MundoBola Flamengo
·3 febbraio 2025
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·3 febbraio 2025
Antes de falar qualquer coisa sobre o jogo, é preciso reconhecer primeiro a imensa ousadia organizacional da CBF, que marcou a final para uma região chuvosa, numa época chuvosa, num horário chuvoso, com previsão de chuva, e então se viu surpreendida pelo fato de que choveu. São grandes mentes, fazendo um grande trabalho, valorizando o produto que é nosso futebol. Pode confiar.
Mas além da chuva torrencial que alagou o campo do Mangueirão e fez com que a partida tivesse que ser interrompida, a outra coisa impressionante que testemunhamos nesta tarde de domingo, durante a decisão da Supercopa, foi a intensa e até mesmo surpreendente superioridade da equipe rubro-negra diante do atual campeão brasileiro e da Libertadores.
Isso porque ainda que o Flamengo seja sim sempre um dos favoritos em tudo que disputa, seja pela qualidade do elenco, seja pelo volume de investimento realizado, não se pode negar que estava diante de um adversário de respeito, que se posicionou como o melhor time do continente na temporada passada.
E que ainda assim, na primeira final de 2025, foi dominado e acuado como o Flamengo de Filipe Luis não havia feito nem mesmo com equipes de menor expressão, como Volta Redonda e Sampaio Correa. Pra quem esperava uma disputa, o que se viu foi um show, pra quem esperava equilíbrio, o que houve foi uma surra, pra quem esperava um clássico, foi oferecido um esculacho.
Praticamente toda a equipe se destacou. Bruno Henrique foi o homem da partida, com dois gols, fora o baile e as absolutas e constantes demonstrações de total e completo descaso pela zaga adversária. Luiz Araújo praticamente saiu direto do banco de reservas pra comemoração do gol, após roubar uma bola do defensor alvinegro e dar um tapa que irá causar um trauma multigeracional, fazendo com que bisnetos do goleiro acordem gritando no meio da noite, sem saber a razão, mas a razão vai ser esse gol.
Gérson escapou de uma lesão no aquecimento para ditar o ritmo no meio de campo ao lado do aceleradíssimo de la Cruz. Wesley segue usando 200% de sua capacidade mental na lateral direita, com um Alex Sandro discreto mas perfeito na esquerda e os dois Léos dando solidez pra defesa, com até Rossi acertando lançamentos.
Michael mais uma vez plantou loucura do campo do sentimento adversário, Pulgar foi a mistura de solidez e violência que a volância precisa. Até mesmo Plata, que já foi razão de tanta desconfiança, após decidir na Copa do Brasil vem se mostrando cada vez mais útil dentro do time. Tudo isso nas mãos de um Fillipe Luis que acertou pra escalar e acertou mais ainda na hora de mexer.
Então o que temos é um começo de ano que reforça o final promissor de 2024. Um Flamengo intenso, organizado, ofensivo, bem treinado. E que ainda vai receber reforços, sejam eles de dentro do clube, como Pedro e Vina, sejam de fora, como o recém-chegado Danilo e o possível reforço Jorginho. E que dá a sensação de que talvez 2025 seja o ano em que os grandes títulos vão voltar a ser comuns e previsíveis pro Flamengo como, por exemplo, a chuva é pra Belém, em fevereiro, no meio da tarde.