Luís Filipe Vieira não assusta Rui Costa e eleições do Benfica sofrem reviravolta | OneFootball

O Benfica prepara-se para uma das eleições mais agitadas da sua história recente. Rui Costa, atual presidente, e Luís Filipe Vieira, antigo líder encarnado, já decidiram que estarão ambos na corrida à liderança do Clube, no ato eleitoral marcado para 25 de outubro.

A confirmação pública, de acordo com o jornal Record, deverá surgir nos próximos dias, mas os dois já comunicaram internamente a decisão de avançar e de se assim se juntarem a João Diogo Manteigas, Cristóvão Carvalho, João Noronha Lopes e Martim Mayer, os candidatos já oficializados.

Espera-se, assim, um tenso confronto entre duas figuras centrais do Benfica nos últimos anos e que partilharam, inclusive, o mesmo projeto diretivo. Luís Filipe Vieira assumiu a Presidência do emblema da Luz em 2003 e permaneceu no cargo até 2021, tendo sido o principal impulsionador do regresso de Rui Costa à Luz, em 2008, para assumir funções como diretor desportivo. Anos mais tarde, promoveu-o a vice-Presidente.

No entanto, a relação entre ambos sofreu uma rutura profunda após a detenção de Vieira, em julho de 2021, no âmbito da Operação Cartão Vermelho. Foi nesse momento que Rui Costa assumiu interinamente os destinos do Clube, passando depois a Presidente eleito. Desde então, os caminhos dos dois afastaram-se por completo do (e com hostilidade à mistura). Vieira tem criticado publicamente a atuação do seu antigo aliado e os ataques mútuos tornaram-se particularmente evidentes no comunicado divulgado na última quarta-feira.

Nesse documento, o ex-presidente reagia à possibilidade de ser expulso de sócio, resultado de um processo de inquérito instaurado pela Direção em 22 de junho. Em causa estão os acontecimentos na Assembleia Geral de 27 de setembro de 2019, quando Vieira  se envolveu fisicamente com um Sócio, apertando-lhe o pescoço, num episódio que ficou gravado e amplamente difundido. A atual Direção, liderada por Rui Costa, decidiu investigar formalmente o caso, ainda que qualquer eventual processo disciplinar, incluindo a possível expulsão, só venha a ter desfecho depois das eleições de outubro.