Galo finalista: coletiva de imprensa com Victor Bagy | OneFootball

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·30 ottobre 2024

Galo finalista: coletiva de imprensa com Victor Bagy

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Pergunta: Quando a gente olha para o seu histórico de jogador, o Galo construiu uma história vencedora com característica de sofrimento grande. A atual geração, que já é vencedora, está diferente. 2021 foi com rodada de antecedência… Agora, chega na final da Libertadores, chega à final sem levar um gol sequer do River Plate. São maneiras diferentes de se construir histórias vencedoras. Mais tranquilo? Mais prazeroso? Menos sofrido? Como equilibrar isso?

Victor: “Primeiramente, cada equipe e cada conquista tem sua história. Fato é que essa equipe de 2024 vem construindo uma história bem bonita. E é fato e estatístico. No futebol, se ganha, também, quando se sofre poucos gols. Nos últimos jogos, eliminatórios, a equipe vem sofrendo poucos gols. Não é fácil disputar 180 minutos contra o River Plate, pela grandeza do adversário, jogando aqui na Argentina, e não sofrer gols, e ainda levar perigo ao adversário. Acho que o Milito tem encontrado o equilíbrio, conseguido equacionar bem as ações ofensivas e defensivas. Encontrou uma formação ofensiva, também, que proporciona ser letal em alguns momentos como antes, na escapada do Scarpa, Deyverson, depois com Rubens… Talvez não tenha tido tanto volume, mas apresenta efetividade quando chega lá na frente. Isso demonstra todo o trabalho e planejamento feito dentro do clube. Na hora de escolher jogadores, conduzido pelo excelente treinador que é o Milito, em trabalho espetacular. É jogo a jogo, passo a passo, buscando o futebol ideal para conquistar títulos”.


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Pergunta: Você acha que o jogo de ontem tem qual tipo de impacto para a final de domingo na Copa do Brasil?

Victor: “Bom, sempre quando você tem êxito no futebol, isso traz confiança. Acho que a equipe vem numa crescente, num momento no qual a confiança está muito alta. Sabemos das dificuldades que iremos enfrentar no Maracanã, serão tão ou mais altas do que vivemos aqui na Argentina. É aproveitar a confiança, mas virar a chave. Porque a gente viu que as vezes uma série se define no primeiro jogo, ou se encaminha bem, como foi contra o River. Todo cuidado, atenção e respeito, é um jogo que vale muito para gente. Aproveitar o bom momento para buscar algo que seja bom para o jogo de volta da Copa do Brasil”.

Pergunta: O Milito chegou a ser questionado numa parte da temporada. O Galo virou um time copeiro, depois. Gostaria que você falasse sobre essas reviravoltas, da atuação do Everson, e como o time chega forte nessa reta final…

Victor: “É o que falei, a gente, ali, no período da Copa América, meio do ano, sofremos muito com os desfalques, lesionados e convocados. O Milito teve grande desafio de encontrar a equipe com equilíbrio ofensivo e defensivo. Sofrendo muito pelos desfalques. Houve sim um momento de questionamento e cobrança, algo normal no futebol. No Brasil, avaliasse resultado e não trabalho. Mas, a gente está dentro do processo e avaliamos trabalho. E posso garantir que o trabalho no dia a dia é muito. Assim como eu, toda a diretoria, os donos do clube apoiaram o Milito todo o tempo. Não houve questionamento em nenhum momento. Esse alinhamento meu com os donos, com o presidente, é importante nos momentos de gestão de crise. A partir do momento que ele teve mais disponibilidade, e com a chegada de novos jogadores ali no meio do ano, ele conseguiu encontrar esse equilíbrio, padrão de jogo, equipe muito consistente, madura, empenhada e concentrada. Para se ganhar no futebol, é preciso ter esses ingredientes, além da capacidade técnica”.

“Esse jogo contra o São Paulo (ida das quartas de final da Copa do Brasil, vitória de 1 a 0 no Morumbis) foi um marco. Vínhamos de período de instabilidade, sofrendo um pouco no Brasileiro, de um avanço às oitavas de final contra o San Lorenzo, sofrendo. Mas encontramos um padrão, uma forma de jogar. E a equipe vem crescendo, reforçando esse padrão. Acredito que até o fim da temporada, possamos conseguir colher mais frutos do trabalho desenvolvido ao longo da temporada”.

