Jogada10
·31 maggio 2025
Olympique de Marselha venceu a única final de Champions entre franceses e italianos

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O confronto entre Paris Saint-Germain e Inter de Milão deste sábado, válido pela final da Liga dos Campeões 2024/2025, marcará apenas a segunda ocasião em que franceses e italianos se enfrentaram na final da principal competição interclubes do futebol mundial. Em 26 de maio de 1993, o Olympique de Marselha alcançou o maior feito da história do futebol francês ao vencer o Milan por 1 a 0 na decisão da Liga dos Campeões da Uefa.
A partida, aliás, ocorreu na mesma cidade de Munique, só que no Olympiastadion. O gol histórico, marcado de cabeça pelo zagueiro Basile Boli, garantiu ao clube marselhês o título inédito e fez do OM o primeiro – e até hoje único – clube francês a conquistar o principal torneio europeu de clubes.
A edição de 1992/93, inclusive, foi a primeira com o nome oficial de “Liga dos Campeões”, substituindo a antiga “Taça dos Clubes Campeões Europeus”, e introduzindo uma fase de grupos antes da decisão.
O Olympique de Marselha, treinado pelo experiente belga Raymond Goethals, em resumo, teve uma campanha sólida. Começou eliminando o Glentoran da Irlanda do Norte com um agregado de 8 a 0 e depois passou pelo Dínamo de Bucareste com dois triunfos. Na fase de grupos, enfrentou Rangers, Club Brugge e CSKA Moscou, terminando na liderança do Grupo A, com três vitórias e três empates.
O Milan, comandado por Fabio Capello, em suma, vinha de uma campanha impecável. Eliminou o Olimpija Ljubljana (7–0 no agregado) e o Slovan Bratislava (5–0), antes de vencer todos os seis jogos na fase de grupos contra Porto, PSV Eindhoven e IFK Göteborg. A equipe italiana chegava como ampla favorita, embalada por um elenco estrelado.
No palco alemão do Olympiastadion, em Munique, 64.400 espectadores presenciaram uma final muito equilibrada. O Milan controlava mais a posse de bola, mas encontrava dificuldades para furar a defesa francesa. Aos 43 minutos do primeiro tempo, o meio-campista ganês Abedi Pelé cobrou escanteio e Basile Boli cabeceou com precisão, vencendo o goleiro Rossi.
Na segunda etapa, os italianos pressionaram, mas o Marselha resistiu bem, sustentando o placar até o apito final. A vitória, dessa forma, deu à França seu primeiro título europeu de clubes, encerrando décadas de tentativas frustradas.
Olympique de Marselha:Barthez; Angloma (Durand), Boli, Desailly, Di Meco; Eydelie, Deschamps (capitão), Sauzée; Abedi Pelé; Völler (Thomas), Boksic.Técnico: Raymond Goethals.
Milan:Rossi; Tassotti, Costacurta, Baresi (capitão), Maldini; Donadoni (Papin), Albertini, Rijkaard, Lentini; Van Basten (Eranio), Massaro.Técnico: Fabio Capello.
A final de 1993 também marcou o último jogo oficial de Marco van Basten. O craque holandês, então com 28 anos, sofreu com lesões crônicas no tornozelo e precisou ser substituído aos 86 minutos. Após longas tentativas de recuperação, Van Basten, afinal, anunciou sua aposentadoria em 1995.
Apesar do feito histórico, o título europeu foi rapidamente ofuscado por um escândalo de suborno no Campeonato Francês. O presidente do clube, Bernard Tapie, foi acusado de tentar comprar jogadores do Valenciennes para facilitar a vitória do OM em jogo válido pela liga local, às vésperas da final europeia.
Como punição, o Marselha foi rebaixado para a segunda divisão francesa e proibido de disputar a Liga dos Campeões e a Supercopa da Uefa da temporada seguinte. No entanto, o título europeu foi mantido, já que o escândalo não envolveu diretamente partidas da competição continental.
Até 2025, clubes franceses chegaram à final da principal competição europeia de clubes em oito ocasiões. Apenas o Olympique de Marselha, por fim, conseguiu levantar o troféu:
Os italianos inegavelmente têm vasta tradição na competição. Até 2025, conquistaram 12 títulos da Liga dos Campeões:
Clubes italianos, ademais, também foram finalistas em diversas outras ocasiões, como: