14ª rodada: o Napoli deu show, mas fim de semana mostrou que três times brigarão pelo scudetto | OneFootball

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Calciopédia

·30 de novembro de 2021

14ª rodada: o Napoli deu show, mas fim de semana mostrou que três times brigarão pelo scudetto

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Se a primeira impressão é a que fica, quem olhar para os resultados da 14ª rodada da Serie A irá se deparar com o chocolate que o Napoli aplicou sobre a Lazio, que lhe valeu a retomada da liderança isolada da competição. No entanto, um olhar menos superficial sobre o que aconteceu no fim de semana mostra que a corrida pelo scudetto deve ter três competidores. Com uma performance consistente em novembro, a Inter reduziu a desvantagem para os azzurri para quatro pontos e está a apena um do Milan, vice-líder. Em contrapartida, Juventus e Lazio seguem derrapando e veem comprometida inclusiva a sua busca por vagas europeias. Confira no resumo da jornada.


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Napoli 4-0 Lazio

Gols e assistências: Zielinski, Mertens (Insigne), Mertens (Lozano) e Ruiz (Di Lorenzo) Tops: Mertens e Ruiz (Napoli) Flops: Patric e Felipe Anderson (Lazio)

Fechando a rodada, Napoli e Lazio se enfrentaram no Diego Armando Maradona. Inclusive, um ano após a morte do craque que deu novo nome ao estádio, uma estátua do argentino foi inaugurada e houve muitas emoções antes do apito inicial. O clássico do centro-sul entregou tudo e mais um pouco. Aproveitando o vacilo do Milan, os comandados de Spalletti liquidaram a equipe do napolitano Sarri. Mertens, maior artilheiro da história do time azzurro, teve uma noite digna do Pibe d’Oro.

O primeiro tempo começou como de costume: com gol do Napoli. Após jogada lateral de Lozano, Zielinski aproveitou a sobra dentro da área e chutou forte, sem chances para Reina. O segundo veio logo em seguida. Após o lançamento, Insigne recebeu na esquerda e achou Mertens no meio. O belga avançou para dentro da área, deixou dois marcadores no chão e finalizou colocado, vencendo o goleiro da Lazio.

O ritmo era frenético e a Lazio tentou reagir com um bonito chute do espanhol Luis Alberto, de fora da área – Ospina respondeu com grande defesa. Em seguida, a equipe visitante colocou uma bola na trave, mas o Napoli tomou as rédeas do jogo novamente. Depois de girar a bola de um lado para o outro, Lozano tocou para Mertens receber sozinho e chutar de primeira, encobrindo Reina. O espanhol estava um pouco adiantado e foi surpreendido pela finalização de fora da área, que resultou num golaço.

No segundo tempo, o Napoli continuou em cima, mandando no jogo. Reina conseguiu fazer algumas defesas, mas a Lazio não conseguia desafogar: Lobotka e Ruiz dominavam no meio-campo e Koulibaly era um colosso que sombreava Immobile. Com isso, o time da casa ainda fez o quarto, com bela finalização de canhota do meia espanhol.

Mais líder do que nunca e, novamente, com grande atuação, o Napoli passou por uma prova de fogo. O time jogou muito bem sem Osimhen e Anguissa, cujos desfalques em janeiro eram previstos por conta da Copa Africana de Nações – lesionado, o goleador nigeriano sequer disputará o torneio continental. Esse é um bom sinal para Spalletti, que vê a Inter seguir na cola de sua equipe e se juntar de vez ao pelotão de concorrentes pelo título. Já a Lazio, sexta colocada, se vê em apuros: Sarri manifestou profundo descontentamento com as performances dos aquilotti.

Milan 1-3 Sassuolo

Gols e assistências: Romagnoli (Hernandez); Scamacca (Raspadori), Kjaer (contra) e Berardi (Matheus Henrique) Tops: Berardi e Matheus Henrique (Sassuolo) Flops: Bakayoko e Romagnoli (Milan)

Em jogo de quatro gols, o Sassuolo surpreendeu o Milan, vice-líder, num San Siro lotado. Na capital da Lombardia, a torcida rossonera acompanhou uma piada de muito mal gosto: ao sofrer a virada, o Diavolo perdeu sua segunda partida consecutiva na Serie A, o que não acontecia desde abril. Naquela ocasião, um tropeço caseiro para os neroverdi também integrou a sequência negativa.

