Coluna do Fla
·14 agosto 2025
O jogador do Flamengo que trocou a idolatria pelo dinheiro russo

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·14 agosto 2025
Maior clube do Brasil, o Flamengo tem uma galeria invejável não só de títulos, mas também de ídolos e jogadores marcantes que vestiram o Manto Sagrado. Nomes como Zico, Leandro e Adílio aparecem num patamar irretocável na história rubro-negra. Porém, alguns atletas já decidiram trocar parte deste prestígio para aproveitar outros benefícios. Esse é o caso de Gerson Santos da Silva, que outrora já foi o ‘Coringa’ do Flamengo.
A primeira passagem de Gerson no Flamengo aconteceu em 2019, após o atleta deixar a Roma (ITA). Com anúncio no dia 12 de julho daquele ano, o meio campista iniciou a trajetória sob o comando de Jorge Jesus. Desde o início, Gerson caiu nas graças da torcida rubro-negra, por conta do empenho e da versatilidade. Daí, inclusive, veio o apelido de “Coringa”, por atuar em várias posições.
Logo na primeira temporada, Gerson ajudou o Flamengo a conquistar a Copa Libertadores da América e o Brasileirão, participando de 36 jogos, nos quais marcou dois gols e concedeu quatro assistências.
Foto: Alexandre Vidal/Flamengo
No ano seguinte, já vestindo a camisa 8, Gerson se tornou uma das lideranças do Flamengo. Com voz ativa no vestiário e chamando a responsabilidade dentro das quatro linhas, Gerson foi uma grande referência num momento de crise. Isso porque, enfrentando a pandemia em 2020, o Fla teve que usar diversos jogadores novatos e com pouca experiência. Neste cenário, o Coringa despontou como um ‘mentor’ de vários companheiros. E assim, Gerson foi novamente fundamental para mais uma conquista do Brasileirão.
Em 2021, Gerson iniciou mais uma temporada esbanjando qualidade. Porém, os franceses vieram tirar o jogador da ‘lua de mel’ com a torcida rubro-negra. Pagando cerca de R$ 160 milhões, o Olympique de Marselha (FRA) comprou Gerson do Flamengo, em junho de 2021.
Depois de um ano e meio jogando pelo Olympique, o meio campista decidiu que era hora de voltar ao Fla. Fazendo juras de amor ao Rubro-Negro, o Gerson assinou novamente com o Flamengo em janeiro de 2023. Àquela altura, o jogador era tratado como grande reforço para a disputa do Mundial de Clubes.
Assim como na primeira passagem pelo Flamengo, Gerson não demorou a assumir a assumir a responsabilidade dentro e fora das quatro linhas. Não a toa, o camisa 8 se tornou capitão do Rubro-Negro. Apesar do ano difícil do Flamengo em 2023, Gerson conseguiu destaque individual e, com isso, voltou a ser convocado para a Seleção Brasileira.
Em 2024, o Coringa viveu o auge da carreira. Titular na Seleção e capitão do Flamengo, Gerson vivia uma nova lua de mel com a Nação Rubro-Negra, conquistando o título da Copa do Brasil e sendo uma das principais referências do brilhante time de Filipe Luís.
Foto: Rafael Ribeiro / CBF
Depois de mais uma temporada de sucesso, tudo parecia seguir bem para um 2025 brilhante com o Manto Sagrado. Inclusive, após vencer o Carioca e a Supercopa do Brasil já no início do ano, Gerson assinou renovação contratual com o Flamengo, a qual previa vínculo até o fim de 2030. Porém, este foi apenas o início do que, para muitos rubro-negros, se tornou um grande exemplo de ingratidão.
Inicialmente, tudo era festa. O anúncio de que “o Coringa é do Flamengo até 2030” causou grande alvoroço e comemoração dos torcedores. Contudo, um detalhe do contrato deixou a pulga atrás da orelha: antes, Gerson tinha multa rescisória de 200 milhões de euros. Após a assinatura, o valor caiu para 25 milhões de euros.
E a preocupação dos torcedores se confirmou: logo depois da Copa do Mundo de Clubes de 2025, o Zenit, da Rússia, pagou a multa rescisória de Gerson, e o jogador se despediu novamente do Flamengo.
Na segunda passagem, Gerson fez 144 jogos com a camisa do Flamengo, nos quais marcou 12 gols e concedeu 24 assistências. Contudo, os bons números em campo e troféus conquistados acabaram sendo manchados pela polêmica transferência ao Zenit.
Dentre as principais críticas ao jogador, está não só a postura quanto à redução da multa, mas também a ‘denúncia’ de que Gerson deixou o Flamengo apenas pelo ganho financeiro. Isso porque, diferentemente de 2021, quando saiu para jogar na França, o jogador acabou indo para um campeonato menos competitivo. Além disso, o fato dos clubes da Rússia estarem proibidos de disputar competições europeias é outro fator que corrobora com a tese de que Gerson trocou a idolatria do Flamengo pelo dinheiro russo.
Gostou dessa história? CLIQUE AQUI e confira a trajetória narrada por Rafa Penido, no Coluna do Fla
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