Jogada10
·14 novembre 2024
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O presidente do Vasco, Pedrinho, em coletiva em São Januário, nesta quinta-feira (14), revelou que não tem interesse pessoal em participar do futebol do clube em caso de nova venda. Ele informou que se a SAF for vendida, o investidor é quem tomará conta do carro chefe do clube.
“O investidor será majoritário. Um ponto para ficar claro. Em nenhum momento em cláusulas contratuais com possíveis investidores, vai ter qualquer tipo de exigência que eu participe do futebol. Essa chance é zero. Todas as cláusulas ali serão de proteção à Instituição. Agora, eu voltando para o associativo numa possível venda, e um possível investidor queira que eu participe, eu vou usar a mesma frase que usei quando era a 777, não sei se vocês lembram: “Estou aqui para contribuir e colaborar. Se precisar de minha ajuda, assim que vai ser”. Mas eu não quero nada de futebol. Nada, nada, nada” disse.
E há, de fato, novos investidores à porta do clube? Pedrinho explica que sim.
“Existem alguns investidores. Mas eu tenho que ter cuidado quando falo de investidores, as pessoas acham que já são negociações avançadas, mas não. Existem alguns e existe um NDA assinado. NDA nada mais é do que uma confidencialidade desse início de conversa, que não vou chamar nem de negociação, isso é comum no mercado. Através desse NDA eu não posso falar quais são os investidores. O que eu posso falar, é que já tem há mais de um mês. Muito mais de um mês”, revelou.
Depois, o presidente subiu o tom em forma de desaprovação a notícias que circulam nas redes sociais. Para ele, há pessoas “aproveitadoras e oportunistas”.
“Surgem alguns personagens nas redes sociais que são aproveitadores e oportunistas. Então, quando eles descobrem que tem um possível investidor e soltam, falam que é como se ele que estivesse trazendo um investidor. Com qual interesse? Porque isso é mentira. Nenhum investidor procura qualquer personagem de rede social para chegar ao Vasco. Isso é uma negociação muito séria, eles vêm direto a mim através de um CEO. Então esses personagens tentam entrar no circuito para ter algum tipo de benefício. Seja ele de num futuro se tornar candidato a vereador, seja interesse em ter comissão no negócio, ou seja mesmo de ajudar o Vasco e não é! Porque as pessoas usam o Vasco para se beneficiar. E às vezes essas pessoas querem me atingir. Só que já falei 500 vezes: “Me atinja diretamente!” Porque quando se fala de uma outra situação, colocando o sentimento do torcedor no meio, é sacanagem! Aí o torcedor está ‘viajando’ milhares de coisas”, enfatizou.
O CEO do clube, Carlos Amodeo, respondeu sobre o pagamento dos compromissos do Vasco, que ficou sem o aporte de setembro da 777 Partners. Ele explicou quais foram as ações que o clube fez para gerar novas receitas e se manter com salários em dias na temporada.
“Primeiro, nós temos que potencializar as receitas do Vasco, que vinham, até então, sendo subutilizadas e subaproveitadas. O Vasco tem um potencial gigantesco, por todo o engajamento de sua torcida, de geração de maior volume de receitas. Então, tão logo anunciamos a contratação do Philippe Coutinho, nós fizemos uma campanha importante de sócio, onde o torcedor prontamente atendeu. E a gente sai do patamar que, na nossa visão é inaceitável, de apenas 32, 33 mil sócios, para um patamar de 65, 70 mil sócios. Isso muda de forma bastante expressiva a nossa receita recorrente mensal. Essa é uma das fontes de receita. Outra coisa, um clube com a grandeza e presença nacional do Vasco, não pode se dar ao luxo de ter propriedades comerciais à disposição sem comercialização na metade da temporada. Então nós trouxemos quatro novos patrocinadores, sendo três já anunciados e um em vias de ser anunciado. E essas receitas de patrocínio estão fazendo frente a uma nova geração de recurso para o clube, que têm permitido, ao longo dos últimos meses, que a gente tenha sucesso no sentido de cumprir todos nossos compromissos internos”, informou Amodeo.
Ele prosseguiu, reutilizando a palavra “reestruturação”, revelando que o clube vem adotando economia e racionalização de gastos.
“Mas, fora isso, a gente tem um número enorme de iniciativas de reestruturação interna, de racionalização das nossas atividades, de redução das nossas despesas para que a gente possa também com essas economias geradas, produzir um resultado melhor e ter disponibilidade de caixa para os nosso compromissos”.
Amodeu seguiu, respondendo pergunta quanto aos compromissos financeiros de 2025. Ele celebrou o fato do clube não ter antecipado receitas do ano que está por vir.
“Esse é um ponto bastante importante. Quando nós assumimos a gestão do clube através da concessão da medida liminar, nós encontramos os cofres do clube praticamente zerados. A partir desse momento, nós também nos deparamos que ainda não existia um volume de receitas do ano de 2025 antecipadas. A medida que foi tomada foi: não vamos antecipar receitas de 2025 para não comprometermos o ano subsequente e vamos aumentar o volume de receitas de 2024 para fazer frente aos compromissos de 2024. Para o próximo ano, o que eu posso dizer, é que as receitas estão praticamente íntegras, ou seja, não houve antecipação dessas receitas, e isso nos dá uma previsibilidade de fluxo de caixa muito melhor para 2025 e as receitas de 2025 também deverão ser substancialmente maiores que 2024 e nos anos anteriores”, informou.