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·30 novembre 2024

Há uma primeira vez para tudo

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Primeiro triunfo açoriano em Alvalade, primeiro desaire para o Sporting na Liga Portugal Betclic 24/25 - logo na estreia de João Pereira. O golo de Vinícius Lopes bastou para provar que, de facto, há uma primeira vez para tudo!

Depois da derrota frente ao Arsenal, a meio da semana, João Pereira mexeu no onze, sobretudo no setor defensivo. Devido a uma gripe, Franco Israel foi obrigado a ceder o lugar a Vladan Kovačević; Zeno DebastMatheus Reis e Geny Catamo ocuparam as posições de Jeremiah St. Juste, Gonçalo Inácio e Maxi Araújo, respetivamente. Numa mudança mais habitual, Daniel Bragança rendeu Hidemasa Morita no meio-campo. Já o onze de Vasco Matos não apresentou grandes novidades, face às ausências.


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Se começámos a última crónica leonina por elogiar o ambiente pré-apito inicial, analisamos também esse momento nesta.

A goleada sofrida frente aos ingleses deixou marcas na bancada, no orgulho e na crença adeptos, que se mostraram bem mais contidos no acompanhamento das músicas iniciais. O leão passou de achar que conseguia tombar todo e qualquer gigante europeu para começar a duvidar de si. Logicamente, as tais músicas foram cantadas, mas ouviram-se de forma bem menos pujante. Nas entrelinhas, uma mensagem endereçada a jogadores e treinadores: «Estamos "lado a lado", mas queremos ver a situação revertida».

Estremecer

Soou o apito e O Mundo Sabe Que foi cantado em plenos pulmões pelos milhares de leões nas bancadas. Em Alvalade, não há maior e mais bonita prova de amor e união que esta. Com este embalo, houve vontade, em campo, de mostrar serviço e de mandar na partida.

Notou-se, ainda assim, uma equipa a precisar de ganhar confiança, a duvidar dos processos e a estremecer quando falhava alguma ação. Nesse sentido, não houve maior falhanço/tremideira quando, aos dez minutos, Kovacevic - dificuldades a engrenar de leão ao peito - entregou o ouro ao bandido e colocou os açorianos na cara do golo - lance resolvido, entretanto, pela defesa verde e branca.

Francisco Trincão foi o mais lúcido e quem esteve melhor na relação entre o tentar e o conseguir. Não teve problemas em baixar no terreno, recuperar, construir e desequilibrar na frente.

Contudo, com o marcador a zeros e o tempo a passar, a intranquilidade leonina só aumentou, sobretudo quando o Santa Clara se adiantou no marcador. Vinícius Lopes finalizou um bom desdobramento para o ataque com um remate imparável e agravou o pânico leonino: primeira parte pouco segura e regresso aos balneários em desvantagem.

Subir e desabar

No recomeço, entrou em campo um leão de cara lavada. Mais rápido, mais dinâmico, instalado no meio-campo adversário.

O Santa Clara, por menos ocasiões, ainda conseguiu sair para o ataque. Os açorianos provaram ser inteligentes, compactos e ter qualidade. Jogaram com o estado anímico do Sporting e mereceram estar em vantagem. Não é por acaso que são considerados a revelação do campeonato.

Não obstante, os leões, revigorados no segundo tempo, fizeram por merecer, pelo menos, o golo do empate. Viktor Gyökeres, sempre muito tapado e parado - por vezes em faltas não assinaladas -, dispôs da melhor ocasião quando por pouco não desviou um cruzamento de Conrad Harder para o fundo das redes.

O empate parecia estar a centímetros. Faltava uma ponta de sorte, um rasgo individual... Aos 80 minutos, as bancadas de Alvalade ergueram-se e voltaram, em uníssono, a empurrar a equipa para o tão desejado golo. Por essa altura, Maxi caiu na área, mas o prontamente assinalado penálti depressa foi revertido pelo VAR.

A pontinha que sorte que faltava ao Sporting apareceu, mas para o Santa Clara. Num ataque rápido, já perto do minuto 90, Daniel Borges ganhou uns ressaltos e, já na área, fez o mais difícil e chutou ao lado. Foi, a nível mental, o fim do jogo para o leão, que nunca mais conseguiu reagir.

Nota, já depois do apito final, para uma tarja exibida pelos adeptos: «Nós acreditamos em vocês. Acreditem também».

João Pereira estreia-se no campeonato com uma derrota, a primeira do Sporting em 2024/25. O Santa Clara, pela primeira vez na história, ganha em Alvalade.

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