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·31 maggio 2025

Membro da Comissão de Ética cobra afastamento de presidente do Conselho; Tuma nega ter sido notificado

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  1. Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

O imbróglio sobre o pedido de afastamento de Romeu Tuma Júnior da presidência do Conselho Deliberativo (CD) do Corinthians ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira, 30. O relator do caso na Comissão de Ética e Disciplina (CED) Mario Mello Junior, expediu ofício requerendo o cumprimento da decisão emitida em 9 de abril pelo órgão, suspendendo liminarmente Tuma das suas funções.

No texto, o conselheiro direciona o documento às secretarias do clube e do próprio CD, a fim de que, segundo ele, a suspensão de Tuma seja efetivada. De acordo com apuração da Central do Timão, no entanto, esta efetivação ainda não ocorreu, devido à falta de notificação do próprio presidente do Conselho pelo órgão que decidiu por seu afastamento, em abril.


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Foto: Divulgação/Corinthians

O procedimento, segundo apurado, deveria ser o mesmo adotado durante a análise do pedido de impeachment do presidente afastado Augusto Melo, em 2024. Na ocasião, após tomar ciência das denúncias realizadas por um grupo de conselheiros, o CED instaurou processo disciplinar e imediatamente notificou Augusto, por meio de documento entregue pessoalmente ao mandatário, com recolhimento de Aviso de Recebimento (AR).

A partir desta notificação, então, o alvo de apuração do procedimento tem, garantido por estatuto, em seu artigo 37, um prazo de dez dias para se manifestar, fazendo sua defesa, encaminhando possíveis provas em seu poder e solicitando a produção de outras evidências. Tuma nega que tenha recebido qualquer notificação, o que, segundo ele, o impediria de se defender no processo e tornaria sem efeitos a decisão de afastá-lo.

Outro argumento sustentado por Tuma tem relação com o escopo de trabalho da própria Comissão de Ética. Isso pois, conforme afirma o artigo 89 do estatuto alvinegro, são competências do órgão “conhecer, instruir e relatar processos disciplinares relativos aos membros do próprio CD, aos da Diretoria, do CORI, do Conselho Fiscal”, não havendo atribuição para promover afastamentos. Tal medida caberia, apenas, ao plenário do CD, a quem a decisão da CED deve ser submetida (artigo 2º do mesmo artigo).

Tuma, portanto, defende que qualquer decisão da Ética deve ser encaminhada ao Conselho Deliberativo para que seja apreciada e, então, votada. Vale lembrar que estes argumentos foram, também, apresentados à Justiça no processo movido pelo conselheiro Roberto William Miguel, o “Libanês”, que pretendia justamente executar o afastamento votado pelo órgão. No entanto, o juízo não acolheu o pedido, nem em primeira, nem em segunda instância.

A Central do Timão voltou a procurar membros da CED para questionar que andamento seria dado à decisão tomada pelo órgão em abril, além de esclarecer se Romeu Tuma Júnior foi, afinal, notificado desta decisão em algum momento e se, caso não tenha sido ainda, por qual motivo isto não ocorreu. No entanto, ainda não houve qualquer retorno para estes questionamentos.

Enquanto isso, Tuma segue exercendo a função de presidente do CD, participando de reuniões no Parque São Jorge e tomando decisões cabíveis ao seu cargo – como, por exemplo, a convocação da Assembleia Geral no próximo dia 9 de agosto, para que os associados do Corinthians deliberem sobre a destituição de Augusto Melo da presidência do clube.

Ele se manifestou, na noite desta sexta-feira, sobre o novo documento do relator da CED e sobre o caso como um todo. Confira:

“O novo momento do Corinthians deveria exigir respeito às regras e formalidades estatutárias.

Sigo afirmando que somente quando formalmente notificado poderei analisar a suposta decisão e me manifestar, sendo certo, contudo, não haver nenhuma previsão estatutária para a Comissão de Ética, órgão subordinado ao Conselho Deliberativo, afastar seu Presidente, sobretudo liminarmente, sem ouvir os Conselheiros, e o próprio “acusado”, fato que poderia ter sido realizado, inclusive, nas duas últimas reuniões que presidi.

Sigo sem ser notificado sobre qualquer decisão da Comissão de Ética a respeito de um suposto afastamento do cargo de Presidente do Conselho Deliberativo, em reunião supostamente ocorrida em 09 de abril deste ano, inclusive porque pelos documentos vazados para a imprensa, que respeito, vi que há uma suposta Ata não assinada.

Estranhamente, questionado por mim, o Presidente da Comissão de Ética negou o fato há algumas semanas. Desde lá, repito, presidi duas reuniões do CD: uma de reprovação das contas e outra de destituição do Presidente Augusto Melo. Nada se alegou. Nada se pretendeu. Nada se deliberou a respeito.

Esse mesmo fato foi levado ao judiciário por apoiadores do ex-Presidente e não lograram êxito em me afastar.”

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