O Milan entrou em campo com o objetivo de assumir, provisoriamente, a liderança. Mas os comandados de Pioli pararam na consistente atuação do Sassuolo, que parecia jogar em casa. Os neroverdi vinham de um empate e só a vitória interessava para que eles se distanciassem, ainda mais, da parte debaixo da tabela. Foi o que aconteceu, mas os verdadeiros mandante é que abriram o placar: aos 21 minutos, Hernandez cobrou escanteio na cabeça do capitão Romagnoli, que – esquecido por Scamacca – subiu praticamente sozinho e testou no canto do goleiro.

A reação veio em seguida: após pressionar a saída de bola, Raspadori antecipou o passe de Bakayoko, avançou e tocou para Scamacca, que mandou a bola no trinco. Maignan, que retornava de lesão, só pode assistir a bola morrer em seu ângulo esquerdo. A virada veio aos 33, após sobra de escanteio dentro da grande área. A bola caiu novamente nos pés de Scamacca que chutou forte: o arqueiro até fez a defesa com os pés, mas a bola bateu no zagueirão Kjaer e morreu nas redes. Isso tudo no primeiro tempo.

Na etapa final da partida, o Sassuolo continuou pressionando e, numa dessas investidas, aos 66 minutos, anotou o terceiro. Matheus Henrique – que formou um grande trio de meias com Frattesi e Lopez – foi marcar a saída de bola do Milan e roubou a posse de Kessié, já entregando para Berardi. O atacante invadiu a área milanista e chamou Romagnoli para dançar, deixando o capitão no chão antes de finalizar por entre as pernas de Maignan e fazer o seu 10º gol contra os rossoneri.

O Milan até tentou reagir, mas fazia um jogo muito abaixo do seu nível em todos os setores – em contraste a um Sassuolo muito bem organizado. Quando chegou, o Diavolo parou nas defesas de Consigli. E, ainda por cima, viu Romagnoli coroar sua movimentada partida com uma expulsão após matar contra-ataque neroverde com falta sobre Defrel.

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Scamacca ajudou o Sassuolo a derrubar o Milan em pleno San Siro (LaPresse)

Venezia 0-2 Inter

Gols: Çalhanoglu e Martínez (pênalti) Tops: Skriniar e Çalhanoglu (Inter) Flops: Mazzocchi e Haps (Venezia)

No Pier Luigi Penzo, a Inter se valeu da lei do mínimo esforço para derrotar o Venezia, manter o contato com o Napoli e colar no Milan, que agora está apenas um ponto à sua frente. Devido à maratona de jogos que a sua equipe está atravessando, Simone Inzaghi deu descanso a Ranocchia e Lautaro, além de orientar os jogadores que foram a campo a dominarem a partida com posse de bola e um ritmo mais baixo do que o habitual. Assim, a Beneamata teve uma gestão tranquila da peleja e não se cansou muito no Vêneto.

Diante de um Venezia com linhas de marcação baixíssimas, a Inter foi fazendo o seu jogo e teve muitas finalizações bloqueadas. A primeira que não bateu no muro arancioneroverde, não foi para fora ou não foi facilmente defendida por Romero, entrou. Aos 34, Çalhanoglu chutou forte e no canto para anotar, pela primeira vez em sua carreira, em três partidas seguidas num campeonato nacional.

No fim do primeiro tempo e no início do segundo, o Venezia tentou chegar ao empate através de chutes de longa distância de Aramu. Aos 39, o meia-atacante mandou uma pedrada de canhota, a bola saiu variando e Handanovic, em uma grande defesa, espalmou para escanteio – a finalização posterior passou perto de sua trave. Dali em diante, a Inter tomou as rédeas do jogo e fez o que já vinha executando na etapa inicial, além de aproveitar para agredir em contragolpes. O segundo gol, porém, só sairia no último lance, quando Haps travou um chute de Martínez, mas acabou tocando na pelota com a mão. O próprio Lautaro converteu a penalidade.

Juventus 0-1 Atalanta

Gol e assistência: Zapata (Djimsiti) Tops: Rafael Toloi e Demiral (Atalanta) Flops: Morata e De Ligt (Juventus)

O fim de semana não foi nada bom para a Juventus, que perdeu o confronto direto com a Atalanta e viu a zona de classificação para a Champions League ficar mais distante: quarta colocada, a Dea abriu sete pontos para a Velha Senhora. O resultado, aliás, consolidou o melhor começo dos nerazzurri como visitantes na elite, com 19 pontos conquistados em 21 possíveis, e a pior reta inicial da gigante piemontesa em seus domínios – são três derrotas, igualando os desempenhos de 1948-49 e 1956-57.

