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·7 gennaio 2025
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O Flamengo deve buscar no Azerbaijão o substituto de Gabriel Barbosa. Juninho Vieira foi o nome escolhido por Filipe Luís e pelo novo departamento de futebol flamenguista, e parece próximo de desembarcar no Rio de Janeiro após estar perto de fechar com o Sevilla Mas afinal, quem é o possível novo reforço rubro-negro e o que ele pode entregar na Gávea?
Uma coisa é certa: nem geraldinos, nem arquibaldos conhecem muito sobre Juninho. O atacante soma apenas sete partidas na carreira no Brasileirão. Boa parte da carreira foi longe dos holofotes do torcedor brasileiro. O que não é demérito. Vamos olhar com calma para a trajetória do atacante.
Como muitos outros brasileiros, Juninho Vieira usou Portugal como trampolim na Europa. O atacante chegou por lá após pouco destaque no futebol brasileiro. Formado pelo Athletico Paranaense fez 15 jogos como profissional no Furacão. Rodou emprestado em outras equipes.
GE Brasil, Novorizontino, Figueirense e Vila Nova foram os primeiros passos na carreira de Juninho. Um início de poucos gols, com algum destaque na boa campanha do Novorizontino no Paulista de 2018, com quatro gols em 12 jogos e eliminação nas quartas para o Palmeiras.
Embora tenha como experiência uma curta passagem em Portugal em 2016, no Portimonense, Juninho só se apresentou mesmo no país a partir de 2019. Boas temporadas na Segunda Liga por Estoril e Chaves o levaram a ser contratado pelo Boavista. Apesar de receber elogios do técnico Jesualdo Ferreira, nunca conseguiu jogar no Bessa. Por problemas financeiros, o clube não conseguiu inscrever o brasileiro e voltou a emprestá-lo ao Chaves.
Sem conseguir uma temporada de dígitos duplos, mas com bons momentos em Chaves, Juninho foi negociado com o Qarabag em 2023. No Azerbaijão, se conectou com seu lado goleador.
Na primeira temporada pelo Qarabag, foram 31 gols em 55 partidas, sendo artilheiro da liga azeri. Você pode pensar: "são números em um contexto competitivo inferior ao do futebol brasileiro". De fato são. Mas Juninho teve bons momentos em duelos internacionais.
Sua primeira competição "europeia" foi a Liga Europa, e foram cinco gols em dez jogos. O brasileiro foi destaque no mata-mata contra o Bayer Leverkusen, com dois gols e uma assistência. A vaga não veio por detalhe, com uma virada nos acréscimos dos Farmacêuticos, com dois gols depois dos 45 minutos.
Na nova temporada, Juninho foi artilheiro da fase prévia da Liga dos Campeões, com seis gols em seis jogos. Mas não foi suficiente para o time avançar para a fase de grupos. Nova chance de jogar a Liga Europa..
Na atual edição do torneio, Juninho soma seis partidas e dois gols. No total na temporada são 11 gols em 25 partidas, dando sequência aos gols que viraram rotina no Azerbaijão.
O Qarabag joga no 4-2-3-1, e Juninho é a referência ofensiva, o atacante avançado. Apesar de já ter jogado pelos lados do campo, e de mostrar versatilidade, o brasileiro sempre rendeu melhor no comando de ataque.
Por características, função e encaixe no elenco rubro-negro, deve ser o reserva imediato de Pedro e, portanto, substituto de Gabigol. Juninho tem tudo para começar 2025 como titular do ataque rubro-negro, já que Pedro ainda se recupera de lesão.
Juninho não pode ser encaixado nas mesmas características nem de Pedro, e nem de Gabi. É um atacante de mais mobilidade que o primeiro, e menos criatividade que o segundo. É veloz e usa muito o drible pelos lados do campo, consegue boas progressões com bola, com poder de arranque, e participa menos do jogo de costas (Pedro já faz mais e melhor o pivô).
Como diferencial, Juninho foi um jogador muito presente na marcação pressão do Qarabag. Sabe o perde e pressiona tão valorizado por Filipe Luís? No Qarabag, Juninho fez muito bem isso. Não à toa, o técnico flamenguista insistiu por sua contratação.
Em situação normal, no 4-2-3-1 de Filipe Luís, Juninho deve atuar como centroavante, como no Qarabag, podendo, em situações pontuais, atuar também como um segundo atacante ao lado de Pedro.
Levando em conta o conhecimento futebolístico de Filipe Luís e a visão de mercado de José Boto, diretor de futebol do Fla que, certamente, conhece muito Juninho de trabalhos anteriores como scout e dirigente, a aposta em Juninho pode ser muito válida. Levando-se em consideração, também, que não será um jogador que chega para ser titular absoluto e resolver problemas (Pedro está no elenco e é o titular incontestável).