
Gazeta Esportiva.com
·15 agosto 2025
Saída de joia irrita diretoria do Corinthians e aumenta pressão sobre Fabinho Soldado

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·15 agosto 2025
A saída do jovem atacante Kauê Furquim para o Bahia respingou até mesmo no executivo de futebol do Corinthians, Fabinho Soldado. A diretoria alvinegra, conforme apurou a Gazeta Esportiva, ficou insatisfeita com a forma como o dirigente conduziu o caso.
Membros da alta cúpula do Timão entendem que a joia não poderia ser relacionada para dois jogos da equipe principal, contra Ceará e Fortaleza, pelo Brasileirão, antes que o clube estivesse protegido. O pensamento é que a exposição do jogador, diante de uma multa baixa para o mercado nacional, de apenas R$ 14 milhões, abriu margem para a saída precoce.
Além disso, segundo informações obtidas pela reportagem, Kauê chegou a fazer exames médicos para assinar com o Bahia sem o conhecimento de Fabinho Soldado.
O Filho do Terrão assinou um primeiro contrato profissional com o Corinthians em abril, mas o valor da multa ficou em R$ 14 milhões. De acordo com a legislação vigente, a multa para o mercado nacional precisa ser equivalente a duas mil vezes o salário do atleta no ato da assinatura do contrato. Já para o exterior, a quantia estipulada foi de 50 milhões de euros (aproximadamente R$ 315 milhões na cotação atual).
(Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)
A insatisfação da diretoria presidida por Osmar Stabile com Fabinho Soldado, no entanto, não se resume ao caso de Kauê Furquim.
Houve também uma divergência nas negociações envolvendo Diego Palacios e Léo Mana. Isso porque a informação de que ambos haviam sido emprestados vazou de dentro do clube, enquanto as operações ainda não haviam sido concluídas. O próprio presidente Osmar Stabile tomou conhecimento do ‘acerto’ através da imprensa.
Ainda existiam algumas condições a serem discutidas, principalmente em relação a Mana. No fim, o Timão acabou acertando o empréstimo do garoto ao Criciúma até o fim de julho de 2026, enquanto Palacios ficará emprestado ao Karpaty, da Ucrânia, até 30 de junho do ano que vem.
O holandês Memphis Depay também foi pivô de um caso que gerou insatisfação da diretoria com Fabinho. O atacante faltou a um treino da equipe no CT Dr. Joaquim Grava por conta de uma dívida referente à premiação do título paulista deste ano.
O jogador alegou falta de comunicação do elenco com a diretoria sobre a dívida e pegou dirigentes de surpresa. No entendimento da alta cúpula, o executivo de futebol deveria fazer o papel de intermediador entre os jogadores e a direção.
(Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)
O Corinthians não pensa em demitir Fabinho Soldado neste momento, mas a Gazeta Esportiva apurou que a pressão aumentou. A diretoria entende que o executivo tem feito um excelente trabalho no que diz respeito a blindagem e gestão do elenco, mas está deixando a desejar em termos de negociação e montagem do plantel.
Fabinho foi contratado pelo clube no início da gestão Augusto Melo e recebeu uma espécie de carta branca para atuar no departamento de futebol. Ele chegou a receber uma sondagem do Santos em meio ao afastamento do antigo presidente, mas decidiu recusar e permanecer no Timão.