djuric cabeceou e a bola foi bloqueada pelo braço de Llorente, resultando em pênalti para os visitantes. O próprio bósnio foi para a cobrança e isolou.

Aos 76, Folorunsho ratificou a vontade mostrada em entrevistas pré-jogo. O ítalo-nigeriano nasceu em Roma, foi revelado pela base da Lazio e não escondeu que, além de ser torcedor celeste, queria marcar sobre a sua arquirrival. O meia recebeu no círculo central, driblou dois adversários – inclusive, deu uma caneta em Paredes – e soltou um chute cheio de efeito. Rui Patrício deu uma ajudinha, mas acabou surpreendido pela curva da bola. No fim das contas, a Loba manteve a vantagem e ascendeu à sétima posição, apesar de ter uma partida a mais do que seis de seus adversários diretos por vaga europeia. O Verona, por sua vez, segue na zona de rebaixamento.

Frosinone 3-1 Cagliari

Gols e assistências: Mazzitelli (Harroui), Soulé e Kaio Jorge (Zortea); Sulemana Tops: Turati e Soulé (Frosinone) Flops: Wieteska e Viola (Cagliari)

Demorou, mas finalmente acabou a série de jogos sem vitórias do Frosinone. Após sete rodadas sem triunfos, com direito a seis derrotas no período, a jovem equipe que vinha encantando a Itália começava a se aproximar da zona de rebaixamento. Até que, no confronto direto com o Cagliari, se vingou da virada sofrida para os sardos no primeiro turno: saiu atrás do placar e conseguiu um triunfo com autoridade.

Ainda na etapa inicial, o ganês Sulemana aproveitou a espirrada de um cruzamento na área para fazer o primeiro gol da partida – e o seu primeiro com a camisa rossoblù. Quase no intervalo, o Frosinone teve um tento anulado por falta de Brescianini. No segundo tempo, a pressão incessante dos mandantes fez com que a virada viesse naturalmente.

Gelli, enfaixado na testa, quase marcou com apenas oito minutos de bola rolando após o intervalo, porém Scuffet fez uma boa defesa. Depois, não teve jeito: aos 64, cruzamento na medida de Harroui e Mazzitelli cabeceou com estilo, empatando a partida. De falta, Soulé fez um golaço, batendo colocado, no ângulo dos isolani. Nos acréscimos, Turati salvou o Frosinone com um milagre em violenta testada de Pavoletti, o herói da virada sarda no primeiro turno, e, na sequência, Kaio Jorge aproveitou a ótima assistência de Zortea e só completou para a baliza desguarnecida. Enquanto os canários acumularam uma gordurinha e se afastaram da zona da degola, o Cagliari ganhou outro motivo para ter dor de cabeça no fim de semana. Apesar de estarem fora do Z3, os isolani choram a morte de Luigi Riva, seu maior ídolo.

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De Rossi estreou com vitória no comando da Roma (Getty)

Empoli 3-0 Monza

Gols: Zurkowski, Zurkowski e Zurkowski Tops: Zurkowski e Cambiaghi (Empoli) Flops: Colombo e Mota (Monza)

O bombeiro chegou. Davide Nicola não poderia pedir por uma estreia melhor no comando do Empoli. Não só venceu, como o fez com autoridade, sem sofrer gols e com um show do repatriado Zurkowski, que voltou à Toscana no início de janeiro e anotou logo três vezes. Não foi uma partida dominante, apesar do placar, mas foi mais do que suficiente para bater um Monza pouco efetivo.

A tarde foi de Zurkowski: o polonês se tornou o primeiro atleta de seu país a guardar uma tripletta na Serie A e chegou a quatro gols em dois jogos em sua segunda passagem pelo Empoli. E com isso, por incrível que pareça, já é o artilheiro do time na Serie A. Ou nem tanto, se considerarmos que, mesmo com a vitória, os azzurri seguem em penúltimo.

O primeiro gol do meia foi uma pintura. Logo após Gyasi desperdiçar chance cara a cara com Sorrentino, Cambiaghi efetuou cruzamento na área e, na sobra, sem deixar a bola afastada por Pablo Marí cair, Zurkowski emendou um belo voleio.

Ainda antes do intervalo, o Empoli voltou a acionar uma fórmula de sucesso: passe em profundidade de Luperto pela esquerda e tentativa de cruzamento de Cambiaghi. O ponta encontrou Cerri dentro da área mas Sorrentino fez uma defesaça. No rebote, Zurkowski completou de cabeça, com o goleirão ainda levantando. O Monza até tentou algo após o intervalo, mas o terceiro do polaco veio em uma finalização travada de Shpendi, que desarmou toda defesa do Monza e deixou o caminho livre para o iluminado guardar sua tripletta. Detalhe: com um gol de testa, outro de pé direito e mais um com o esquerdo.

Salernitana 1-2 Genoa

Gols e assistências: Martegani (Bradaric); Retegui (Badelj) e Gudmundsson (pênalti) Tops: Badelj e Gudmundsson (Genoa) Flops: Gyömbér e Lovato (Salernitana)

A dupla de craques do Genoa resolveu a parada para o time de Alberto Gilardino. Retegui, que andava em baixa, por conta das lesões, e o imparável Gudmundsson fizeram os gols da virada que afastou os grifoni da zona de rebaixamento e afundou ainda mais a Salernitana na lanterna da Serie A.

As coisas começaram melhores para os donos da casa. Candreva lançou Bradaric na ponta esquerda, o ala cruzou de primeira e Martegani chegou completando para marcar o gol mais rápido dos granata na elite do futebol italiano – apenas 87 segundos. Cerca de 10 minutos depois, uma excelente jogada construída pelos rossoblù foi concluída com perfeição por Retegui, que balançou as redes depois de três meses. Na comemoração, o atacante foi atingido por um pacote de chocolate lançado das tribunas. Strootman ironizou e comeu o lanche, mas o fato é que choveram outros objetos: o árbitro Daniele Orsato recolheu uma pedra que, felizmente, não feriu ninguém.

Centrada em Candreva, a Salernitana teve algumas boas chances antes do intervalo. Porém, pouco após o descanso, a virada do Genoa não podia ter vindo de outros pés. Lovato cometeu erro crasso e colocou o braço na bola dentro da área, permitindo que, Gudmundsson, o homem de gelo, convertesse a penalidade com frieza. A melhor chance de empate da Salernitana foi uma falta muito próxima ao gol, mas Candreva encheu o pé e carimbou o travessão.

Bologna-Fiorentina

Adiado para 14 de fevereiro.

Torino-Lazio

Adiado para 22 de fevereiro.

Sassuolo-Napoli

Adiado para 28 de fevereiro.

Inter-Atalanta

Adiado para 28 de fevereiro.

Seleção da rodada

Turati (Frosinone); Bremer (Juventus), Luperto (Empoli), Cambiaso (Juventus); McKennie (Juventus), Zurkowski (Empoli), Loftus-Cheek (Milan), El Shaarawy (Roma); Soulé (Frosinone), Vlahovic (Juventus), Cambiaghi (Empoli). Técnico: Davide Nicola (Empoli).

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