Zerozero
·9 febbraio 2025
O sonho de um é o pesadelo de outro
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·9 febbraio 2025
Há quanto tempo não víamos um Estoril Praia assim? O ano novo tem sido fonte de nova vida para a equipa da linha, que ao bater o Boavista por 2-1, este domingo, atingiu a impressionante marca de cinco vitórias consecutivas na Liga.
Se já era a equipa em melhor forma no futebol português, esse estatuto foi agora reforçado e, igualando Vitória SC e Casa Pia na tabela, podemos até começar a falar numa surpreendente e tardia candidatura à qualificação europeia. Hoje o herói foi Yanis Begraoui, que com um bis chegou aos cinco golos no ano.
Do lado visitante, a saída do treinador não deu o ímpeto desejado e a candidatura à manutenção vai perdendo a pouca força que tinha. Houve momentos de luta por um desfecho melhor, mas as dificuldades são claras e o baixo nível de qualidade individual também, como ficou evidente nos erros que geraram os golos adversários.
Há pouquíssimos exemplos de jogos tão desequilibrados no primeiro escalão do futebol português no que à forma diz respeito. O Estoril, nesta sua brilhante entrada em 2025, recebeu um Boavista sem vitórias nos últimos três meses e com uma série de outros problemas em mãos. Também por isso, o favoritismo estava mais do que atribuído.
Ainda assim, a equipa comandada pelo interino Gilberto Andrade - houve demissão de Cristiano Bacci na véspera do jogo -, apresentou-se num bom nível competitivo e com uma linha de cinco defesas conseguiu afastar o adversário da sua área durante alguns minutos. Sabemos, até porque o resultado o deixa implícito, que essa solidez não durou para sempre...
Corria o 27º minuto quando o 1-0 chegou, num lance que entra numa das categorias mais frequentes dos golos sofridos pelos axadrezados: o erro individual. Foi César que fraquejou, defendendo para dentro da baliza a cabeçada que Yanis Begraoui deu em resposta ao cruzamento de Wagner Pina.
O ponta de lança marroquino, também em grande forma, já tinha sido o autor do primeiro lance de perigo numa abordagem acrobática a outro cruzamento. De resto, também João Carvalho e Holsgrove tinham tentado a sua sorte em (bons) remates de longe, enquanto do outro lado Bozeník ia pedindo melhor serviço.
É difícil de acreditar que o Boavista tenha regressado à segunda parte com vontade de virar o jogo. Pelo menos não foi nada disso que transpareceu nos primeiros segundos, com a bola a sair dos axadrezados e a acabar, segundos depois no 2-0. Marcou outra vez Begraoui (cinco golos nas últimas cinco jornadas), depois de Pedro Gomes ter cometido um erro ainda mais grave que o do golo inaugural. Passe terrível do lateral, hoje adaptado a central.
A partir daí esperava-se um jogo resolvido, com uma vantagem de dois golos da equipa que até aí dominava, mas Ian Cathro permitiu uma reação aos visitantes. Foi na marca da hora de jogo, instantes depois de uma primeira ocasião de golo, que Róbert Bozenik conseguiu reduzir na sequência de um lance de bola parada.
Daí para a frente foi um jogo ligeiramente mais tremido. O Estoril Praia continuou a ter mais bola, mas permitiu ao adversário sonhar com um desfecho favorável, num par de lances em que ainda conseguiu chegar à área adversária. Sem sucesso, além de um par de sustos na bancada central.
Enquanto isso, também o Boavista, que corria cada vez mais riscos, cedeu espaços e deixou André Lacximicant isolar-se por duas vezes. O jovem avançado, azarado, rematou ao poste em ambas as ocasiões, mas isso não impediu a sua equipa de somar mais três pontos.