A verdade é que desde a última temporada o Allianz Stadium não tem assustado os visitantes: se, entre 2011 e 2020, a Juventus perdeu apenas seis dos 171 jogos da Serie A em sua casa, nos dois últimos campeonatos acumulou o mesmo número de derrotas em apenas 26 partidas. Neste sábado, em nenhum momento a Atalanta deixou de ter o controle da partida e encerrou um jejum de 32 anos sem vencer os bianconeri em Turim.

Uma postura agressiva da Atalanta definiu o tom do jogo ainda na etapa inicial. A equipe de Gasperini não se furtou a parar o jogo quando necessário e teve uma sólida atuação defensiva – como sintetizou a belíssima travada de Rafael Toloi sobre Chiesa, num lance em que o bianconero estava cara a cara com Musso.

A Dea também pressionava a saída de bola da Juve e chegou a seu gol dessa forma, aos 28 minutos, depois que Morata errou no pivô e permitiu que Djimsiti fizesse ligação esperta com Zapata. O colombiano não tomou conhecimento de De Ligt e finalizou com força e precisão, vencendo Szczesny. No segundo tempo, a Velha Senhora tentou reagir, mas pouco teve sucesso em invadir a área nerazzurra. As melhores oportunidades foram um chute colocado de Rabiot, espalmado por Musso, e uma falta que Dybala cobrou, aos 95, acertando o travessão.

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Com gols nas três últimas partidas, Çalhanoglu vem sendo importante para a Inter (Getty)

Roma 1-0 Torino

Gol e assistência: Abraham (Mkhitaryan) Tops: Ibañez e Zaniolo (Roma) Flops: Praet e Lukic (Torino)

Na capital italiana, a Roma recebeu o Torino no Olímpico e não deixou barato para o time do Piemonte: são 15 vitórias da Loba sobre os granata nos 18 últimos jogos realizados na Cidade Eterna. O triunfo magro foi suficiente para manter a equipe de Mourinho na quinta posição e relegou os comandados de Juric para a 13ª posição – duas abaixo da que ocupavam antes de a rodada começar.

No primeiro tempo, o Torino começou pressionando e fazendo bastante jogadas pelos lados, obrigando Rui Patrício a trabalhar. Contudo, em jogada rápida, Mkhitaryan foi clareando no meio e tocou para Abraham chutar à meia altura, no canto esquerdo do goleiro Milinkovic-Savic. Um gol merecido pelo nível de trabalho que o inglês vem mostrando com a camisa giallorossa.

Após o gol, a Roma melhorou na partida e até teve um pênalti marcado a seu favor. Mas em revisão, o VAR anulou a decisão do campo devido a impedimento na origem da jogada. E, ainda no primeiro tempo, Abraham cabeceou certeiro, mas Milinkovic-Savic fez brilhante defesa. No segundo tempo, a Loba administrou o resultado e, muito bem postada defensivamente, não sofreu tanto perigo. Além disso, através de acelerações e arremates de Zaniolo, ainda ficou perto de marcar o segundo. Pelo lado grená, mais um problema: Belotti sofreu lesão muscular e só deve voltar ao time em 2022.

Empoli 2-1 Fiorentina

Gols e assistências: Bandinelli e Pinamonti; Vlahovic (Callejón) Tops: Bajrami e Pinamonti (Empoli) Flops: Terracciano e Milenkovic (Fiorentina)

No clássico toscano, o Empoli voltou a levar a melhor sobre a Fiorentina e chegou a quatro triunfos nos últimos seis jogos contra a maior equipe da região. Com a vitória, o time de Andreazzoli melhorou o seu retrospecto ainda ruim como mandante: agora, tem sete pontos em oito partidas realizadas no Carlo Castellani. Por sua vez, a Viola voltou a sucumbir no segundo tempo e Italiano terá de trabalhar para melhorar o desempenho de seus comandados na parte final das pelejas.

O primeiro tempo foi de superioridade da Fiorentina, que ameaçou em três ocasiões. Ex-Empoli, Saponara fez o goleiro Vicario trabalhar com um chute rasteiro, espalmado para escanteio. Bonaventura, por sua vez, acertou o travessão após ter seu cruzamento desviado por um adversário e desperdiçou chance incrível ao subir sozinho e cabecear para fora. Logo no início da etapa complementar, Vlahovic apareceu e marcou um bonito gol. O sérvio recuou para buscar jogo, lançou Callejón na ponta direita e correu para a área para completar, de carrinho. Foi o 28º tento do centroavante em 2021: assim, ele supera o sueco Hamrin como maior artilheiro da Viola ao longo de um ano.

