
Central do Timão
·23 giugno 2025
Nike formaliza proposta para manter parceria com Corinthians; Adidas estuda evitar “leilão” e retirar oferta

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·23 giugno 2025
Após algumas semanas de conversas, a Nike formalizou ao Corinthians uma proposta de renovação do contrato de fornecimento de material esportivo, cujos valores totais chegariam a até R$ 1,3 bilhão em valores fixos, bônus e variáveis ao longo de dez anos de contrato. A oferta supera, nos valores, os cerca de R$ 1 bilhão ofertados pela Adidas, que aguarda uma decisão por parte da diretoria interina do clube, presidida por Osmar Stabile.
A informação foi noticiada primeiramente pelo ge.globo. O Alvinegro aguardava com ansiedade a apresentação de uma contraoferta por escrito da empresa estadunidense, com quem o Corinthians mantém vínculo desde 2003, para avaliar os riscos de um rompimento com a marca caso assinasse com a gigante alemã, que se aproximou do clube ainda durante a gestão Augusto Melo, quando a primeira oferta foi feita.
Foto: Divulgação/Corinthians
Vale lembrar que a procura por alternativas à Nike se iniciou ainda no início do ano passado, quando o marketing corinthiano ensaiou uma aproximação com a Umbro, sem avançar para uma proposta. Durante o ano, ainda houve tratativas com a própria parceira do clube no sentido de se obter uma renovação contratual em termos melhores do que os então válidos, mas as conversas não avançaram e, em dezembro, a Nike acionou unilateralmente uma cláusula renovando o contrato até 2029 através da Fisia, sua distribuidora no Brasil.
A resposta do Corinthians veio no sentido de questionar a validade desta renovação, ao mesmo tempo em que viu a Adidas se aproximar e do clube com uma oferta inicial onde, dos cerca de R$ 1 bilhão oferecidos no contrato de dez anos, aproximadamente R$ 700 milhões seriam em itens fixos. Semanas depois, tal proposta seria melhorada, e hoje estes valores fixos giram na casa dos R$ 86 milhões anuais, incluindo o equivalente às luvas, que seriam integralmente adiantadas no ato da assinatura do acordo.
Tal melhoria na oferta da Adidas foi uma reação a declarações de representantes da Nike global que vieram ao Brasil com o objetivo de manter o Corinthians sob seu guarda-chuva comercial. Na ocasião, o vice-presidente da Nike na América Latina, Doug Bowles, enfatizou o orgulho na parceria de 22 anos, além de ressaltar a conexão da marca com a torcida:
“Temos orgulho da parceria que já dura mais de 20 anos, uma relação construída a partir de valores compartilhados e uma conexão profunda com a apaixonada torcida do clube. Estamos encorajados pela abertura ao diálogo da nova gestão e preparados para retomar as conversas sobre estender esse legado para além de 2029, garantindo que a parceria continue sendo benéfica para ambos os lados.”
Outra apuração sobre o tema vem do portal UOL, que deu conta da reação da Adidas à formalização de contraoferta por parte da Nike. Fontes próximas à empresa europeia revelaram a possibilidade de a oferta ser retirada, por conta da indefinição alvinegra. As preocupações principais da Adidas dizem respeito ao estouro do prazo determinado anteriormente para um retorno do clube, além do risco de ser feito um leilão entre concorrentes, o que não agrada a empresa.
Além disso, haveria uma questão operacional sobre a mesa. Afinal, para cumprir o acordo a partir de janeiro de 2026, a Adida estima que necessitaria de pelo menos seis meses para produção e distribuição do material – um prazo que já está comprometido pela demora na decisão.
Ainda assim, a empresa conta com alguns trunfos oferecidos ao Alvinegro, como a inclusão do Corinthians em seu grupo de Elite Global, categoria atualmente restrita a Real Madrid, Bayern de Munique, Liverpool, Juventus, Arsenal e Manchester United, com distribuição de produtos prioritária e diferenciada.
Uma questão que ainda será levada em conta na decisão da diretoria guarda relação com uma cláusula inédita, adiantada anteriormente pela Central do Timão. O Corinthians quer que sua parceira a partir de 2026 crie uma linha de camisas oficiais com preço popular, onde clube e fornecedora abririam mão de parte dos royalties para viabilizar produtos de primeira linha a valores acessíveis. A medida tem como objetivo combater a pirataria e ampliar o acesso da torcida aos itens oficiais mais desejados.
A proposta escolhida pela gestão interina deverá ser submetida ao Conselho de Orientação (CORI) ainda nesta semana, cuja aprovação é considerada fundamental para que a decisão tomada tenha legitimidade, diante do quadro político atualmente instável no Parque São Jorge.
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