Gazeta Esportiva.com
·23 settembre 2024
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Na manhã do último domingo, o Corinthians aumentou ainda mais sua hegemonia no futebol feminino brasileiro. O Timão voltou a vencer o São Paulo na final do Brasileirão, dessa vez por 2 a 0, e garantiu o que foi seu sexto título da competição nacional – o quinto de forma consecutiva.
O Corinthians tem um dos melhores – se não o melhor – elenco do futebol feminino brasileiro. No entanto, nem só de grandes jogadoras se forma um grupo vitorioso. E o técnico Lucas Piccinato, apesar da pressão, vem conseguindo manter a hegemonia corintiana em território nacional e ergueu seu segundo título no comando da equipe.
Piccinato iniciou sua trajetória no Timão sob desconfiança de parte da torcida. Ele foi o escolhido pela diretoria corintiana para substituir Arthur Elias, técnico mais vitorioso da história das Brabas e que deixou o clube para assumir o comando da Seleção Brasileira feminina.
O treinador de 34 anos sempre deixou claro que sabia do tamanho do desafio que estava encarando ao aceitar a proposta alvinegra. Em coletiva prévia à final do Brasileirão feminino, na última sexta-feira, Piccinato fez questão de ressaltar isso.
“Substituir o Arthur dentro do contexto que ele estava, extremamente vitorioso, com a hegemonia que foi criada, tem sido um grande desafio. Um desafio que eu imaginava que seria gigantesco desde o momento que eu aceitei, mas tem sido um desafio muito positivo na minha vida. É algo que me repensar, me faz trabalhar o tempo inteiro para ser melhor do que eu era. Sou muito feliz de trabalhar em um grupo extremamente competitivo, extremamente completo. Tudo isso engrandece a carreira de qualquer profissional e sou muito feliz de estar vivendo isso. Sei que, independentemente de qualquer coisa, sempre vai haver um comparativo, é natural, mas sou muito tranquilo em relação ao que eu estou fazendo e o que posso fazer nesse momento”, disse o comandante.
Fato é que, embora tenha iniciado sob pressão, começou trilhando seu caminho no Corinthians com um título. As Brabas de Piccinato venceram Internacional e Ferroviária, dois adversários que recentemente tem dado trabalho para o Timão, para chegar à final da Supercopa feminina.
Já na decisão, o Corinthians conquistou seu primeiro troféu na temporada ao bater o Cruzeiro, por 1 a 0, na Neo Química Arena. Essa foi a primeira taça de Lucas Piccinato no comando do Alvinegro paulista.
Por outro lado, Piccinato seguiu sendo alvo de críticas por parte da torcida corintiana, muito por conta do desempenho abaixo do mostrado na Era Arthur Elias. Mesmo assim, a equipe terminou a primeira fase do Brasileirão na liderança, com uma única derrota, e avançou às quartas com a melhor campanha.
Acontece que tal revés foi o pior da história do Corinthians feminino. Na ocasião, com um time praticamente reserva, as Brabas foram goleadas pelo Cruzeiro, fora de casa, por 7 a 2. Neste ano, o time de Piccinato ainda foi superado pelo rival Palmeiras duas vezes, o que não ajudou.
Mesmo assim, no mata-mata do Brasileirão feminino, o Corinthians cresce, e com Piccinato isso não foi diferente. O Timão eliminou Red Bull Bragantino e Palmeiras para ir à final, e na grande decisão, atropelou o São Paulo por 5 a 1 no placar agregado – 3 a 1 no Morumbis e 2 a 0 na Neo Química Arena.
Além disso, o desempenho das Brabas sob o comando do técnico também parece ter melhorado. Até o momento, Piccinato acumula bons números: são 31 jogos, com 25 vitórias, três empates e três derrotas. Além, é claro, dos dois títulos conquistados.
O desafio de Piccinato, agora, é manter a consistência para brigar pelos últimos dois títulos do ano: Libertadores e Paulistão. Caso o Timão conquiste os quatro troféus novamente, o treinador repetirá a campanha vitoriosa de Arthur Elias do ano passado.
As Brabas do Corinthians voltam a campo nesta quarta-feira, quando enfrentam o Marília pela penúltima rodada da primeira fase do Paulista. A bola rola às 17h (de Brasília), no Estádio Bento de Abreu.