A Fiorentina teve a chance de matar o jogo, com Bonaventura, mas a boa finalização do meia foi espalmada por Vicario. Àquela altura, parecia que o resultado estava consumado. O Empoli havia melhorado com as entradas de Bajrami e Bandinelli, mas não conseguia superar o bloqueio violeta. Até que, aos 87, Bajrami lançou na área, Milenkovic e Terracciano se atrapalharam e Bandinelli aproveitou a sobra para empatar. Dois minutos depois, o camisa 10 albanês do Empoli criou mais uma jogada: arrancou pelo lado esquerdo e passou para Pinamonti. Odriozola até chegou antes do atacante, mas não cortou e, sem querer, ajeitou a bola para que o rival apenas empurrasse, consolidando a virada azzurra. Agora, a Fiorentina ocupa a sexta posição, com 21 pontos, e o Empoli é o 10º, com 19.

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Sólida, a Atalanta de Zapata e Demiral decretou o fim de um jejum contra a Juventus em Turim (LaPresse)

Sampdoria 3-1 Verona

Gols e assistências: Candreva (Caputo), Ekdal (Candreva) e Murru; Tameze Tops: Candreva e Ekdal (Sampdoria) Flops: Dawidowicz e Faraoni (Verona)

Poucos times conseguem construir uma hegemonia tão grande quanto a que a Sampdoria erigiu contra o Verona em seus domínios. Mesmo em má fase, os blucerchiati encararam a sensação gialloblù de peito aberto e mantiveram a vigência de um tabu impressionante: desde 1972 o Hellas não vence a Samp no Marassi. Além disso, os genoveses chegaram a uma sequência de quatro vitórias seguidas sobre a adversária e se afastaram da zona de rebaixamento.

Quem saiu na frente no duelo foi o Verona. A partida estava equilibrada até que o zagueiro Ferrari teve de sair por lesão. Yoshida entrou em seu lugar e, ainda frio, acabou tendo papel fulcral no gol dos butei: o japonês desviou cabeçada para a frente da área e na hora de cortar o chute de Tameze, errou no gesto técnico e acabou matando Audero. A reação da Samp veio no segundo tempo e, naturalmente, saiu dos pés de Candreva, seu melhor jogador na temporada.

Antonio, que já acionara Caputo para uma finalização perigosa na etapa inicial, deixou sua marca logo aos 51. O próprio atacante doriano ajeitou com o peito e o camisa 87 chegou chutando cruzado para empatar – na comemoração, ainda homenageou Damsgaard, que tem lutado há dois meses contra uma inflamação no joelho. Simeone tentou colocar o Verona novamente no jogo, mas parou em uma defesa de Audero, enquanto Ilic tirou tinta da trave com finalização da entrada da área. Foi aí que Candreva apareceu novamente, dessa vez cobrando falta na cabeça de Ekdal, autor do gol da virada. Já aos 90, o homem da partida ainda fez a jogada que resultou no tento de Murru e no placar de 3 a 1.

Spezia 0-1 Bologna

Gol: Arnautovic (pênalti) Tops: Anautovic e Barrow (Bologna) Flops: Nzola e Nikolaou (Spezia)

Spezia e Bologna se enfrentaram no Alberto Picco num duelo em que a vitória interessava sobretudo aos donos da casa, que se encontram na parte de baixo da tabela, colados na zona de descenso. No entanto, os comandados de Thiago Motta perderam mais uma. E não se engane: o placar poderia ter sido muito mais elástico a favor de Mihajlovic e companhia.

O primeiro tempo foi bem emocionante. O Bologna flutuava em campo e parecia jogar em casa: colocou duas bolas na trave, com Arnautovic e Barrow, e ainda incomodou com as jogadas pelos cantos. Em uma dessas jogadas pelos lados, Arnautovic entrou na área, driblou o defensor, mas sua finalização parou no corte de Erlic.

No segundo tempo, o Bologna continuou em cima e Barrow, após fazer o pivô para Arnautovic, recebeu o passe do austríaco e chutou colocado no canto direito. A bola raspou a trave e saiu pela linha de fundo. O time visitante continuou a incomodar, mas só conseguiu o seu gol aos 83 minutos: após cobrança de falta de Arnautovic, Nzola – que estava na barreira – levantou o braço e interceptou a trajetória da bola. O próprio centroavante foi para a marca da cal e cravou para os visitantes. O gol garantiu os três pontos para os emilianos, que voltaram à sexta posição, empatados com Fiorentina, Juventus e Lazio.

