SPFC 24 Horas
·5 febbraio 2025
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·5 febbraio 2025
Créditos: Rubens Chiri, Paulo Pinto e Miguel Schincariol/Saopaulofc.net
As oscilações fazem parte da temporada, e todo time, sem exceção, enfrentará momentos ruins. O São Paulo não está imune a isso. O time vai errar, o técnico pode interpretar mal uma partida, e o torcedor precisa ter discernimento para analisar cada jogo dentro de um contexto maior. Ainda que uma atuação seja abaixo do esperado, não significa que tudo está desmoronando.
A grande verdade é que muitos ainda carregam a frustração da passagem de Luis Zubeldía e o colocam como o principal culpado pelos problemas do time. No entanto, insistir nessa narrativa é ignorar que o futebol é dinâmico e que a nova temporada apresenta desafios e oportunidades diferentes. Criticar é válido, mas é preciso saber direcionar essa crítica para aspectos que realmente fazem diferença.
É fundamental entender a linha que separa um campeonato perdido de um jogo que pode render lições valiosas. O São Paulo está apenas no início da caminhada, e a construção de uma equipe sólida não acontece da noite para o dia. Os erros de hoje podem ser os acertos de amanhã, desde que haja correções e planejamento adequado.
Até o momento, o São Paulo disputou cinco jogos oficiais na temporada, com três vitórias, um empate e apenas uma derrota. Os números, por si só, não justificam o pessimismo extremo de parte da torcida. O desempenho pode e deve melhorar, mas não há motivos para um alarde desproporcional.
Foi uma partida abaixo? Sim, e ninguém nega isso. No entanto, há uma diferença enorme entre reconhecer um jogo ruim e tratar a situação como um desastre irreversível. Desse modo, a histeria coletiva que alguns tentam propagar não condiz com a realidade. A temporada ainda está no começo, e ajustes são naturais.
Ao analisar a partida, fica evidente que o chamado “quarteto mágico” apresentou um desempenho inferior ao esperado. Isso pode ter ocorrido por diferentes fatores, incluindo o estado do gramado, que prejudicou qualquer tentativa de um jogo mais fluido. Em determinados pontos do campo, era impossível praticar um futebol de qualidade.
(Foto: Thiago Braga | Lance!)
A condição do gramado, aliás, segue como uma preocupação constante. O São Paulo enfrentou um cenário completamente adverso, com chuvas fortes que transformaram o campo em uma armadilha para erros técnicos. A FPF deveria ter considerado o adiamento da partida, já que as circunstâncias claramente comprometiam o espetáculo.
Mesmo com as dificuldades, a temporada não se resume a uma única atuação ruim. O São Paulo tem peças de qualidade e um projeto em andamento. Se a execução for bem feita, os resultados virão. Desse modo, o pessimismo exagerado, nesse momento, não ajuda em nada e apenas alimenta um ambiente negativo.
É compreensível que o torcedor exija mais do time, mas isso precisa vir acompanhado de uma visão mais ampla. Uma temporada é feita de altos e baixos, e a paciência para ajustes é parte essencial do processo. Criticar um jogo é válido, mas decretar um fracasso prematuro é precipitado.
Olhando para frente, há razões para acreditar em uma boa temporada. O elenco tem qualidade, o treinador já mostrou que pode fazer o time evoluir, e a diretoria parece ter um planejamento claro. Então, se as correções forem feitas com inteligência, o São Paulo pode colher bons frutos ao longo do ano.
O momento exige equilíbrio. É necessário reconhecer as falhas sem cair em discursos apocalípticos. A temporada apenas começou, e os times ainda têm muito para disputar. O torcedor, como sempre, tem um papel fundamental: cobrar com coerência, apoiar nos momentos certos e entender que o futebol não é uma equação exata.