Qual a sensação de, como dirigente, chegar a mais a três finais de campeonato em pouco tempo de trabalho?

Victor: “Um privilégio poder fazer parte de uma conquista em 2013 e ter a possibilidade, agora, como dirigente, no primeiro ano nesse cargo, buscar esses dois títulos de Copa do Brasil e Libertadores. Claro, temos as duas finais pela frente, mas também temos que sonhar alto. Existe planejamento para isso. Ontem, eu sofri, como todo atleticano sofreu. Jogo de alta tensão, de alto nível de pressão que nós tínhamos pela frente, ingrediente de Libertadores, atraso do trajeto ao estádio, da polícia na escolta, trajeto que levaria 30 minutos acabou em 1h20, sem explicação. São ingredientes que servem para nos dar combustível para dedicação ainda maior. Pode gerar sensação de desconforto, mas vira motivação. Estratégia de nos irritar vira motivação. Não sei se fico bravo ou agradeço por isso. É gratificante. Assim como eu, o torcedor deve estar muito orgulhoso pela temporada que essa equipe vem fazendo.

Pergunta: O elenco comprou a ideia do Milito, a inteligência de jogo dele. Como é isso? Como é esse processo?

Victor: “Acho que existe… Ontem a gente teve uma imagem muito clássica que comprova a aceitação e carinho dos jogadores pelo Milito. Antes de acabar o jogo, os jogadores começam a jogar água nele. Isso mostra a aceitação e carinho dos jogadores com o Milito. Além da capacidade técnica e conhecimento, é o poder de convencimento. De mostrar que aquilo que está sendo proposto irá gerar benefícios coletivos e, consequentemente, benefícios individuais. O Milito tem muito mérito nisso. A cada dia, ele demonstra, ele cria essa perspectiva, essa ideia de que, aquilo que está sendo proposto é o que vai dar certo e vai fazer o time brigar por títulos, que é a nossa situação hoje. Além do mais, o Milito é um técnico apaixonado, nível de intensidade nos treinos, cobrança, nível de exigência muito alto. Aliado a isso, a competitividade dos nossos jogadores, profissionalismo, a competência tem gerado resultados. Mérito total do Milito e dos atletas que por acreditarem e seguirem o que é planificado a cada partida”.

Pergunta: a final da Libertadores, em função de haver duelo brasileiro, há chance de mudar o local da partida?

Victor: “É um assunto da Conmebol. Muito tem se falado a respeito disso. Até então, não existe comunicado ou algo oficial que demonstre que o jogo final não será no Monumental.

Pergunta: o Everson, mais uma vez, protagonista do Atlético no jogo, tem sido assim nas Copas. Assim como você foi em 2013 e outros anos. Fale um pouco sobre o Everson, que vivenciou momentos difíceis, críticas, lesão…

Victor: “Para mim, hoje, o Everson já é um dos maiores goleiros da história do Atlético, sem dúvida. Por tudo que ele vem fazendo, pelas conquistas, pelas participações decisivas que ele tem. Goleiro de muita capacidade, poder de reação incrível. Momentos de pressão e adversidade é que é possível diferenciar o bom atleta do atleta acima da média. O Everson é um atleta acima da média. Tem desenvolvido essa capacidade de responder, com grandes atuações, momentos de muita pressão. Então, tem sido fundamental para chegarmos às finais. Mas, também, muito fruto do trabalho. Temos que enfatizar o trabalho feito pelo Danilo e o Rafael, os treinadores de goleiro, assim como os outros goleiros, Matheus Mendes, Delfim, Átila. Eles têm um ambiente de trabalho muito respeitoso, saudável e amigável, sem abrir mão da competição interna. O Everson sabe que, se ele der brecha, têm três jovens goleiros voando. Acho que é o trabalho e comprometimento faz com que ele, a cada jogo, tenha nível de performance excelente. Ele foi fundamental para essa classificação”.

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