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Abraham reencontrou os gols e, mais uma vez, foi decisivo para a Roma (Getty)

Cagliari 1-1 Salernitana

Gols e assistências: Pavoletti (João Pedro); Bonazzoli (Zortea) Tops: João Pedro (Cagliari) e Bonazzoli (Salernitana) Flops: Nández (Cagliari) e Obi (Salernitana)

Na Sardenha, o Cagliari conseguiu jogar no lixo três pontos importantíssimos contra a Salernitana, sua adversária na briga contra o rebaixamento. O empate, cedido no finalzinho, deixa os times com apenas 8 pontos e os mantêm nas duas últimas posições da Serie A.

A partida entre os dois piores times do campeonato teve um nível condizente com a posição que eles ocupam. O que aconteceu no Unipol Domus também mostrou o quão inferior a Salernitana é ao Cagliari: apesar do empate, os grenás praticamente não incomodaram o goleiro Cragno e se contentaram em resistir às oportunidades parcamente criadas pelos mandantes. No primeiro tempo, por exemplo, os sardos só assustaram em dois cruzamentos. Neles, Keita finalizou de meia-bicicleta, para fora, e João Pedro cabeceou para defesa de Belec.

Pelo Cagliari, João Pedro participava de quase todas as jogadas de ataque, tendo o papel de qualificar os últimos passes e também concluir o que o seu time articulava. O camisa 10 ganhou uma boa companhia quando, aos 60 minutos, Pavoletti deu mais peso ofensivo ao time. Inicialmente, até perdeu uma boa chance, cabeceando a bola para fora num lance em que se atrapalhou com o colega. Aos 73, no entanto, recebeu de Carboni, dividiu com Obi e cruzou rasteiro, na medida para Pavoloso abrir o placar. Parecia o suficiente para o time de Mazzarri, que se manteve superior em campo. Apesar disso, um cruzamento despretensioso pegou os rossoblù desatentos: Nández simplesmente esqueceu de Bonazzoli, que chegou chutando e ainda contou com um gesto imperfeito de Cragno para empatar, aos 90.

Udinese 0-0 Genoa

Tops: Rodrigo Becão (Udinese) e Rovella (Genoa) Flops: Molina (Udinese) e Bianchi (Genoa)

A partida entre Udinese e Genoa abriu o domingo e, apesar dos muitos chutes a gol na Dacia Arena, as equipes protagonizaram o único empate sem bolas nas redes em toda a rodada. Com 10 pontos e apenas uma vitória, o time genovês entrou em campo buscando sua primeira vitória sob o comando de Shevchenko e, consequentemente, a chance de, enfim respirar um pouco fora da zona de rebaixamento. Porém, os rossoblù não conseguiram furar o bloqueio friulano.

Para a Udinese, com 15 pontos e um péssimo desempenho caseiro, bastava manter o Genoa distante na tabela para se recuperar da derrota por 2 a 1 contra o Torino. A vitória seria importante para ganhar posições, mas melhor mesmo era não perder. Por isso, o time de Gotti se manteve cauteloso – principalmente após ver Pereyra, com lesão na clavícula, ser substituído logo aos 15 minutos. Assim, os mandantes só permitiram uma oportunidade digna de nota para os grifoni, quando Rovella lançou e Ekuban finalizou para a defesa de Silvestri.

Na segunda etapa, a Udinese dominou o jogo, pressionando as saídas de bola adversárias, fazendo triangulações com passes rápidos e explorando bastante os lados. No entanto, parou em Sirigu. Em uma das defesas, o goleiro impediu que um chutaço de fora da área do brasileiro Walace estufasse as redes. O Genoa ainda teve uma chance de vencer após posse recuperada no meio-campo e saída rápida em contra-ataque, mas Silvestri garantiu o placar zerado.

Seleção da rodada

Musso (Atalanta); Rafael Toloi (Atalanta), Koulibaly (Napoli), Ferrari (Sassuolo); Candreva (Sampdoria), Ruiz (Napoli), Frattesi (Sassuolo), Matheus Henrique (Sassuolo); Berardi (Sassuolo), Arnautovic (Bologna), Mertens (Napoli). Técnico: Luciano Spalletti (Napoli).

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