Hoje, Taty Castellanos faz (muito) mais sentido para Filipe Luís que Pedro | OneFootball

O Flamengo age rápido para fechar a contratação de Taty Castellanos, atacante da Lazio. Já especulado no Brasil em outros tempos, Castellanos pode chegar na Gávea para ofuscar ainda mais Pedro, em baixa com o técnico Filipe Luís.

Se Pedro, para além do trabalho no dia a dia, não conseguiu se encaixar no modelo de jogo do técnico flamenguista, Castellanos poderia cair como uma luva no Rubro-Negro e entregar, não apenas gols, mas repertório tático.

Primeiro, uma coisa fica clara: Castellanos nunca entregou o número de gols que Pedro costuma entregar quando está em forma. O máximo que conseguiu em uma temporada foram 23 tentos, pelo New York City em 2021, em um contexto competitivo menos exigente. Pela Lazio temporada passada, foram 14, melhor número que conseguiu na Europa (somou o mesmo número no Girona).

Pedro beirou (ou passou) a casa dos 30 gols pelo Fla em três temporadas. Tem uma presença de área que pode ajudar qualquer time, independente do modelo de jogo. É técnico, tem boa capacidade de retenção de bola. Mas entrega menos em alguns pontos importantes para Filipe Luís.

Como não vemos os treinos do Flamengo, vamos falar dos jogos: Pedro não consegue manter a intensidade da equipe no perde e pressiona tão importante para Filipe Luís. Não precisamos de indicadores físicos de GPS para chegar a essa conclusão. Algo que Taty Castellanos tem capacidade para entregar mais.

Nos melhores momentos com Filipe Luís, o Flamengo teve, também, atacantes de muita mobilidade e potência física para transições em velocidade. Gonzalo Plata, Luiz Araújo e Bruno Henrique foram sempre os preferidos, com o time atuando muitas das vezes com uma dupla de ataque.

O esquema com dois atacantes, também, proporciona um melhor encaixe para Castellanos do que pare Pedro, que não conseguiu formar dupla de ataque nos últimos anos nem com Gabigol e nem com Bruno Henrique. A maioria dos técnicos que passaram pelo Fla nos últimos anos sempre deixava claro: ou jogava Pedro, ou Gabigol. Castellanos conseguiria ter melhor encaixe como dupla de ataque com as atuais opções do elenco rubro-negro.

O atacante da Lazio tem uma característica muito forte, sobressalente em muitas partidas na temporada: a capacidade de fazer o pivô, com bons domínios orientados, para um giro rápido para sair em velocidade contra a defesa inimiga. Joga rápido, perde pouco tempo para definir as jogadas e é dinâmico e versátil. Pontos que também pesam a seu favor.

No futebol, melhor ou pior é relativo: depende do momento, contexto, modelo de jogo, adversário, condição física... Dentro do modelo de jogo de Filipe Luís, no panorama atual, a chegada de Taty Castellanos pode ofuscar ainda mais Pedro e dar uma opção interessante para o técnico.