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·21 dicembre 2024
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Depois da Taça de Portugal, o Sporting volta a entrar em ação no campeonato e visita Barcelos, onde defronta o Gil Vicente. Na conferência de imprensa de antevisão da partida, João Pereira, treinador dos leões, analisou as palavras de Frederico Varandas sobre si, anteviu o jogo e ainda abordou outros temas da atualidade leonina.
Antevisão Gil Vicente: «É uma equipa com ideia de jogo bem pensada, bem trabalhada. O treinador não começou também a época, mas já teve tempo de trabalhar a equipa. É forte na construção, utiliza muito o guarda-redes, o seu 6 e jogadores que trabalham bem entre linhas, como o Fujimoto. Tem alas muito rápidos, o do lado esquerdo com pé contrário. Muitas ruturas. Vem no seu melhor momento, vem motivada e joga em casa. Mas vamos jogar para ganhar os três pontos.»
Cansaço: «É verdade que é mais fácil quando se ganha. Não há muito tempo para treinar. É mais recuperar os jogadores. Alimentação, banhos, massagens, descanso, o treino invisível. É a parte mais importante, para estarem fresquinhos.»
Palavras de Tiago Teixeira: «Não gosto de sofrer assim tanto. É a opinião do Tiago. Prefiro ganhar a praticar bom futebol e a dar mais espetáculo. Neste momento, o importante era ganhar. Vínhamos de quatro derrotas seguidas, agora vimos de duas vitórias seguidas. Há um longo trabalho pela frente. Queremos melhorar em muitos aspetos. Todos conseguem ver como a equipa ainda não joga como jogava, mas é um processo. Há umas semanas estávamos no final do Mundo. Conseguimos duas vitórias e há coisas positivas a retirar. Os jogadores querem muito e isso às vezes traz ansiedade. Em nenhum jogo fomos inferiores e podíamos ter ganho os que perdemos»
Presente envenenado de Varandas: «Não. Temos que ver o contexto em que as coisas são ditas. Entrava, ganhávamos e continuávamos a jogar bem. O que é que o João Pereira fez? Nada. O mérito não era meu. Era dos jogadores e do treinador que cá estava. O João Pereira entrou e começámos a perder. A culpa é de quem? Do João Pereira. É por aí que o presidente disse que era um presente envenenado. Era impossível dizer que não a treinar o Sporting.»
Pressão: «Não é fácil abstrair-me, mas felizmente tenho um grande apoio familiar em casa. É o fim do Mundo quando chego a casa, com os meus filhos, apesar de só quererem jogar futebol. Dá para distrair. A partir do momento que vão para a cama, quem sofre é a minha mulher, porque só penso no futebol. Ela percebe.»
Quando chegará a jogar bem e ganhar? «Importante é ganhar. Acho que contra o Boavista tivemos oportunidades claras e suficientes para o resultado ser dilatado. Todos conseguimos ver isso. Sofremos dois golos e parece que complicou o jogo. Foi o jogo mais conseguido em termos de jogo ofensivo, onde praticámos melhor futebol. Temos que ver as coisas como elas foram. Contra o Santa Clara tivemos menos oportunidades, mas foi o melhor jogo defensivo. Sofremos um jogo para lá da hora.»
João Pereira mais liberto: «Pressão não, porque amanhã já a temos outra vez. Agora, estou mais liberto, porque já vim a mais conferências e está aqui o Filipe e o departamento de comunicação do Sporting. É mais fácil falar depois de ganhar, do que depois de perder. O estado de espírito nunca é igual com quatro derrotas seguidas. Tenho que treinar, comecei a falar e tem a ver com a evolução que tenho tido. Estou longe de estar perfeito, mas estamos aqui para trabalhar.»
Gestão do plantel e sobrecarga: «Temos muitos jogadores lesionados, agora mais dois castigados. Jogadores sabem que este é o mais importante, para continuarmos em 1º lugar e termos um Natal mais descansado. Depois, são três dias onde nos vamos abster um bocadinho do futebol, estar com a família e recuperar alguns jogadores para os próximos jogos. Há pouco tempo falava-se da sobrecarga e os jogadores tinham sempre respostas diferentes. O cansaço afeta o rendimento dos jogadores e o risco de lesão aumenta. Temos pouco tempo para treinar e aproveitamos para recuperar.»
Possível jogar com Harder e Gyokeres? «Tanta gente pode jogar lá. Vamos ter que esperar.»
Derby com o Benfica: «Jogo com o Benfica ainda está longe. Estão focados em vencer este. No futebol não adianta pensar no que está mais à frente.»
Edwards: «É uma questão tática. O Trincão tem sido essencial, vive uma fase boa e um treinador tem que aproveitar essa fase. É dos jogadores mais resistentes da equipa, que tem as métricas maiores, mais volume de jogo. O lado psicológico, às vezes, aumenta o cansaço.»
Substituição de Pote e soluções: «Muitos sabem que trabalhei com o Quenda nos Sub-23 e nunca foi um ala. Foi sempre um extremo, com muita qualidade e definição no último passe. Gosta e faz aqueles cruzamentos. Depois depende do que o treinador quer dele. Sente-se mais confortável na frente, porque as responsabilidades defensivas são menores, mesmo que seja muito comprometido. Tem mais liberdade na frente. Jogou muito tempo comigo ali, na posição do Trincão. Tem tido rendimento e ajudado a equipa. É uma opção válida.»
Discurso de Varandas e confiança: «O presidente constatou factos. Jogadores lesionados, o tema da arbitragem, onde o conselho e arbitragem meteu o árbitro numa jarra, os jogadores vinham de vários anos com o mesmo treinador. Saiu para um clube com outras condições. Havia jogadores com uma relação com ele e foram contratações dele. Não é normal um treinador sair a meio da época por sucesso desportivo. É bom sinal. Não as uso como desculpas. Estou aqui para encontrar soluções. Há umas que consigo e outras que não. Não precisa de reforçar a confiança em mim. A maior prova de confiança foi colocar-me aqui.»
Palavras de Gyokeres para Quenda: «Brincadeira entre eles. É um grupo muito unido, que se entreajuda. Hoje frisei a forma como recebem os jogadores mais jovens. Muita gente fala agora do João Simões, mas também tem o rendimento que tem porque é ajudado pelos jogadores que estão à sua volta, pelos mais velhos. O Mauro entrou bem neste jogo porque tem o apoio do grupo, no dia a dia e no jogo. Mostra a ligação que têm, é especial, de querer conquistar títulos pelo Sporting.»
Prenda de Varandas: «A prenda que quero é vencer em Barcelos e a recuperação dos jogadores.»
Lesões e derby: «É importante porque queremos passar o Natal em 1º lugar. Nunca vi nenhum campeonato resolvido em dezembro. O mais importante é Barcelos. Não importa pensar no derby. Estamos focados nisso. Não haverá nenhuma recuperação para o jogo de Barcelos.»