Leonino
·31 luglio 2025
Recordado dia em que Liedson foi anunciado no Sporting: “Miúdas de biquíni e homens de metralhadora"

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·31 luglio 2025
Com a Supertaça Cândido de Oliveira mesmo à porta, Nélson Feiteirona decidiu recordar um episódio caricato na sua carreira que envolve os dois finalistas, Sporting e Benfica. O jornalista desportivo lembrou a sua ida ao Brasil em 2003, que tinha como intuito a confirmação de Luisão no Benfica, mas que acabou com a descoberta de Liedson como novo jogador do Clube de Alvalade.
“Fui para São Paulo sozinho, em agosto, de manga curta, estava um frio desgraçado. Pensava que no Brasil era sempre verão … E depois tinha de ir para Campinas de carro, onde jogava o Luisão, ele estava no Belo Horizonte e ia jogar a Campinas. Não tinha GPS, nem telemóvel. Conduzi sozinho, pensei que estava perdido, cheguei e dei 30 voltas e não consegui encontrar o estádio. Mas aconteceu. Fiz o jogo, sozinho, estava um frio de rachar. Apanhei o avião para Belo Horizonte, fiz a reportagem, correu tudo ótimo”, começou por dizer Nélson Feiteirona, no programa ‘Hoje Jogo Eu’, do jornal A Bola, recordando assim o dia em que viu Luisão jogar.
De seguida, o jornalista desportivo revela que estava prestes a voltar para Portugal quando descobriu que Liedson seria jogador do Sporting: “Voltei para São Paulo, estava preparado para vir embora, mas no aeroporto vi um empresário conhecido e fui ter com ele, que me disse que o Liedson vai mesmo para o Sporting. Pronto, lá tive de ficar. Lembro-me perfeitamente de ter conseguido ir ter a uma zona de vivendas, em São Paulo, não faço a mínima ideia onde é, com seguranças à porta. Fui lá por intermédio do empresário que disse que as coisas estavam a acontecer, que estavam a ser negociadas ainda, e eu fui para a porta da vivenda, com seguranças armados à porta, chamaram-me, deixaram-me entrar, e foi uma coisa assim de filme”.
Recordando o cenário em que se encontrou, Nélson Feiteirona revela o processo da negociação: “Uma piscina, duas ou três miúdas de biquíni, dois ou três homens de metralhadora, e à mesa o presidente do clube do Liedson, o presidente de um clube que se chamava Paranaense, que tinha uma percentagem de Liedson, mais duas ou três pessoas que nunca soube quem eram, e pronto, as coisas saíram de lá, tudo ok, tudo negociado. Eu fui para o hotel, fiz a reportagem, prontíssimo para ir para Lisboa no dia seguinte, porque já estava muito cansado, e de repente recebo um telefonema: as coisas não estão feitas, porque o Paranaense exige mais dinheiro pela percentagem, uma coisa assim complicada”, continuou por dizer Feiteirona, mencionando um revés nas negociações antes de confirmar em definitivo a transferência.
Por fim, o jornalista revela que foi o próprio presidente do Paranaense quem lhe confirmou que Liedson já estava, de facto, fechado no Sporting: “Fiquei mais ou menos uma noite em São Paulo, no hotel, e no dia seguinte eu lembro-me, completamente desanimado, porque as coisas são intensas e são cansativas, e andam para trás e para a frente, mas correu tudo bem, foi tudo ótimo, porque depois ia para a sala do pequeno-almoço e vem um senhor a passar e eu: ‘Você não é o presidente do Paranaense?’ ‘Ah, sou, sou’. ‘Como é que estão as coisas?’ ‘Tudo resolvido, está tudo bem, o Liedson vai para o Sporting’”, concluiu.
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