Quem dá, também tira | OneFootball

Quem dá, também tira | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: Zerozero

Zerozero

·3 febbraio 2025

Quem dá, também tira

Immagine dell'articolo:Quem dá, também tira

A estreia de Martín Anselmi na Liga Portugal Betclic foi agridoce. Esta segunda-feira, no fecho do mercado, o FC Porto deixou cair pontos na visita ao Rio Ave (2-2). Se a exibição deixou os dragões com a sensação de que o resultado devia ter sido outro, os muitos erros da linha defensiva na construção foram fatais para as aspirações da equipa.

A pouco e pouco, o FC Porto de Martín Anselmi começa a dar sinais do que quer e de como quer. Os primeiros 30 minutos nos Arcos foram de total sufoco da formação portista. O técnico argentino entregou o corredor esquerdo a Francisco Moura e colocou Rodrigo Mora mais por dentro. Do lado contrário, o papel inverteu-se: o ala João Mário foi quem surgiu mais por zonas interiores e Gonçalo Borges, o extremo, conferiu a largura.


OneFootball Video


Em relação ao jogo europeu, o treinador azul e branco mudou no trio defensivo e optou por três defesas centrais «puros» e que tiveram as referências no trio ofensivo vilacondense - Tiago Morais, Kiko Bondoso e Clayton - para os duelos individuais que praticamente sempre estancaram as tentativas de saída dos anfitriões na primeira meia hora. Com bloco alto e com os centrais a saltar sempre na pressão, o FC Porto empurrou o Rio Ave para trás e fez de Cezary Miszta o melhor em campo na etapa inaugural.

A troca de um médio por um defesa na linha de três foi, contudo, um problema para os dragões noutro departamento. Anselmi entregou a construção ao trio composto por Tiago Djaló, Nehuén Pérez e Otávio Ataíde e deixou Stephen Eustaquio mais perto de Alan Varela. Os defesas centrais, contudo, tiveram várias falhas no momento da construção e foi na mais clara de todas, da parte de Nehuén, que o Rio Ave se adiantou. Clayton arrancou para a cara de Diogo Costa, contornou o guardião e abriu o ativo (37') numa altura em que os homens da casa já davam sinais de melhoria e não se remetiam apenas ao jogo direto para o avançado.

Defesa no bem e no mal

Os portistas tinham criado ocasiões mais do que suficientes para estar em vantagem, até confortável, na primeira parte. Apesar da situação adversa no marcador, os forasteiros continuaram a manifestar serenidade e confiança.

Era necessário melhorar os índices de eficácia, porém, e isso não tardou a acontecer. Ainda antes de concluídos os primeiros dez minutos da etapa complementar, Nehuén Pérez redimiu-se com um golo pleno de oportunidade, numa bola perdida dentro da área vilacondense na sequência de um canto.

Os segundos 45 minutos não fugiram muito da imagem dos primeiros. Recompostos os pulmões, que isto de pressionar 45 minutos sem parar é para lá da capacidade humana, o FC Porto retomou a dianteira dos acontecimentos de forma natural. Os dragões voltaram a colocar o Rio Ave sob forte pressão, com destaque para a capacidade da dupla Alan Varela - Eustaquio em recuperar a posse. Os dois centrocampistas, sempre de faca nos dentes, foram tampão para as tentativas do Rio Ave e mantiveram sempre o emblema da Invicta mais perto da baliza contrária.

O filme da segunda metade foi tão fiel ao da primeira, que até o eixo defensivo portista voltou a oferecer uma boia para o Rio Ave se manter à superfície. Otávio Ataíde foi o protagonista de não uma, mas duas falhas clamorosas na construção. Na primeira, Clayton falhou o alvo - lance de maior grau de dificuldade na execução do que o 1-0 - e Ole Pohlmann, na segunda, colocou mesmo o esférico no fundo da baliza de Diogo Costa.

A defesa portista foi protagonista para bem e para o mal. Três minutos depois, Otávio também se redimiu e assinou o empate num remate de meia distância que ainda desviou num adversário.

Nova igualdade abriu a porta para o «assalto» final dos azuis e brancos em busca dos três pontos, mas o jogo descaraterizou-se. Mais com o coração do que com a cabeça, os portistas perderam alguma clarividência no último terço e as aproximações mais perigosas até pertenceram ao Rio Ave, mas o resultado não voltou a mexer.

O FC Porto segue em terceiro lugar, agora com 42 pontos e a dois do Benfica, ao mesmo tempo que a vantagem para o SC Braga encurtou também para dois pontos. O Rio Ave igualou o FC Famalicão no nono lugar com 24 pontos.

Visualizza l' imprint del creator