Roberto Assaf: Flamengo e o mais do mesmo – II | OneFootball

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·2 dicembre 2024

Roberto Assaf: Flamengo e o mais do mesmo – II

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Mais do mesmo. O Flamengo criou e desperdiçou várias oportunidades em praticamente meia hora de jogo, marcou três gols relâmpagos antes do intervalo, cansou inexplicavelmente em 10 minutos após o retorno, e passou a provocar o suspense, mantido até o fim, quando o Internacional, até por erros de seus jogadores, não chegou ao empate. O placar de 3 a 2, na prática, foi um negócio da china para o vencedor.

É provável – apenas provável – que o Internacional tenha imaginado que o Flamengo não daria importância à partida. E quando percebeu o contrário já levara três peixes na rede. A vitória do Rubro-Negro teve dois méritos: o fato de ter entrado em campo efetivamente para ganhar, e de ter derrotado um time que ainda tinha possibilidades de chegar ao título, caso contrário os torcedores do Botafogo diriam que a entrega de pontos – que não ocorreu – era proposital.


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Gabriel entrou restando três minutos regulamentares. Que humilhação é esta? O Flamengo ainda vai ter muito arrependimento por descartar o herói das conquistas pós 2019. Será castigado por esta imbecilidade.

O jogo

O Flamengo construiu um placar irreal – levando-se em conta o momento do Internacional – no primeiro tempo: 3 a 0. Um gol de Léo Ortiz, após cobrança de escanteio, e dois de Michael, em jogadas que envolveram completamente a defesa adversária. O time gaúcho lembrava os pequenos do Rio no Estadual.

Mas quem conhece Flamengo sabe o que está por vir. O ritmo caiu assustadoramente no segundo tempo, o Internacional marcou duas vezes em 20 minutos, com Wesley e Enner Valencia, continuou promovendo mudanças, ameaçando empatar, enquanto a equipe carioca, já exausta, tentava retomar o fôlego, mas o resultado, dadas as circunstâncias, seguia indefinido. O Flamengo sonhando com um contra-ataque fatal e o Internacional perdendo chances claras na pequena área. E ficou assim. Ambos morreram abraçadinhos na tarde de verão carioca.

Equívocos  do Flamengo

O Flamengo de Tite entregou pontos sem cabimento – derrota com juvenis para o Grêmio no Sul e empate com o Cuiabá no Maracanã – e o Internacional foi muito prejudicado com a tragédia no Rio Grande, caso contrário estariam ambos brigando pelo Brasileiro.

Crítica – Repetimos pela 50ª vez: o que há, por ora, é uma realidade, presente nos últimos dois anos: orçamento e Centro de Treinamento de Europa, torcida imensa e fanática, elenco e Comissão Técnica milionários, que são muito bem remunerados, e recebem em dia, mas todos infeliz e inversamente proporcionais ao número de títulos que o clube conquista. Reverter tal situação é o maior desafio para o triênio 2025-26-27.

Vamos aos números. O Flamengo disputou 13 títulos nos últimos dois anos. Em 2023: Supercopa do Brasil, Taça Guanabara, Estadual, Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores, Recopa Sul-Americana e Mundial de Clubes. Em 2024: Taça Guanabara, Estadual, Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores. E ganhou três. Em 13.

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