Clube Atlético Mineiro
·1 ottobre 2024
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Pergunta: Qual a sua condição física após essa lesão no ombro?
Otávio: “Graças a Deus, pude estar recuperado. Fiquei um tempo sem estar jogando, treinando, não. Desde que aconteceu a lesão, no dia seguinte, fiz trabalhos… Não, óbvio, superiores. Mas na parte inferior do corpo, fiz trabalhos de fisioterapia, para manter a melhor forma física possível. Claro, se eu atuasse nesse período, a minha forma física estaria melhor. Só que eu treinei ao máximo para chegar hoje com o melhor possível da minha forma”.
Pergunta: Estamos na véspera do primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil. Queria chamar atenção que o Galo era questionado por sofrer muitos gols. Não sofreu contra o São Paulo, só um diante do Fluminense, sem levar gols contra o San Lorenzo na Arena MRV. A que se deve essa melhora do sistema defensivo do Atlético, principalmente nos jogos de mata-mata?
Otávio: “Sem dúvida, a concentração na partida. Não importa qual seja o esquema ou a maneira que iremos nos portar dentro de campo, se você não tiver atitude, comprometimento e concentração do primeiro ao último minuto, com certeza você estará disperso e suscetível a cometer falhas que não pode cometer. Esses últimos jogos, principalmente nas copas, não levamos gols. Foi muito importante o trabalho diário, o nível concentração, a conversa que o Gabi Milito tem com nós para vencermos sem sofrer gols”.
Pergunta: O Atlético é o único time vivo no Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores. Teremos um fim de temporada apertado, com jogos encavalados. Você acredita que esse calendário brasileiro prejudica as equipes que chegam mais longe nas competições?
Otávio: “Eu não creio que, que nem eu falo: os clubes grandes, o Galo, entram nas competições com o objetivo de estar vivo em todas as competições até o final. Não podemos chegar agora e falar que somos prejudicados por estarmos vivos em todas as três competições. Vamos sempre querer isso. Por isso é importante ter um elenco preparado, de qualidade, como é o que temos. Para que todos os atletas possam atuar e suprir. Acho importante a gente saber que temos um grupo preparado para disputar e vencer todas as competições”.
Pergunta: O Vasco tem dois grandes nomes no seu setor, o Coutinho e o Payet. Você enfrentou o Payet algumas vezes na França. Como é o trabalho para conter jogadores desse calibre.
Otávio: “Sem dúvida, o Vasco tem um time de qualidade. Não só os dois, mas o setor ofensivo deles tem muita qualidade. Não só eu, mas os atletas do nosso sistema defensivo têm que estar concentrado. Teremos nosso posicionamento tático para ocupar bem os espaços e defender bem, sair sem sofrer gols e iniciar bem essa semifinal em casa com alguma vantagem, ainda mais com o apoio do nosso torcedor, que é o nosso 12º jogador, vai lotar a nossa casa. Queremos iniciar essa primeira parte da decisão com alguma vantagem”.
Pergunta: Você virou uma peça fundamental no Atlético. O que aconteceu para você ter essa evolução? Sabemos que você contratou uma assessoria para melhorar seus números. O que mais te deu esse despertar para essa evolução enorme?
Otávio: “A primeira coisa, posso te dar com toda certeza, foi o meu estado de espírito, a minha relação com Deus, eu tenho me fortalecido com ele, me sinto cada vez mais confiante. A gente, para estar dentro da nossa profissão, fazer o que ama com perfeição, tem que estar bem em todos os aspectos. Deus tem me fortalecido a cada dia. Sem dúvida, há os profissionais que eu tive contato, não só a parte tática, técnica, física, a estrutura do clube, a parte de fisioterapia, a nutróloga, eu contratei uma empresa que tem me ajudado muito a manter a minha alimentação. É um conjunto de coisas. Aperfeiçoando a cada dia minhas partes técnicas, táticas, físicas, e, principalmente, espiritual para desempenhar o meu melhor futebol”.
Pergunta: Há alguns meses, você voltou de lesão para um jogo importante contra o Flamengo. Como você se sente agora, voltando para um jogo tão importante, em comparação com aquela outra situação da temporada?
Otávio: “Foi parecido, mas a outra vez foi lesão na perna, na posterior da coxa. Foi um período bem maior, aproximadamente dois meses, agora, duas semanas e meia. Foi no ombro, continuei trabalhando na preparação física. Para voltar a campo, competir, faz quatro dias, porque não podia ter contato no ombro ainda. Mas, sem dúvida, continuei trabalhando forte e estar preparado para voltar atuar e ajudar o clube da melhor maneira possível”.
Pergunta: O Galo adotou um estilo de jogo conservador diante do São Paulo, em casa, pois tinha a vantagem. Contra o Vasco, é o jogo de ida. Será uma postura mais agressiva?
Otávio: “Principalmente em casa, temos que ser agressivos. Ainda não conversei com o professor sobre como estaremos em campo amanhã. Mas, sem dúvida, pode esperar o nosso melhor, com bola e sem bola, agressivos. Para que possamos nos impor desde o começo e conquistar o resultado positivo, que é muito importante para a nossa classificação”.
Pergunta: Estamos vindo no mês que debate de saúde mental. O Lyanco falou sobre a saúde mental dele. Queria saber como foi esse aspecto para você nesse período de lesão.
Otávio: “Como sempre falo: todo atleta de alto nível, ele precisa querer estar em campo jogando. Você vê os jogos decisivos da temporada, temos que estar em campo para ajudar. Procuro sempre fortalece meu lado espiritual, com Deus. Para que nada extracampo possa afetar a nossa mente. Eu falo que quando estamos bem com Deus, espiritualmente, as coisas saem com naturalidade. Me apego a isso nesses momentos que não estou atuando dentro de campo. Me fortaleço com a minha família, conversando com meu filho, com meus amigos próximos, de estar bem espiritualmente. Não atuar é muito difícil. Por isso, importante nos fortalecer espiritualmente, na nossa relação com Deus”.
Pergunta: Você e o Vera já jogaram juntos, e ele é primeiro volante, assim como você. Quando jogam juntos, você prefere ficar em qual posição?
Otávio: “Pergunta interessante. Eu sempre coloco aqui que aquilo que o Gabi decidir… O Milito não faz as coisas por acaso, porque acha bonitinho. Ele pensa num esquema que o Galo irá se sobressair dentro de campo para vencer os adversários. O atleta de alto nível, ele tem claro, preferências, mas precisa estar apto e pronto para aquilo que o treinador decidir. Pode ter certeza que eu estarei feliz em desempenhar a função que o Gabi achar que seja a melhor para o nosso time”.
Pergunta: Você, até o momento, tem 122 jogos coma camisa do Galo. Mas ainda não fez gol. Isso gera ansiedade de marcar gol ainda mais em jogos grandes?
Otávio: “De verdade, ansiedade não. Mas, desejo de marcar gol, sem dúvida. Qual atleta não quer fazer gol, seja ele um jogador mais defensivo? Então, sem dúvida, eu penso e imagino, espero em Deus que possa ser amanhã. Mas Deus tem um propósito para tudo. Tenho que trabalhar, fazer o meu papel dentro de campo. Ajudar o clube a vencer. Se for uma vitória com gol meu? Ficarei feliz para caramba. Mas se eu ajudar o clube a vencer, fazendo gol ou não, pode ter certeza que eu estarei tão feliz quanto”.
Foto: Pedro Souza/Galo
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