‘Nem sei se será titular’: comentarista surpreende ao analisar Jorginho no Flamengo | OneFootball

Nesta sexta-feira (6), Jorginho desembarca no Brasil e assina para ser o novo reforço para o meio-campo do Flamengo. Livre no mercado após fim de contrato com o Arsenal, o volante ítalo-brasileiro enfim jogará no futebol do seu país natal, com o Manto.

Avaliando a contratação de Jorginho, o jornalista André Donke trouxe uma análise que foge do senso comum: acredita que o volante não chega como titular absoluto, ao menos num primeiro momento.

Ainda assim, destacou que a principal contribuição do jogador será na saída de bola.

"Acho que mesmo com o número de gols e assistências, embora ele tenha sido mais reservado, mostra exatamente isso. É o cara da saída de bola, acho que ele vai qualificar demais a saída de bola do Flamengo. Mas é mais uma opção", disse.

“Nem sei se chega para ser titular absoluto”, diz Donke

Apesar de toda sua qualidade e experiencia de anos na Europa, para Donke, necessariamente Jorginho não chega com uma cadeira cativa entre os 11 titulares.

O comentarista acredita que o volante terá um papel importante e deve disputar muitas partidas, porém, chega como um reforço de "rotação".

"Acho que ele chega para ter um papel importante, ser titular muitas vezes, mas talvez não um titular incontestável da equipe do Flamengo. Eu nem sei se chega para ser... Nem imagino ele chegando como um titular absoluto, pelo menos num primeiro momento", afirma Donke.

Atualmente a dupla de volantes tida como ideal é formada por Pulgar e De La Cruz, jogadores intensos, que, ao mesmo tempo que qualificam a saída de bola e armação de jogadas, defendem muito bem, mantendo o ritmo da partida.

Perfil diferente dos atuais volantes do elenco

Donke aponta que Jorginho se diferencia dos volantes atuais por ser mais técnico e menos marcador.

"É um volante com outro perfil, mesmo com as opções que tem em relação, por exemplo, a Evertton Araújo e Pulgar, que são os jogadores, ainda que primeiros volantes do Flamengo, são jogadores com outra característica", diz.

Isso pode enriquecer o modelo de jogo de Filipe Luís, oferecendo uma alternativa de construção.

"Então acho que ele acrescenta mais repertório ao time do Felipe Luiz", pontua Donke.

“O cara que qualifica a saída de bola do Flamengo”

Apesar do bom número de gols, muito condicionado pelo fator pênaltis, Jorginho sempre foi um volante organizador.

Se falta intensidade e poder de marcação, sobra capacidade técnica e visão de jogo, seja armando desde a entrada da área de defesa, ou com lançamentos e bolas enfiadas que saltam linhas e deixam os homens da frente em boas condições.

Donke explicou essa situação e exaltou como Jorginho qualifica em especial a saída de bola

"Você vai ter alguns lances, eventualmente, de gols, é verdade, mas ele é o cara que qualifica a saída de bola. Então acho que ele traz uma característica diferente", declara.

Mesmo sem brilho em gols e assistências, que nomes como Arrascaeta e Gerson podem entregar, Jorginho é um jogador de leitura, ritmo e organização — o que pode ser estratégico em jogos difíceis.

A análise de Donke joga luz sobre um debate relevante: Jorginho é reforço para liderar o meio ou ampliar o leque de opções?

Apesar de não ter opções que mantenham o nível quando Pulgar ou De La Cruz não estejam disponíveis, Jorginho é um jogador com cacife grande demais para ser somente um coadjuvante ou alguém que compõe elenco.

A história do volante pode acabar sendo parecida com a de Danilo, que apesar de toda qualidade e calibre de anos na Europa, muitas vezes não é a primeira opção da defesa, consolidada com a dupla de Léos.

Apesar de tudo e das formas com qual Jorginho pode chegar para ajudar o Mais Querido, importante é que o Flamengo de Filipe Luís, já marcado por jogadores técnicos, ganha um reforço que, mesmo sem status de estrela decisiva, pode virar peça-chave.

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