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·1 novembre 2024

<i>Oh Evaristo, tens lá disto?</i>

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Uma ovação mal deu um ar da sua graça. Um ambiente eletrizante do início ao fim. Uma equipa que joga de olhos fechados, que tem um dos melhores jogadores da atualidade - não haja receio de o dizer - e que continua 100 por cento vitoriosa no campeonato - triunfo por 5-1 sobre o Estrela. Está de saída, mas o que é que ele quer melhor que isto?

Rúben Amorim, o nome mais badalado do universo leonino nos últimos dias, bem tentou adiar as conversas e os anúncios para depois do jogo com o Estrela, mas o futuro clube traçou-lhe a perna e, durante a manhã, oficializou o expectável: o Manchester United está a breves dias de ter o segundo treinador português da sua história.


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Por isso, durante a tarde, o inevitável: protestos, tributos, críticas, homenagens. Enfim, a massa adepta, nas redes sociais e fora do estádio, dividiu-se. «Aqueles gajos não dignificam nem respeitam o clube», era, provavelmente, dito de cada lado da barricada. O típico quando todos ralham e ninguém tem razão.

Contudo, em Alvalade a história foi outra: Amorim subiu ao tapete verde e a ruidosa ovação silenciou os tímidos assobios. Reação surpreendente, mas afirmativa e praticamente unânime.

Pois é, Miguel Lopes...

Caso não se recorde, caro leitor, a meio da semana, Miguel Lopes, ex-defesa do Sporting, consatou um pequeno facto no progarama Record na Hora: Viktor Gyökeres, em dois jogos já disputados, nunca tinha marcado ao Estrela. Nada mais simples, mas o suficiente para atiçar o viking.

Em pouco mais de 40 minutos, um hat-trick. Três remates cheios de potência, cheios de intenção, cheios de raiva. Três belíssimos golos. Rúben Amorim era, muito provavelmente, o homem mais adorado pelas bandas de Alvalade. Com essa posição vaga, Viktor reforçou a candidatura à posição e prometeu, com esta exibição, levar o Sporting às costas quando for preciso.

Pelo meio, o Estrela reduziu e, na realidade, não rubricou uma má partida. O flanco esquerdo, com Jovane Cabral em destaque, encontrou espaços na defesa leonina e foi por lá que nasceu o, na altura, 2-1. Rodrigo Pinho obrigou Franco Israel - com algum trabalho esta noite - a uma defesa digna de registo. Na recarga, um cruzamento para a cabeça do brasileiro foi meio caminho andado para o tento estrelista.

A segunda parte começou morna, com um novo tiro de longe de Zeno Debast e as arrancadas de Geovany Quenda como únicos motivos de ânimo. O bis, anulado posteriormente pelo VAR, de Rodrigo Pinho gelou as bancadas verde e brancas por momentos e funcionou como um alerta: era importante não desligar o chip na meia hora restante.

O chip, verdade seja escrita, não foi desligado, mas em simultâneo parecia ter sido ativado o modo gestão. Os dez jogadores pareciam estar tranquilos com o resultado, mas um deles não devia estar bem a par da definição de «gestão» e «tranquilos».

Insaciável, Viktor viu uma nesga de espaço, arrancou, sentou um defesa e chutou cruzado. Tão bonito, tão simples, tão eficaz.

O marcador, contudo, só ficou fechado com o golo de Maxi Araújo. Gyokeres descaiu para a direita, tocou em Bragança, que virou para o flanco contrário. Aí, o uruguaio encheu pé e o resto foi história. 5-1, resultado fechado e cabeça no Manchester... City, adversário da próxima terça-feira, para a Liga dos Campeões.

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