SAF ou S.O.S? O Atlético da transparência ainda está engasgado | OneFootball

Por: Gustavo Lopes Pires de Souza

“Não sou especialista em finanças”, disse Paulo Bracks, CSO do Atlético, numa entrevista que escancarou uma realidade já percebida por quem vive o clube de perto: a SAF que prometia estabilidade virou fábrica de desculpas.

Enquanto salários, comissões e luvas estão atrasados, o que se ouve é um mantra repetido: juros altos, Arena atrasada, captação que não veio… Ora, não foi exatamente para isso que venderam o sonho da Sociedade Anônima do Futebol?

A SAF VIROU UM ESCUDO PARA A DESORGANIZAÇÃO?

Quando o Atlético virou SAF, o torcedor foi convencido de que o clube entraria numa nova era de profissionalismo, controle e crescimento sustentável. O que se vê hoje, no entanto, é o clube em chamas e sem água no hidrante:

E agora, com prazo de 90 dias para tentar “se reorganizar”, a SAF se comporta como um clube qualquer… só que sem torcedor no comando.

O GALO VIROU UM ATIVO E O TORCEDOR UMA ESTATÍSTICA

A entrevista de Bracks revela mais do que problemas financeiros: revela uma gestão distante da alma atleticana. Hoje, o torcedor não vota, não opina, não participa. Apenas assiste, paga e sofre.

E o pior: tudo isso sem saber para onde vai o dinheiro, quais são os planos reais da SAF, ou como será paga uma dívida que cresce a cada dia.

A PERGUNTA QUE NÃO CALA

Se até o CSO admite que não é especialista em finanças, quem está tomando as decisões estratégicas do Galo?

E mais: quem vai cobrar resultados quando a estrutura atual não presta contas a ninguém fora da cúpula SAF?

O TORCEDOR DO GALO NÃO É SÓ CONSUMIDOR. É PARTE DO CLUBE!

O Galo é do povo. Mas o povo precisa voltar a ter voz. A democracia no futebol não pode ser trocada por promessas corporativas sem transparência. Enquanto isso, a SAF apaga incêndios com gasolina. E o torcedor, mais uma vez, vê de fora o clube arder.